Capítulo Cinco

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Se puderem me ajudar a divulgar...  - Troquei o Avatar da Agnes.



Agnes

O Jordan sentia muitas dores, com sempre sentia após uma sessão dupla de fisioterapia, e sendo assim, não quis tirá-lo de seu descanso, fazendo com que ele viesse comigo. Resultado! Eu sentada o tempo todo sem dançar, olhando a galera se divertir. Eu e uma única amiga que sofre da mesma doença que eu...Insegurança.

Me recuso a associar minha timidez ao significado que meus irmãos costumam dar. Eles chamam de "palermice"! Mas é bem mais que isso. Pode ser dizer que eu me sinta desconfortável e inibida em algumas situações que precise de uma interação pessoal. Sei que isso interfere em minhas realizações pessoais e profissionais, mas por enquanto não se há o que fazer.

Não que os rapazes não convidem para sair, ou dançar, mas o problema é inteiramente comigo. Ainda não me sinto segura o bastante.

Durante todo esse tempo eles não podiam se aproximar de mim que sempre tinha um de meus irmãos ou o Paulo para afugentar, então eu me tornei a "chata do colégio". Nenhum dos meninos queriam conversar comigo ou serem meus amigos. Com medo dos meus irmãos. Mesmo eles não estudando comigo. Quando apareciam para me buscar, me levar, sempre encontravam uma forma de ameaçarem os garotos.

Quanto às meninas, quase não tinha muito contato com elas, justamente por causa da minha timidez. Sempre fui assim, acho que não tem cura. O Jordan e o JP diziam que eu era adotada. Mas minha mãe jura até hoje que não sou. E eu confio na minha mãe, mas na época chorei muito. E fiz até uma investigação por conta própria, questionando várias pessoas sobre meu nascimento e vendo e revendo fotos e vídeos. Claro que tudo não passou de uma brincadeira, que irritou minha mãe e meu pai, levando-os a deixar o JP e o Jordan de castigo por alguns dias.

Agora é sério, estou decidida. O próximo que me chamar para dançar eu aceitarei, e ainda vou pedir em namoro eu mesma.

Ai meu Deus não faz isso... O Dirceu não! Ele é gago, tem mau hálito e um mal cheiro debaixo do braço que ninguém merece. – Enquanto ele se aproximava, eu revia minhas palavras. Aceitarei a dançar com o próximo do próximo.

- A..A..Agnes. Qu...Quer. Dan...Dan... – Meu celular tocou e como estava em minha mão eu mesmo não tendo costume de atender ligações de madrugada, mas como o número era do Paulo, achei melhor atender e acabar com esse suplício do Dirceu.

- Só um momento Dirceu, pode ser importante. – Fiz um gesto com a mão e me afastei por causa do som. - Acho melhor ser algo muito importante, porque estou no meio da minha festa e estou me divertindo muito com meu amigo Dirceu e... – Não era a voz do Paulo e sim de uma mulher.

- Hum... Me desculpe é que...

- Quem está falando? – Aff, era a tal de Sabrine. Eu sabia. Já estava ao ponto de ele ter provavelmente esquecido o celular na casa dela. - Sabrine?

- Não é a Luciana. Você é a Agnes?

- Sim sou eu. Mas que Luciana? - Eu hein... O Paulo não se decidia. Saia para jantar com uma e deixava o celular com a outra. É Sabrine. Luciana. Pensei com o coração doendo, "menos eu". Embora em tom de brincadeira, mas isso às vezes era chato.

- Agnes me escute. Meu nome é Luciana e eu sou enfermeira no Sant'Claus. – Sant'Claus, era um hospital muito famoso na cidade. Onde meu pai era um grande beneficiário.

- Sant'Claus? Aconteceu algo? – Comecei a tremer e precisei sentar-me no meio fio porque fui saindo do salão mesmo sem perceber.

- Então... Você é o que do Paulo? Ele disse que podia ligar para você. Talvez você conheça a mãe dele ou alguém da família.

Paulo - Amor e GratidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora