Agnes
- Posso entrar pai? - Ele estava ao telefone, mas fez sinal para que eu entrasse, mostrou-me a cadeira então me sentei.
Eu passei pela faculdade e mesmo sem perguntar troquei meu horário para o diurno novamente. Então agora precisaria focar em meu curso e o diurno seria a melhor escolha por ter um semestre a menos. Então poderia continuar trabalhando meio período e a noite estaria em casa e daria tempo de estudar e aproveitar a família.
- Oi filha... Já voltando ao trabalho? - Ele disse assim que acabou a ligação.
- Amanhã. E com isso, vence o mês da Sabrine. E era sobre isso que gostaria de falar. Eu não poderia inverter com ela? Ela continua como secretária do Jordan, que ele mesmo disse que ela se saiu muito bem e o senhor sabe que lá ela tem bem mais vantagens e precisa. E eu assumo a função dela podendo fazer o trabalho em meio período?
- Penso que podemos ver isso no RH, sobre você trabalhar meio período. Não vejo problema. O que está pensando?
- Volto às aulas amanhã e acabei de transferir para o diurno... Manhã. - Fiz uma careta.
- Que bom, filha. Muitas pessoas não conseguem aprender a noite. Como muitos não conseguem aprender de manhã.
- Quero fazer alguns cursos a noite e outras coisas também.
- Gostei de ver. Nem chamou sua mãe para ir com você. Chegou toda organizada. A viagem lhe fez bem.
Sorri para ele.
- Agora... Você e o Paulo?
- Pai... Acha que não notei ontem você praticamente me empurrando para cima do Paulo?
- Filha seu irmão errou. Espero que tenha falado com você e.
- Pai... Não tem nada a ver com meu irmão. O Paulo me disse coisas naquela noite que me magoaram.
- Imagino. Ele tinha apanhado do melhor amigo. Estava indeciso e envergonhado.
- E precisava descontar em mim?
- Não. Não precisava, mas isso não o torna pior. Ele continua sendo um ótimo rapaz. Se você não tivesse viajado, teriam se acertado de manhã. Ele chegou antes do café da manhã correndo para falar com você.
Como não tive tempo de conversar com minha mãe ainda não sei ao certo como foi o desenrolar dos dias que se passaram e minha casa. Ontem no jantar falaram peguei alguns fragmentos..., mas nada de concreto.
- Mesmo assim era tarde. Depois que palavras são ditas, não podem ser recolhidas. Sempre disse isso à gente.
- Hum... Vejo que aprendeu.
Meu pai é um homem de sucesso não só por seus negócios, mas também pela sua bondade.
- Ainda não, mas estou aprendendo. Bom, - fiquei de pé. - Vou subir no RH e ver o que pode ser feito, qualquer coisa peço para ligarem para você.
- E aquele almofadinha de ontem?
- Pai... - Fui até ele dei um beijo.
Ainda contei algumas coisas sobre a família do Tony para que ele ficasse mais tranquilo em relação a nós dois.
Depois da nossa conversa e de ver o sorriso nos lábios de meu pai eu subi até o segundo andar e conversei com a administração que colocou total disposição em meu pedido. Eu não precisava do cartão refeição ou alimentação como a Sabrine precisava, e nem mesmo de vale-transporte.
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Paulo - Amor e Gratidão
RomansaPaulo, engraxate, amigo de infância de JP, agora um grande administrador e engenheiro, assume a responsabilidade, de ao lado dos amigos, e de seus benfeitores, expandir suas empresas pelo Brasil e na Itália. O que ninguém esperava, nem mesmo ele, é...