Capítulo Vinte e cinco

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Paulo

Assim que a Sabrine saiu dando "piti", as meninas se levantaram e foram atrás dela. Fiquei com os com rapazes, e a gente precisava ter uma conversa sobre aquele fim de semana. O que era para ser diversão começava a ficar tenso.

- Vamos ter que resolver isso como resolvíamos antigamente.

- Como? Uma luta? Estou fora! Meu fisioterapeuta não me permite mais praticar isso, além do mais, a Nina precisa de mim a noite não posso estar nocauteado.

- Está falando da minha irmã, poderia ter um pouco mais de respeito.

- E daí? Está namorando com nossa!

- É diferente. Eu respeito a Agnes. – Eles gargalharam, como se eu não estivesse falando a verdade.

- Ontem se eu não chego... – JP estava certo. Agradeci mentalmente por ele ter chegado ontem, caso contrário não sei se aguentaria tanta pressão.

- Perdi algo? – O Jordan me olhou desconfiado. – Não! Ele não tinha perdido nada de interessante, mas as imagens e o calor da Agnes ainda estavam em meu corpo, o que me deixava totalmente descontrolado. Agora sim! Se minha mãe me perguntasse se sou religioso, poderia até descrever que entendo a bíblia quando diz sobre luta invisível do corpo com a alma.

- Eu prometi, que vou tentar ser correto com a Agnes e esperar.

- Prometeu há quem? Porque ontem, ela não parecia saber disso quando foi ao seu quarto.

- Isso não vem ao caso, eu só queria que a gente tentasse ser civilizado, e por mais que eu esteja tentando não dormir com a "irmã" – enfatizei a palavra olhando para o Jordan. – Eu queria ao menos aproveitar, e desfrutar do lugar lindo no qual estamos ao lado de minha namorada.

- E nós estamos te impedindo? – O Sarcasmo do JP, era incrível.

- A quem pensa que engana com esse seu jeito "mocinha sai daqui"? Estamos cansados de saber que está traçando essa garota, então é sua obrigação tira-la de perto da sua irmã.

- Minha? Eu não comprei passagem para ela, eu não a trouxe.

- Você veio. – O Jordan interviu. – E não estaria aqui se não soubesse que ela viria também. Até porque se não notou, estamos em casal. O que te lembra isso? Liberdade... Intimidade.

- É isso! Se ela está sobrando e você está sobrando. Faça-nos um favor. Aquilo que você mais sabe fazer na vida. – Ele se levantou, empurrou a cadeira com o pé e se afastou de nós.

Bem mais tarde na praia, caminhando sozinho eu pensei... Devia ter ficado em casa.

- Arrependido da viagem? – Não era arrependido. E nem podia. De qualquer forma, estávamos ali nós dois. Estendi a mão e assim que ela segurou, caminhamos. Caminhamos, brincamos, nos molhamos como fazem os namorados. Apesar de não me lembrar de ter feito nada disso com as meninas com as quais namorei. E como se adivinhasse no que estava pensando, ela perguntou.

- O que faziam?

- Não entendi.

- O que fazia, você sabe... Com suas namoradas, quando namoravam. – De uma hora para outra a Agnes havia se tornado especialista em roubar minhas palavras da boca.

- Coisas... Ora.

- Eu sei. – Ela deu um sorriso mais gostoso. – Eu quero que seja mais específico. Que coisas fazias.

- Varias coisas. Não sei definir.

- Por exemplo. Se estive aqui hoje com a...

- Não. – Adverti.

Paulo - Amor e GratidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora