Paulo
Olhar para minha mãe estes últimos dias dava pena. Desde o dia em que a Sabrine tinha tido a ideia de dizer sobre o filho do Diogo, minha mãe mal comia, não bebia. E queria estar com a Nina em todos os lugares para onde eram enviados.
Se não bastasse isso, mesmo sabendo que não está com cabeça para as tais fotos a Agnes tinha dado sua palavra e agora dividia seu tempo, entre trabalho, faculdade, notícias de Sabrine e aí se sobra um tempo, a gente namora.
Bom... Não é bem assim. Eu sei que ela tem sido a que mais tem aguentado as pontas com maturidade, mas é que sinto que com tudo isso... Tenho passado por uma carência excessiva.
- Oi meu amor! - Entrei na casa dela e a encontrei sentada esperando por mim. Beijei seu rosto e fiquei sabendo que os pais não estavam e casa.
- Meu pai mesmo à contra gosto teve que ir até a tal reunião e depois haveria um coquetel.
- E você não quer sair?
Muito relutante ela aceitou. Também não estava para clima de festa, mas não podíamos deixar de viver porque alguém decidiu virar nossa vida de cabeça para baixo. Essas palavras não eram minhas. Eram de minha mãe, no dia em que ela decidiu conversar comigo e a Nina.
Segundo ela a Nina estava ficando paranoica por notícias, e eu me afundando em possibilidades infundadas. Depois deste dia comecei a voltar a ser eu mesmo.
Nós chegamos ao restaurante depois de espera-la por duas horas, e fomos conduzidos a uma mesa mais reservada.
- Eu gosto desse lugar... - Ela olhou em volta. A música era por conta de um pianista. Um som tão agradável, que nos trazia uma paz tão grande, que não dava vontade de voltar para a realidade.
O garçom trouxe a carta de vinhos e eu escolhi logo ele trouxe as bebidas... Logo fizemos os pedidos porque nossa ideia não era demorar muito.
- Está linda!
- Agora estou aprendendo auto maquiagem... Com essas fotos. - Ela falou a palavra mágica. Foi falar fotos, um engomadinho apareceu. Já estava até dando graças a Deus por ele não estar dando o ar da graça por esses dias. Estava sempre ligando, marcando sessões... Isso me irritava profundamente.
- Olha se não é nossa linda modelo. - Ela se levantou e abraçou o Tony. Ele apresentou duas amigas e dois rapazes que estavam com ele.
Apertei a mão dos caras por educação... Esse Tony não me desce garganta abaixo.
- Advinha o que viemos comemorar?
- O catálogo chegou? - Ela sorriu com ele e os dois se abraçaram. Só Deus para me dar paciência mesmo.
- Daqui a pouco nosso editor vai trazê-lo foi muita coincidência. Assim você aproveita e leva o seu. - Quantos dentes um homem desses tem na boca. Seis seriam o suficiente.
- E autografa o meu. - Um dos carinhas disse.
Eles se foram e sentaram-se em uma mesa que dava para ver a nossa... E eu já não gostei mais daquele restaurante. Tudo ficou ruim. Até mesmo aquela música já estava me irritando.
O Garçom trouxe nossos pedidos e começamos a comer. Orei ao bom Deus para que esse catálogo não chegasse antes de irmos embora, assim não precisa me aproximar novamente do chatinho do Tony.
Mas o céu estava contra mim... Nem vi que um homem que passava por nós, e se sentava na mesma mesa que o prego. Eu já estava quase terminando quando um deles veio e entregou a caneta e o catálogo a ela.
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Paulo - Amor e Gratidão
Roman d'amourPaulo, engraxate, amigo de infância de JP, agora um grande administrador e engenheiro, assume a responsabilidade, de ao lado dos amigos, e de seus benfeitores, expandir suas empresas pelo Brasil e na Itália. O que ninguém esperava, nem mesmo ele, é...