Capítulo trinta

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Agnes

Os dias se passaram, e eu pensei seriamente sobre minha amizade com o Tony..., mas isso não me prenderia por todo dia. Mandei uma mensagem para Tony pedindo que ele fosse almoçar comigo. Meu celular tocou e era a Franchesca.

- Bom dia! Alguma novidade?

- Sim. Eu vou pegar um avião assim que conseguir as provas necessárias..., mas acredito que isso será amanhã nas primeiras horas.

- Que bom. Não vejo a hora de a Sabrine sair daquele lugar.

- Sabe que não é bem assim. Entre a mãe dizer que ela não conhecia a Jordânia e ela não saber sobre os planos e conseguirmos provar que ela não tinha envolvimento algum, existe uma diferença.

- Fran...

- Agnes temos que ser realista... Depois de amanhã será a sessão com o Juiz temos que estar preparados para tudo. Meu pai sempre diz... O segredo de se vencer uma batalha é sempre trabalhar com possibilidades reais. Nosso querer é um. Mas a realidade é outra.

Fui para a faculdade com a cabeça cheia. Tinha trabalhos a serem feitos, as provas estavam chegando e tinha o Tony, a Sabrine... Respirei fundo. Tenho que tentar uma coisa de cada vez.

Primeiro... Estudar. Preparar-me para as provas. No almoço o Tony e a tarde, tentaria novamente ver a Sabrine. Pelo menos mandar um novo nécessaire para ela.

A aula foi tranquila. Como estava concentrada achei tranquila. Fiz amizade com a maioria da turma... Isso é um bom sinal.

Quando cheguei para o almoço, pensei que deveria antes avisar o Paulo e o fiz. Disse que teria uma conversa com o Tony, mas que ele não se preocupasse... Assim que saísse eu ligaria.

- Oi princesa! - Ele beijou meu rosto.

- Tony! - Ele puxou a cadeira e eu me sentei. O Garçom anotou nossos pedidos e como era dia de expediente não podia beber nada para acompanhar, ele, porém pediu vinho e falava alegremente sobre as fotos. Quando notou que eu o observava... Parou.

- Alguma coisa errada? - Sorri sem jeito. - Ai meu Deus. Foi o ocorrido de ontem não foi? Então... Eles não acreditaram que eu estava de biquíni e além do mais... Realmente eu não devia ter aceitado quando me mostrou o resultado da foto.

- Mas você obteve o que queria não foi? Fazer ciúmes no seu armário.

- Não. Quando tiramos essa foto eu não tinha mais porque fazer ciúmes nos Paulo. Eu queria que ele me visse como mulher sensual. É diferente.

- É a mesma coisa meu amor. Preciso te mostrar quantas pessoas me ligaram só hoje pedindo a modelo do nosso catálogo. Vou te enviar as propostas.

- Não precisa porque eu não vou aceitar. - O garçom chegou com nossos pedidos e começamos a almoçar.

- Se eu fosse você lia primeiro as propostas só depois...

- Tony... Você sabia desde o princípio que eu não era modelo. Você me pediu como um favor e eu fiz..., mas agora acabou. A mesma coisa quero falar sobre o Paulo. Sobre ontem... Desculpe-me..., mas se não se conter sempre será assim. Ele não tem paciência. Está com ciúmes eu até tive que relembrá-lo sobre sua opção sexual... Desculpe-me.

- Espera... - Ele deixou o guardanapo sobre a mesa. - Falou com ele sobre minha opção sexual.

- Me desculpe, eu já tinha contado, quando voltamos. Ele estava muito irritado e eu tive que...

- Reforçar sobre minha opção sexual?

- Sim. - Levei a salada à boca e mastiguei. Ele caiu na gargalhada.

Paulo - Amor e GratidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora