Agnes
Acordei me sentindo feliz! E mesmo que de um tempo para cá, não podíamos dizer que a felicidade em nossa casa durasse mais que alguns minutos, quando não segundos.
Ouvi uma movimentação no piso de baixo, mas não dei muita atenção. Desceria para o café então na certa me contariam o acontecido.
Tomei meu banho demoradamente, e me decidi que iria ao médico essa semana. Afinal, ontem foi nítido, o Paulo não conseguiria viver muito tempo só de beijos e abraços.
Nos conhecemos há tantos anos, a mim parece natural me entregar à ele. Nada escandaloso. Nada fora do normal. Eu ansiava por isso. Esperei por muito tempo. Pena ter queimado todos os meus diários. Eu sentia falta deles... Falta de falar com alguém sobre. Falaria com a Nina, ou com a Sabrine. Elas têm com certeza mais experiência do que eu.
Quando desci para o café naquela manhã o caos estava instalado na casa novamente.
- Lucca, tome uma providência, - minha mãe se movimentava de um lado para o outro. E meu pai com aquele jeito delicado com ela, sempre pronto a realizar todas as suas vontades se desdobrava para mantê-la calma.
- Vanessa eu não sei o que fazer com esses meninos.
O JP estava só com uma toalha envolto na cintura e a Sabrine estava com a camiseta dele de calça jeans, toda descabelada, escondida atrás do JP.
- Eu não ligo. Não ligo para que eles durmam com quem eles quiserem. Minha briga não é essa..., Só não tragam mulheres para casa. Não é possível que não tenham dinheiro para pagar um motel. Jesus Amado. - Meu pai falou bravo.
- Me admira o JP. Criei esse menino sem levar um homem para dentro de casa. E hoje me deparo com ele e a Sabrine quebrando a quitinete. Se tivéssemos crianças em casa ouviriam. Duvido que os vizinhos não tenham ouvido.
- Mãe eu dei carona para a Sabrine. Ela ia dormir aqui em casa com a Agnes, não foi planejado. Só aconteceu. Não vai acontecer novamente.
- Pois saiba Sabrine, que se engravidar aqui em minha casa eu não serei responsável. Eu estou avisando. Não são porque são meus filhos que deixam de serem homens. E homens...
- Vanessa? - Meu pai olhou para ela assustado.
- Lucca? - Ela colocou a mão na cintura.
Eles riram...
- São seus filhos.
- Seus também.
- Não tenho nada com isso desta vez. - O Jordan sentou-se à mesa do café.
- Vá se trocar JP, e venham tomar café, precisamos conversar. - Meu pai falou e quando meu pai falava, o jeito era obedecer.
- Pena que não posso ficar para essa conversa familiar. Tenho aula e não posso faltar. Mas na verdade eu queria mesmo era fugir antes que sobrasse para mim.
Beijei minha mãe e meu pai e saí. Não tive a oportunidade de ver a Sabrine, sabia que nada de mal iria acontecer a ela... Agora quem diria hein? Ela e o JP. Diziam que se odiavam e agora...
Estudei a manhã toda, e embora nenhum dos professores tivesse chamado minha atenção, eu estava totalmente distraída. Voada... Perdida em meus pensamentos.
No intervalo o Tony me ligou perguntando se eu queria que ele fosse até a empresa para levar mais um catálogo de joias que havia chegado.
- Claro! Quanto mais rápido escolhermos essas joias, mais cedo fazemos as fotos não foi o que me disse?
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Paulo - Amor e Gratidão
RomancePaulo, engraxate, amigo de infância de JP, agora um grande administrador e engenheiro, assume a responsabilidade, de ao lado dos amigos, e de seus benfeitores, expandir suas empresas pelo Brasil e na Itália. O que ninguém esperava, nem mesmo ele, é...