13. INCONFIANÇA

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• NATALIE COOPER •

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• NATALIE COOPER •

A mente é uma coisa engraçada, em um simples segundo é possível ter uma quantidade incontável de pensamentos, como vários computadores multitarefa executando mil pesquisas ao mesmo tempo, infelizmente, a parte consciente de você dificilmente vai conseguir processar todos esses pensamentos ao mesmo tempo.

É por isso que dizem, que quando você acorda de um sono muito profundo, ou quando desperta depois de perder os sentidos, você pode, e provavelmente vai, se sentir desnorteado.

Não é sobre não ter informação nenhuma, é sobre ter informações demais.

Você se perde em todos os pensamentos e lembranças e aqueles segundos que demora pra que você conseguia interpretar tudo isso de forma logica, é o que chamam de "desorientação".

Ao menos, foi exatamente o que senti quando abri os olhos. Eu não fazia ideia de onde estava. A primeira informação que chegou na minha consciência foi a lembrança de estar com Kane. Eu atirei nele. E então fugi, encontrei uma pista sobre meus filhos e continuei andando.

Ignorei a dor, a fome e a sede, não haviam suprimentos, então eu não podia me dar ao luxo de parar. Eu precisava continuar e encontrar os meus filhos... Mas era então que tudo ficava mais confuso, eu me lembrava da dor, do frio e do medo de fracassar. Era como se o desespero ainda corresse pelas minhas veias.

E então teve Daryl. Eu o encontrei mesmo, ou apenas sonhei com isso? Tentei levar minha mão direita até minha testa, antes mesmo de abrir os olhos e só então percebi que estava presa. Amarrada em uma cadeira.

Todo meu corpo tremeu incontrolavelmente, eu tinha sido pega pelos Salvadores, estava tudo acontecendo outra vez. Uma agonia desesperadora tomou conta de mim, eu não podia passar por tudo aquilo outra vez, eu não aguentava mais.

— Não. Não. — Tentei me soltar, mexendo os pulsos.

Só então percebi que não estava em um local conhecido. Era um canto escuro do que parecia um porão.

— Só vai se machucar fazendo isso. Não vai se soltar. — Uma voz feminina me alertou, e reparei que havia algumas pessoas do meu lado esquerdo.

A mulher que tinha acabado de falar comigo deu um passo para frente, tinha um cabelo curto e uma expressão séria no rosto. Havia outra mulher logo ao lado dela, mas minha mente entrou em delay quando reconheci uma terceira figura: Daryl?

— Mas que merd... — A frase ficou presa na minha garganta tamanha a minha incredulidade.

Certo, então meu encontro com Daryl na floresta não tinha sido um sonho, foi real... Só me faltava descobrir como eu passei de um encontro na floresta para presa em um porão escuro.

Também reconheci uma garota, eu havia falado com ela em Alexandria, no entanto aquele lugar onde estávamos não parecia com nada do que eu tinha visto da comunidade.

LIFELINE² - DESTINY DON'T GIVE UP | Daryl Dixon ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora