35. GUERRA TOTAL

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• DARYL DIXON •

Em minha vida eu pensei na morte muitas vezes... Eu até flertei com ela algumas vezes.

Eu conheci a morte muito jovem, a encarei de perto, senti seus horrores e sofrimento. Quando minha mãe morreu eu aprendi uma verdade cruel e que ao mesmo tempo confortava: Todo mundo morre.

Ricos ou pobres, bons ou maus, homens ou mulheres, brancos ou negros... A morte acolhe a todos como iguais.

Nunca encarei a morte como uma inimiga, sempre a vi como o fim do caminho, o curso natural das coisas. Uma hora ou outra aconteceria, até lá vivemos, lutamos... Fácil e natural, quase como um instinto que sempre me guiou.

E então os mortos tomaram a terra. A morte se tornou nossa inimiga. Morrer se tornou uma fraqueza. Desistir era para os covardes, mas quem era eu para julgar?

O alento de uma morte calma se tornou uma realidade distante... Sobreviver por anos em um mundo pós-apocalíptico nos traz uma nova certeza: Cedo ou tarde tudo vai acabar em tragédia.

Aprendemos a combater a morte com ferocidade, assim como combater os vivos também se tornou necessário.

Os inimigos estavam em toda parte...

E então lá estava eu, marchando para uma guerra, lutando pela vida daqueles que eu amava e sabendo que a morte nos perseguia. Parecia que eu estava brincando com fogo...

Tínhamos um plano, dois na verdade, mas eu aprendera da pior forma que o excesso de confiança podia ser bastante prejudicial; confiar na vitória outras vezes era exatamente o que tinha nos levado a derrota.

Meu coração estava batendo rápido, minha postura estava firme e meus olhos atentos. Eu não me permitia baixar a guarda por um só segundo, mas isso era por dentro, por fora me esforcei para parecer confiante, isso porque, Natalie era a imagem completa da incerteza, ela estava nervosa, não escondia isso por trás de uma máscara. Sua preocupação era evidente.

Então eu estava me esforçando para ser a fortaleza que ela precisava naquele momento.

Um dia, lá na pedreira, quando éramos apenas jovens, Natalie me dissera que era tudo sobre a esperança. Então eu precisava que ela tivesse um pouco de esperança, mesmo que para isso eu tivesse que esconder meus receios.

Chegamos ao local que queríamos no meio da madrugada, paramos os carros e seguimos o resto da distância a pé, era importante estarmos preparados para qualquer surpresa.

Estavamos esperando por uma armadilha. A informação que havíamos recebido dizia que Negan estaria com um grupo pequeno, naquele lugar, vulnerável o bastante para termos uma vantagem.

Segundo Kane, era uma mentira, Negan estaria ali com força total, e então seriamos pegos de surpresa.

Quando contamos tudo ao Rick, ele decidiu deixar metade do grupo na floresta, usar a mesma jogada de Negan contra ele.

LIFELINE² - DESTINY DON'T GIVE UP | Daryl Dixon ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora