25. COM GRANDES PODERES...

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• PETTER COOPER •

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• PETTER COOPER •

Quando eu tinha cinco anos mamãe me explicou pela primeira vez porque eu me chamava Petter, ainda me lembro que, enquanto ela pensou que a parte mais difícil seria me explicar sobre a morte do meu avô, eu estava mesmo era preocupado com outra coisa...

Na minha cabeça não era difícil aceitar que meu avô estava no céu, a morte não me assustou, porque, da forma como mamãe explicou, me pareceu apenas uma viagem que todos teríamos que fazer um dia.

Minha verdadeira preocupação foi: Se Peter era o pai da minha mãe e, portanto, meu avô, o que aconteceria então com o meu vovô Daniel? Ele não poderia mais ser meu avô? Tive medo que não ter o sangue dele o faria gostar menos de mim...

Foi exatamente nessa época que mamãe explicou que família nem sempre significa ter o mesmo sangue. Aprendi que Daniel sempre seria meu avô, porque o que fazia uma família era o amor que as pessoas sentiam umas pelas outras. Família era muito mais que sangue, era cuidado, carinho e preocupação.

Mamãe também disse que às vezes uma pessoa tem nosso sangue, mas não é nossa família. Se alguém te faz mal e te deixa triste então não é família, mesmo que tenha seu sangue.

Parecia importante para ela que eu entendesse essa última parte, tanto quanto era importante que eu entendesse a primeira.

Essa coisa de família ficou ainda mais clara pra mim depois que Luka chegou. Ela não tinha meu sangue, mas isso nunca a fez menos minha irmã.

Depois de Luka mamãe me ensinou que família também tinha que respeitar, amparar e apoiar.

Em seguida o mundo virou uma bagunça digna de um jogo de videogame, eu acrescentei mais uma coisa na minha lista: Família protegia um ao outro...

E, enquanto eu estava sentado na varanda de uma das casas de Alexandria, naquela tarde, vendo Bolt correr atrás do próprio rabo e fazendo uma listinha mental de tudo que faria de alguém minha família, eu me lembrei da conversa que tivera com a minha irmã um pouco depois que meu pai saiu de Alexandria e um pouco antes do segundo grupo também deixar os portões:

▪ ▪ ▪ ▪ ▪

Eu estava chateado porque Daryl tinha ido embora sem ver minha mãe e parecia triste com isso, ao mesmo tempo que minha mãe também estava triste pelo mesmo motivo.

Não fazia muito sentido, me deixava confuso... Se estavam triste por não terem falado um com o outro, porque apenas não falavam um com o outro?

Não era daquele jeito que eu tinha imaginado que as coisas seriam.

Pensei que eu poderia ter meu pai, minha mãe, minha irmã e meu cachorro, todo mundo feliz e junto... Não tinha nada de errado em querer algo assim, certo?

Eu estava sentado no sofá, encarando meus cadarços desamarrados e Luka sentou ao meu lado e me analisou por um tempão, totalmente calada.

— O que é que você tem? — Ela perguntou, estreitando os olhos na minha direção como se pudesse ler meus pensamentos.

LIFELINE² - DESTINY DON'T GIVE UP | Daryl Dixon ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora