22. VELHOS HÁBITOS

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• NATALIE COOPER •

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• NATALIE COOPER •

Algumas pessoas dizem que o que compensa na vida não os pequenos momentos de felicidade e, por muito tempo, eu acreditei nisso... Os problemas, a dor, a dificuldade e todo o resto eram apenas etapas que podiam ser superadas com uma pequena dose de felicidade.

Era o bastante ou, ao menos, devia ser...

— Você está bem? — Daryl questionou, tirando os olhos da estrada e focando em mim.

Estavamos voltando para Alexandria, depois de uma noite inteira no meu antigo apartamento.

Petter, que seguia sentado no meio de nós dois, também voltou os olhos para mim, esperando por uma resposta.

Eles estavam felizes, os dois estavam. Não era difícil entender aquele sentimento vindo do meu filho, quer dizer, ele tinha um cachorro, o pai e minha pequena aventura com os mortos tinha acabado de forma calma. Tudo estava indo bem.

Ele acordou pela manhã e eu e Daryl estávamos deitados com ele. Claro que estava feliz, aquilo era tudo que meu filho sempre quis.

No entanto, em Daryl aquela coisa de felicidade era nova pra mim, mas ficava muito bem nele, era algo discreto, nada de sorrisos abertos ou euforia, como em Petter. Daryl Dixon era mais sutil que isso. A felicidade estava nos olhos, na postura mais leve e na falta das linhas de expressão no rosto relaxado.

Ele estava feliz e eu sabia que a noite passada tinha tudo a ver com isso. E, exatamente por esse motivo, eu me sentia tão mal por não estar feliz também...

Todavia, não cabia a mim destruir aquele clima, então apenas assenti algumas vezes e sorri.

— É só uma dor de cabeça chata. — Fiz um movimento displicente com a mão, como se não fosse nada.

— Eu avisei sobre aquela garrafa... — Daryl respondeu bem-humorado e me limitei a sorrir.

Minha resposta não era inteiramente mentira, eu estava mesmo com dor de cabeça, e talvez tivesse a ver com o álcool da noite anterior, mas também era mais que isso...

Eu tinha passado outra noite em claro, meia hora de sono ou nem isso, e depois tudo que me cabeça conseguiu fazer foi enumerar todos os motivos pelos quais aquele "momento" com Daryl tinha sido estupidez da minha parte.

Esse era o real motivo da minha incapacidade de compartilhar da felicidade de Daryl e Petter. Eu estava preocupada, preocupada com todas as implicações que aquela reaproximação traria. Preocupada com a guerra. Preocupada com a minha família. Preocupada com a vingança de Negan...

Minha mente era um amontoado de problemas e dilemas que eu não conseguia deixar de lado...

— Estaremos em Alexandria logo. — Daryl avisou e eu assenti, agradecendo internamente quando Petter iniciou um assunto qualquer e capturou toda a atenção na caminhonete.

LIFELINE² - DESTINY DON'T GIVE UP | Daryl Dixon ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora