36. E SE...?

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• NATALIE COOPER •

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• NATALIE COOPER •

"Felicidade: o estado de quem é feliz; uma sensação de bem-estar e contentamento... Por definição, a felicidade é um momento durável de satisfação, onde o indivíduo se sente plenamente feliz e realizado, um momento onde não há nenhum tipo de sofrimento".

Nesses termos, é realmente possível "ser feliz"?

"Durável", "plenamente" e "nenhum tipo de sofrimento", parecem termos que tornam a tarefa de ser feliz impossível... Mesmo antes, quando o mundo ainda era mundo, nada costumava ser "durável" o bastante, e "nenhum tipo de sofrimento" era uma realidade impossível. Sempre haveria sofrimento...

Então o mundo acabou e tudo ficou ainda pior, mais difícil. A palavra "felicidade" parou de fazer sentindo. Tudo que havia era dor, sofrimento e morte, nenhuma segurança... fazer planos para o futuro era como contar uma piada de mau gosto.

Ser feliz se tornou algo impossível, certo? Ainda assim, as pessoas haviam encontrado um jeito de estar felizes.

A felicidade deixou de ser um momento durável de satisfação, as pessoas passaram a se contentar e a se agarrar nos pequenos momentos; algumas horas de felicidade, mesmo que isso significasse fechar os olhos para tudo que acontecia a nossa volta.

Era o bastante para elas, quer dizer, tinha que ser, certo? Era tudo que tínhamos...

Todavia soava apenas como uma fuga pra mim; como eu podia me permitir um só momento de felicidade, com toda a desgraça e dor que ainda estava ali o meu redor?

E ainda assim, isso não fazia diferença, pessoas estavam felizes com ou sem minha aprovação...

Fazia duas semanas, as comunidades estavam sendo reconstruídas, a guerra estava acabada, havia risadas ecoando por Hilltop esporadicamente... Os Salvadores tinham voltado para o Santuário, sem armas e com um tratado de paz. Negan estava preso no pouco que tinha sobrado de Alexandria.

Hilltop estava sendo o apoio das duas outras comunidades; abrigo, comida, ferramentas, tudo que precisavam saía dali. Parecia um bom mundo. Parecia um mundo feliz...

Mas eu via por trás das aparências, eu via a rachadura na liderança. Maggie não estava feliz com a decisão pacifica de Rick, ela queria sangue e planejava sua própria vingança com Jesus e Daryl. Quer dizer, muitas pessoas não concordavam com manter Negan vivo e preso, e com deixar os Salvadores saírem impunes depois de tudo... mas ninguém dizia isso em voz alta, ninguém arriscava ameaçar aquela paz conquistada com sangue.

Quanto a mim: eu preferia não pensar em Negan. Eu entendia a decisão diplomática de Rick e isso era tudo. Vasculhar minha mente em busca do que eu realmente sentia sobre isso, não era algo que eu estava preparada para fazer.

Do meu ponto de vista, cedo ou tarde aquela situação não se sustentaria mais, sairíamos de uma guerra contra nossos inimigos para entrar em uma com nossos próprios aliados.

LIFELINE² - DESTINY DON'T GIVE UP | Daryl Dixon ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora