• NATALIE COOPER •
Existe uma brincadeira de adolescente que se chama "Verdade ou desafio", uma daquelas coisas bobas que a gente joga com os amigos no colegial e todo mundo pensa que é só um meio para um fim: beijar na boca.
E é de fato. Mas também é uma dinâmica que diz muito sobre o comportamento humano. Quando é sua vez de jogar, duas escolhas são dadas... Se escolher "verdade", alguém fará uma pergunta constrangedora e você será obrigado a responder. Se escolher "desafio", será obrigado a pagar uma prenda, e se engana quem pensa que essa prenda é sempre engraçada ou emocionante, como beijar o garoto mais bonito da turma. Algumas coisas bem pesadas e constrangedoras podem ser usadas como desafio.
E é exatamente aí que entra a parte curiosa, não importa o quanto for ruim e arriscado, todo mundo sempre escolhe o desafio. Somos condicionados, desde pequenos, a tratar nossas verdades como algo indizível.
Na comparação, é preferível humilhação pública do que dizer uma simples verdade. Não é irônico? Crescemos cultivando segredos e guardando dentro de nós todo o tipo de verdades.
Mentimos para proteger aquilo que julgamos ser vergonho demais pra ser dito. Guardamos os sentimentos em nosso interior porque, mostrá-los para o mundo, seria pior que qualquer humilhação.
Nossa geração tem o estranho costume de fingir que não se importa, de estabelecer regras tontas como "homens não choram", "não diga eu te amo muito cedo", "se faça de difícil, só assim vai dar certo". Tudo é ao contrário, continuamos desafiando nosso coração ao sofrimento, dia após dia, esperando que uma hora ou outra, esse desafio seja um presente e não uma humilhação.
A vida se transformou em um grande jogo de verdade ou desafio.
Mas em alguns momentos complicados esse "ou" se torna "e", contar a verdade é necessário e é aí que está o desafio.
"Verdades e desafios..."
Era nesse impasse que eu me encontrava naquele momento.
Eu mal conseguira dormir, o que não era exatamente uma novidade, pelo menos não naqueles últimos tempos. Minha vida havia se tornado um pesadelo do qual eu não conseguia acordar, quando eu pensava que estava acabando, outra coisa ainda pior acontecia.
Realmente achei que teria um momento de paz, quando consegui abraçar os meus filhos. Mesmo depois de todo o terror que eu tinha vivido nas últimas horas, pensei que tudo ficaria... Só tínhamos que partir.
Então Luka me confrontou com a verdade que eu estava me negando a enxergar: partir não era uma escolha válida.
E mesmo que eu ainda tremesse com a simples ideia, eu sabia que ela estava certa, precisamos ficar e lutar. Eu não podia estar mais orgulhosa dela.
Nunca soube exatamente como ser uma mãe, tive que fazer uma longa analise mental quando estava na maternidade com Petter. Foi naquele momento que eu escolhi que tipo de mãe eu queria ser.
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LIFELINE² - DESTINY DON'T GIVE UP | Daryl Dixon ✓
FanfictionNatalie Cooper e Daryl Dixon tiveram uma épica história de amor na juventude, um sentimento que deixou marcas profundas em seus corações. Com o passar dos anos e depois que uma estranha epidemia devastou o mundo, ambos pensaram que seus caminhos ja...