Jane me encarou com os olhos sério, as sobrancelhas erguidas. Tão bem desenhadas e perfeitas. Ela era linda demais e todos os dias eu não me cansava de dizer aquilo, mesmo que fosse mais para mim do que para ela.
- Humm... - ela se afastou um pouco, encostando a cabeça de cabelos crespos na mesa. Abri as pernas para que ela ficasse mais perto e joguei os braços para o lado. Relaxando completamente e esquecendo de tudo e de todos. Já passava das onze da noite e todo mundo já tinha ido embora. - Jane... - puxei o "A" no nome dela. Minha voz estava diferente. A sensação dos lábios dela subindo e descendo pelo meu pênis era a melhor de todas. A pressão que fazia era tão forte que mais parecia que eu estava fodendo a vagina e não a boca. Sendo fodido, na verdade. Não havia um só musculo do meu corpo que não era controlado por ela.
Jane intensificou os movimentos, me engolindo até a metade, tirando e colocando de novo várias e várias vezes. Tinha as mãos presas no cabelo enrolado e ditava os movimentos que ela fazia. Não hesitou um só segundo em engolir todo o meu gozo, fazia sem deixar de olhar nos meus olhos. Descobri um desafio.
Ela finalmente ficou de pé, a vagina livre de pelos ficou na minha frente, visto que estava sentando na cadeira de frente para a minha mesa no escritório da SAM. Onde todas as pessoas que iria atender futuramente iriam sentar sem terem a menor noção de quantas vezes já tinha transado ali.
Ambos fechamos os olhos quando o membro entrou centímetro por centímetro e devagar para dentro dela. Naquela posição flor de lótus dava para senti-la com mais nitidez. Nunca pensei que ficaria tão feliz ao fazer sexo com alguém sem camisinha.
Jane descia e subia em ritmos lentos e sem fazer muito barulho, mordendo os lábios para segurar os gemidos e me apertando fortemente entre as pernas. Fazia tudo de um jeito que não duvidaria que matava.
Ajeitei a posição em que estávamos e parei para ficar admirando a beleza dela. Perfeita para mim. Estava quase gozando com o maior grito da história quando a porta foi aberta e ela parou o sobe e desce alucinante, olhando para a porta. Senti tanto ódio que fui impossibilitado de mover um só músculo do corpo tamanha a minha ira por ter sido interrompido num momento como aqueles. Mas me dei conta de que tínhamos sido flagrados fodendo no escritório, um local de trabalho, e que depois daquele dia nenhum de nós seríamos vistos da mesma forma.
Virei o pescoço e dei de cara com uma Leny completamente desconcertada e com os lábios entreabertos sem saber o que dizer. Jane tinha a cabeça escondida no meu pescoço e impossivelmente estava rindo. Como se o momento não fosse desesperador.
- Seja lá o que você queira pode ser tratado mais tarde. - ela caiu na realidade novamente e voltou a fechar a porta. Fiquei pelo menos uns trinta segundos ainda sem acreditar na situação, mas espalmei as mãos nos dois lados da bunda dela comecei novamente o movimento.
Jane me olhou séria, sem acreditar. Mas eu não sustentei o olhar escuro. Tinha uma transa por terminar.
***
- Quem foi a primeira mulher da sua vida? - estávamos deitados na minha cama e ela não parava de falar sobre o fato de ter sido a primeira mulher a visitar a minha casa além das minhas irmãs. Teria me arrependido de ter dito aquilo se já não quisesse que ela se sentisse especial. Não era segredo para nenhum de nós que tudo não era só atração.
- Eu estava no primeiro ano do ensino médio e a garota também. Tínhamos quatorze anos, o nome dela era Cintia e eu nunca mais a vi depois daquele dia. - ela sussurrou alguma coisa mas não entendi e nem me dei ao trabalho.

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Müller - Contos de Amor
LosoweHistórias pequenas sobre os amores dos irmãos Müller, que mesmo superando as complicações de cada um conseguem encontrar o amor nas pessoas menos prováveis...