68. I promise you

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Eu não entendi muito bem o motivo de ela vir até nós. Ela e Harry não se falavam, ela não conhecia Luana ou eu, e... Louis? Era por causa dele que ela estava vindo até aqui?

Meu palpite estava certo.

Louis se levantou quando a viu, e eles se abraçaram.  Pude ouvir algo como "que saudades!" E "quanto tempo", mas tentava formar idéias na minha cabeça que conseguissem explicar o motivo disso.

Louis apresentou Luana, e Taylor a cumprimentou com um sorriso no rosto.

  - E essa é Isabela, namorada de Harry - Louis disse.

  Eu sorri e me levantei para cumprimentá-la. Ela fez o mesmo.

  - Prazer em conhecê-la, Isa. Posso te chamar assim, certo?

  - Claro, pode sim! - eu disse.

Joe, o namorado de Taylor, também cumprimentou Louis, Luana e eu. De todos nós, apenas Harry não havia falado oi para eles.

Taylor se dirigiu até ele e o cumprimentou.
 
  - Olá, Harry.

  - Olá.

Joe acenou com a cabeça para Harry, que retribuiu. Será que Joe sabia da história que Taylor teve com Harry? Será que ele sabia que o álbum 1989 foi escrito inteiramente para Harry? Eu não tinha tanta certeza disso.

O clima pareceu pesar sobre nós, mas Taylor se virou e sorriu por cima do ombro.

  - Foi um prazer te rever, Lou. E um prazer conhecer vocês, meninas. Até mais!

Joe pegou sua mão e eles se dirigiram para os fundos do restaurante.

  - Isso foi bem... - começou Luana - estranho.

  - Ela é minha amiga, apesar de tudo - explicou Louis - Quando ela e Harry tiveram aquele... affair, ela se aproximou demais de mim. Nossa amizade não acabou só porque eles acabaram.

Harry piscou os olhos demoradamente apenas uma vez e suspirou devagar. Será que ele ainda gostava de Taylor?

Não, não acho que ele goste dela, talvez sinta algo pequeno. Ela é uma pessoa legal, percebi.  Talvez legal demais para ser esquecida.

Era o tipo de pessoa que eu queria ser quando tinha 12 anos.

Deixando isso de lado, a comida estava deliciosa. O clima havia voltado ao normal, mas quando Louis ou Luana contavam algo engraçado, Harry parecia estar em outro lugar e não ali conosco.  Quando eles acabavam a piada, Harry ria normalmente, mas eu ainda tinha a sensação de que ele não estava completamente ali.

Depois que o jantar acabou, saímos do restaurante.  Eu estava tão entretida com a história de Harry e Taylor, que esqueci um detalhe: quatro pessoas famosas estavam naquele restaurante. Quem quer que seja qur sabia disso, fez o favor de avisar os fotógrafos e quando saímos, fomos pegos de surpresa por uma avalanche de flashes e perguntas, pessoas com microfone, gravador, celular, câmeras, bloquinhos e canetas... aquilo estava um verdadeiro inferno. Se eu virasse o rosto para um lado, encontraria uma onda de fotógrafos, para o outro, uma onda de fãs, para frente, mais entrevistadores. Não tinha como esconder.

  - Não olhe diretamente para as câmeras - disse Harry para mim - Louis, vai pegar o carro, eu fico com elas.

Louis assentiu e abriu caminho no mrio da multidão.

  - Conversem comigo - disse Harry - Falem baixo sobre qualquer coisa, mas não olhem para eles.

  - Sobre qualquer coisa? Tipo aquela comida maravilhosa que eu não fazia ideia que existia? - disse Luana e eu e Harry rimos.

  - Sim, pode ser sobre ela.

  - Eu amei aquilo. Quero voltar mais vezes aqui. - falei.

  - E quem não quer?

  - Escolheu bem, senhor Styles. - falei e ele deu uma piscadinha para mim.

  - Louis estacionou o carro no inferno? - Luana perguntou.

  - Que nada, olha ele ali - falou Harry e eu agradeci aos céus  - Agora, andem direto para o carro vocês duas. Não olhem para as câmeras, não falem com ninguém.  Vão.

Eu e Luana fizemos exatamente o que ele disse e entramos no carro, ao olhar para trás, vi que Harry não estava conosco. Onde ele estaria?

Olhei pelo vidro e vi que ele havia parado parar tirar fotos e dar alguns autógrafos. Assim que ele entrou no carro conosco, Louis deu partida.

Harry se sentou ao meu lado e pegou minha mão. Eu dei um sorriso fraco, pois minha cabeça não estava realmenre ali. Eu queria entender o motivo do desconforto de Harry quando Taylor chegou. Por que ela não havia ficado desconfortável também?

  - Acho que precisamos conversar - ele disse e eu o olhei.

Ele estava com um semblante preocupado. Deve ter notado que estou pensativa e quer falar a respeito. Mas o que eu poderia dizer?

  - Sim - falei.

Apesar de estar meio perdida, eu gostaria de conversar. Quero saber como ele se sentiu, por que ficou daquele jeito... se ele estava bem. E conversando era o melhor jeito para saber de tudo.

  Ao chegarmos na frente do Hotel, eu fiz um sinal para Luana indicando que precisava falar com ela a sós, e ela subiu para  o apartamento com Louis e eles nos deixaram a sós dentro do carro.

  Abri a porta e saí.  Eu não gostava de conversar sentada. Andar me ajudava a pensar.

Fui tomada pela frio que me atingiu em cheio, me obrigando a fechar mais o blazer que usava. Eu não fazia ideia de quantos graus estavam, mas era o suficiente para me fazer querer ficar embaixo de vários edredons.

  - Eu não gosto dela, Isabela.

Eu nem havia notado que Harry havia saído do carro também e estava ao meu lado.

Um alívio surgiu quando ele disse isso.

  - Não?

  - Não.  Nem um pouco. Eu só não consigo evitar lembrar de tudo o que tivemos quando a vejo. Foram poucos meses e faz anos, mas foi intenso.

  - Eu sei. Acompanhava as notícias.

  - Notícias? - ele soltou uma risada - Tudo aquilo que tem nas notícias não são 1% do que tivemos. Tem mais um iceberg inteiro por trás disso, e eu não quero entrar  nesse assunto nunca mais. Falar sobre isso me faz lembrar, e lembrar de tudo me deixa com uma sensação ruim... como se o tempo tivesse voltado  e eu estivesse novamente em 2013, andando em círculos...

  - Eu acredito em você, Hazz... só fiquei pensando por que é que você ficou sério lá no restaurante.

  - Porque... acho que nem eu sei direito. Ela é minha ex, e estava lá com o atual enquanto eu estava com minha atual... e falou comigo e com todos comi se nada tivesse acontecido.  Eu não sei, aquilo foi estranho demais.

Eu suspirei e Harry chegou mais perto. Um floco de neve delicado caiu em seu rosto.

  Ele pegou minha mão e a beijou. Seus lábios estavam frios, mas minhas mãos estavam mais.

  - Não quero que pense que sinto algo por ela. Eu não sinto. Não mais. Ela é minha ex e isso não vai mudar nunca. Podemos até ser amigos um dia. Amigos de verdade, todos nós.  Mas não há a mínima chance de voltarmos e eu prometo isso a você, Isabela.

Sorri fraco e o abracei. Harry me apertou forte e repetiu baixo:

  - Eu prometo isso a você.

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