Capítulo 4

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Melissa

Droga, Droga, Droga, mil vezes, eu sabia que o diretor ia me mandar pra casa esfriar a cabeça, o que eu mais temia era meu irmão, ele ia encher meu saco com sermões, sobre socar meu ex no primeiro dia de aula. Como eu já imaginava o Diretor Carlos pediu que eu fosse pra casa, pra me acalmar,mas eu estava com medo do Marcos, ele estava de férias, então provavelmente estaria em casa,se Deus abençoar talvez Nala pode está lá.

Meu irmão não era chato com coisas de escola,mas fala sério, primeiro dia de aula? Era o cúmulo mesmo.Chego na frente da minha casa e o olho pra garagem, o carro não estava,o que quer dizer que ele também não. Corri até a porta a abrindo, com minha chave,entro e fecho atrás de mim.Vou em direção as escadas para meu quarto.

—Mellissa? -ahhhh droga, o que ele estava fazendo aqui,se o carro não está?

—Oi—digo parando no primeiro degral.

—O que esta fazendo em casa essa hora!? —pergunta se aproximando.

—É..... eu... bem.. passei mal—gaguejo é claro, estava ferrada.

—Ahhh é? deixe-me te examinar então.

Que? Naoooooo, porra ele ia me matar,como eu era burra, meu irmão era médico merda!!!!

—Não precisa,ja estou bem,—me apresso em dizer ainda virada de costa.

—Ahhh Mel, eu te criei sabe—diz e me puxa pra olhar seus olhos.—Diga o que aconteceu ou vou até a escola descobrir—diz sério.

O encaro apreensiva.

—Tá, vou falar—derrotada me solto do seu aperto.

—Anda então—reclama

—Eu dei um soco no Jason—solto de vez. Ele arregalou os olhos e deu uma gargalhada. Olhei pra ele confusa. Eu disse que dei um soco no meu ex e ele ri?

—Porque você deu um soco no Jason Melissa?-diz tentando se controlar da crise de riso.

—Porque ele falou que eu estou tendo um caso com o James —serro os dentes ao lembrar.

—Sério? —para de ri.

—Sim..

—Então ele mereceu—fala e vira pra cozinha.

Poxa!Sério?

—Você não está bravo?—pergunto o seguindo.

—Não...

—Mas....?

—Não fique arrumando confusão Mel, você sabe que eu não gosto—diz me olhando feio.

—Eu sei, é que eu não me contive—digo sem graça.

—Como sempre neh mocinha? Mas eu teria gostado de ver a cara dele quando você o socou—sua voz sai alta por causa dos seus risos,não aguento e começo a ri junto.

—Mas porque você está em casa e seu carro não? —pergunto depois de um tempo.

—Eu levei na oficina assim que você saiu, voltei de taxi—da de ombros.

—Ata,... Vou subir—digo e vou pra meu quarto, mas tarde eu teria treino. O que era muito bom.

E conversar com Marcos tinha sido mais fácil do que imaginei.

Dominick Onde histórias criam vida. Descubra agora