Rebeca veio de uma família onde tudo era errado. Agora liberta das exigências e regras dos pais, ela quer ser ela mesma. Um ser humano sincero e alegre, que não leva desaforo para casa. Principalmente de um certo bonitão que adora lhe tirar do séri...
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— Estamos esperando — Rodrigo diz cruzando os braços. Minha cabeça doía e Gabriel parecia que tinha perdido o dom da fala.
— Trepamos, cacete — Grito e ambos me olham chocados — Ou só vocês que podem? — Até Gabriel estava boquiaberto comigo — Será que vocês podem dar licença para a gente se vestir?
— Essa conversa ainda não acabou — Fernanda sai do quarto seguida por Rodrigo.
Coloquei as mãos no rosto e massageei minhas têmporas. Conseguia sentir os olhos de Gabriel em mim. Me enrolei mais um pouco no lençol e levantei. Catei minhas roupas espalhadas pelo chão e entrei no banheiro. Olhei minha imagem no espelho e não estava agradável. Minha maquiagem da noite anterior estava borrada e meu cabelo parecia um ninho de pombo.
Vesti minha roupa e prendi o cabelo em um coque mal feito. Lavei o rosto e escovei os dentes com a escova que supostamente era do Gabriel. Pra quem chupou o pau dele, escovar com a mesma escova é pinto. Com a aparência um pouco melhor abri a porta e encarei Gabriel. Ele já estava vestido e parecia ainda mais arrasado que eu.
— Rebeca, precisamos conversar — Sussurrou.
— Gabriel — Suspiro — Isso foi um erro causado pela bebida. Eu não gosto de você e não estou sonhando em ter nada além de ranço por ti — Ele ri.
— Eu aqui preocupado e você fazendo graça — Reviro os olhos — Agora é sério. O que vamos dizer a eles? — Gabriel parecia um cachorrinho assustado com medo dos nossos irmãos.
— Você verá — Sai do quarto e Gabriel me seguiu. Encontramos todos tomando café da manhã na grande mesa que tinha na sala e todos nos olhavam com aquela cara: Eu seioque vocês fizeram na noitepassada.
— Estamos esperando vocês lá fora — Fernanda diz como se fossemos crianças prontas para serem castigadas.
Peguei uma maça na mesa da sala e sai andando até a varanda.
— Vocês podem nos explicar que cacete vocês fizeram? Uma hora não podem nem olhar um para o outro e no minuto seguinte estão fazendo sexo? — Fernanda ralha como uma mãe a ponto de ter um ataque de pelancas.
— Eu esperava mais respeito da sua parte, Gabriel — Rodrigo balança a cabeça negativamente desaprovando o irmão.
— Vocês dois querem calar a boca e parar de nos dar esporro como se fossemos filhos de vocês? — Eles abrem a boca para argumentar, mas eu não deixo — Gabriel é adulto. Eu sou adulta e o que aconteceu naquele quarto não é da conta de ninguém além de nós dois — Explodo.
— Agora vocês estão juntos, é isso? — Rodrigo pergunta um pouco mais calmo.
— Não — Gabriel e eu respondemos na mesma intensidade.
— O que aconteceu foi um erro e eu e Gabriel compartilhamos do mesmo sentimento. Não voltará a acontecer, agora se vocês nos derem licença eu quero tomar café da manhã.