Rebeca veio de uma família onde tudo era errado. Agora liberta das exigências e regras dos pais, ela quer ser ela mesma. Um ser humano sincero e alegre, que não leva desaforo para casa. Principalmente de um certo bonitão que adora lhe tirar do séri...
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Quando finalmente chegamos em casa do domingo à noite. Fernanda ficou na sua nova casa e eu voltei para o solitário apartamento que antes contava com a presença da minha irmã.
Tomei um banho e vi as marcas roxas dos dedos dele no meu quadril. Meu coro cabeludo ainda estava um pouco dolorido enquanto eu massageava durante a lavagem. Mas sorri.
— Cretino — Um sorriso safado pintou meus lábios.
Me enrolei em uma toalha e fui até meu guarda roupa. Peguei um pijama e vesti. Busquei alguma coisa para comer na geladeira, mas não tinha nada. Abri o armário e vi uma lata de leite condensado.
— Vai ser brigadeiro
Preparo o brigadeiro e me sento no sofá. Ligo a TV e está passando cinquenta tons de cinza. O jeito com que ele me colocou de quatro ontem e puxou meu cabelo, com certeza, quase faz dele um Christian Grey brasileiro.
— Mas que porra, agora tudo vai ficar me lembrando daquela noite? — Troco de canal e fico vendo um cara gostoso que reforma casas americanas.
Acabo dormindo no sofá mesmo. Acordo com o celular tocando as nove da manhã. Todo meu corpo dói.
— Alô — Digo coçando os olhos e bocejando.
— Você ainda estava dormindo? — A voz da minha irmã me desperta.
— Sim — Bocejo mais uma vez.
— Você prometeu, Rebeca. Quero você aqui em meia hora — Reviro os olhos.
— Tá, sua chata — Bufo e desligo.
Tomo um banho e coloco uma calça de moletom e um top de academia. Pego uma bolsa de viagem pequena no quarto da Fernanda e coloco algumas roupas e sapatos que eu posso precisar nesses três dias. Chamo um Uber e vou para a nova casa da minha irmã.
— Obrigada — Agradeço ao motorista.
Toco a campainha e Rodrigo me recebe.
— Alguém dormiu demais? — Pergunta. Mas passo direto e vou até sua cozinha. A mesa do café da manhã ainda está montada. Sento e pego umas torradinhas e coloco um pouco de café na xicara. Antes de comer a torrada como um pedaço de bolo com a mão mesmo.
— Tem comida na sua casa não, garota? — Rodrigo pergunta rindo.
— Não — Digo com a boca cheia, fazendo um pedacinho de bolo voar. Rodrigo apenas ri.
— Todos os horários da Bella estão aqui. Os telefones da pediatra dela também estão anotados lá — Tomo um gole do café e assinto.
— Pode deixar, vou cuidar muito bem da minha sobrinha — Bella entra na cozinha.
— Titia Beca — Ela corre até mim e sobe no meu colo.
— Como está a princesa mais linda desse mundo? — Pergunto roçando meu nariz no dela.
