Rebeca veio de uma família onde tudo era errado. Agora liberta das exigências e regras dos pais, ela quer ser ela mesma. Um ser humano sincero e alegre, que não leva desaforo para casa. Principalmente de um certo bonitão que adora lhe tirar do séri...
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Despertei com doces beijos no meu pescoço. Abri os olhos e vi Rebeca sorrindo. Era tão bom tê-la ali junto comigo.
— Bom dia, meu amor — Ela sorri.
— Bom dia — Bocejo. Eu não dormia tão bem com essa tipoia.
Rebeca se levantou e vestiu um roupão de seda, rosa chá. Prendeu seus cabelos em um coque e foi para o banheiro, mantendo a porta aberta.
— Vou dar café da manhã as crianças e depois vou levá-las para a escola — Dizia ela do banheiro.
Revirei os olhos.
— Eu faço isso — Me apoiei no braço bom e levantei da cama.
— Você tem que fazer repouso — Ela faz cara feia e volta a escovar os dentes. Adoro quando ela fica bravinha.
Paro atrás dela e encaro seu reflexo no espelho.
— A obrigação é minha — Seus olhos mudam de irritados para amorosos. Ela enxagua a boca, antes de me responder.
— Eu sei meu amor, e assim que você se recuperar cem por cento, voltará a fazer tudo isso, mas por hora, eu assumi essa missão — Ela pega a toalha do gancho, seca e boca e se vira.
— Não acho isso justo. Você não é obrigada a fazer nada disso — Ela apenas sorri.
— Se fossem meus filhos e eu estivesse machucada, você não faria o mesmo por mim? — Relaxo os ombros.
— Tudo bem, mas eu vou junto. Já que sou um inútil. Fico no banco do carona — Ela sorri e me beija na bochecha.
— Na bochecha? — Pergunto rindo.
— Você está com bafo. Nem a pau, eu beijo você assim — E gargalhando, ela deixa o quarto.
Escovo os dentes e troco de roupa. Encontro as crianças arrumadas, sentadas a mesa, comendo algum tipo de sanduiche.
— Como preparou tudo tão rápido? — Ela dá ombros e sorri.
— Sente-se, antes que esfrie — Ela coloca um pão com queijo derretido na minha frente.
Tomamos nosso café, com as crianças tagarelando sobre a escola. Rebeca ri o tempo todo das histórias que são contadas, e eu observo a cena encantado.
Ela olha a hora no relógio e dá um último gole no seu café.
— Está na hora, vamos crianças — Elas obedecem e se levantam, vindo me beijar no rosto.
— Tchau papai — Recebo beijos.
— Eu vou também — Me levanto e Rebeca revira os olhos para mim, fazendo Mariah rir.
— Tá ensinando gestos incorretos para minha filha — Finjo estar bravo, mas ela apenas ri e me dá a mão.
Deixamos as crianças na escola e voltamos para casa. Eu queria tomar um banho, então Rebeca me ajudou com a tipoia. Ela sempre me ajudava com o banho. Era a melhor parte do dia.
