Meu coração dispara e eu paro por um segundo. Merda, ontem fiquei o dia todo me perguntando se ele sabia que eu que seria a advogada chefe da sua maldita firma, e parece que a resposta é não, me dirijo rápido ao elevador e Carlos fica ao meu lado.
- como foi a visita ao chefe? - ele está sorrido, e eu não consigo responder ainda meio chocada- está tudo bem? Até parece que você viu um fantasma.
- está, esta tudo bem sim, é que... visitas a chefes me deixam meio intimidada.
- entendi.
A porta do elevador se abre e quando está prestes a se fechar Virgilio aparece na porta com uma cara tão chocada quanto a minha.
A porta do elevador se fecha, e eu solto a respiração que nem percebi estava segurando.
- e então você topa?- diz Carlos, me tirando do transe.
- o que?
- tem certeza que ta tudo bem?
- sim, só estou meio distraída.
- te chamei pra almoçar.
- a, claro! Vai ser um prazer.
- então passo na sua sala as 11, pode ser?
- claro - digo sorrindo quando a gente se separa e eu vou pra minha sala.
Abro a pasta que Virgílio me deu e vejo que por dentro ela é toda personalizada, com desenhos de prédios e plantas e outros desenhos aleatórios, e um me chama muito a atenção, o desenho que se parece exatamente com o anel que eu uso dês que eu ganhei com 15 anos.
- Isabela quando tiver um tempinho vem até a minha sala, por favor.
10 minutos depois ela aparece.
- me chamou?
- quem desenhou isso? -- lhe mostro o interior da pastinha.
- todos os donos da firma, eles desenharam e personalizam todas as pastas.
- e o que são todos esses desenhos?
- a planta do antigo lugar da firma e alguns desenhos que marcaram muito os chefes.
- você sabe quem desenhou isso?
- saber certeza eu não sei, mais ao longo dos anos eu e os outros tentamos adivinhar de quem é o desenho pelo traço, e achamos que é o senhor Virgílio, porque a pergunta?
Mostro pra ela o meu anel.
- você tem tempo pra uma história?- ela diz que sim, conto pra ela toda a história, dês do nosso primeiro beijo, até os minutos antes no escritório.
- que bizarro, e a parte do elevador, sinistro.
- então, parecia que ele precisava checar se realmente era eu ou sei lá. E agora vou ter que ver ele para entregar os contratos o tempo todo.
- eu entrego se quiser.
- não, ele disse que era pra eu entregar sempre em mãos, porque era bem importante, eu estou ferrada.
- é só fingir que nada está acontecendo. Eu tenho que voltar para o trabalho mas quer almoçar?
- vou almoçar com o Carlos, mas quem sabe sair anoite?
- Carlos? Quero saber a história , a gente combina a hora do jantar depois.
- está pronta?- diz Carlos que chega quando Isabela ainda está na porta.
- estou sim
Fomos almoçar em um restaurante próximo, foi um almoço bom e muito agradável, eu me diverti muito, mas não consegui tirar aquele momento no elevador da cabeça.
- acho melhor nos voltarmos para o escritório.
- concordo, a conta, por favor.
Depois de uma briga para ver quem ia pagar, em que ele acabou tirando o envelope da minha mão e dizendo que é por sua conta, nos fomos em direção a firma.
Ao subirmos e nos despedimos Isabela vem em minha direção.
- ele esteve aqui!
- o que?
- ele estava te procurando.
- ai meu Deus, devo ligar?
- não, ele disse que não era nada importante, disse para eu fingir que ele nunca esteve aqui.
- graças a Deus, obrigado Isabela.
O resto do dia passou normalmente, e no final do expediente Isabela me levou em um lugar onde todos frequentavam para relaxar depois do trabalho.
Entro e já me sinto em casa com o cheiro de cerveja e cebolas fritas, Isabela me apresenta a todos e eu me senti muito confortável com o pessoal.
- senhorita Alicia, é um prazer conhece-la - diz Carlos com tom de ironia e com uma risada boa de se ouvir.
- o prazer é todo meu cavalheiro- digo com o mesmo tom, ele parece mais relaxado fora do local de trabalho, e isso o deixava mais fofo e descontraído.
Depois de beber uma cerveja e me divertir muito, vi que já estava na hora de ir embora.
- eu te acompanho- diz Carlos
- não precisa.
- eu quero. Então táxi ou a pé?
- está afim de andar 8 quarteirões?
- se for com você- o seu sorriso bobo me derrete.
-táxi, por favor, e eu pago.
- tudo bem jovem dama, você paga.
Chegamos na minha casa e descemos do táxi.
- obrigada mas não precisava mesmo, onde você mora ?
- na verdade, é do lado do prédio da NYA- diz rindo.
- você é louco, eu te convidaria pra entrar mais já tá tarde.
- eu entendo, da próxima.
Ele me abraça e me da um beijo no rosto.
- ate amanhã jovem dama.
Ele diz após entrar no táxi e eu sorrio, foi um dia muito longo, preciso muito descansar.
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Meu Chefe (COMPLETO)
Teen Fiction''Hoje e simplesmente o melhor dia da minha vida, é meu primeiro dia no meu emprego dos sonhos, advogada em uma firma de arquitetura muito importante, eu não poderia estar mais feliz, na verdade eu poderia... O meu primeiro namorado da escola, na qu...