Capítulo 50

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Me sento no sofá da sala e observo Virgílio ligar para a portaria do condomínio.

Ele esta muito irritado, diz que isso e inaceitável, que ela não esta de forma alguma autorizada a entrar.

Ele se senta do meu lado e passa a mão pelos cabelos.

-- me desculpe por isso.

-- não foi culpa sua. Como ela entrou?

-- ele pensou que ela fosse você ou a Camila já que a foto de vocês duas ainda não esta registrada.

-- ela faz sempre isso?

-- isso o que?

-- aparecer de calcinha e sutiã, e na sua casa do nada.

-- odeio isso, mas sim ela faz, piorou, mas ela sempre faz isso.

-- entendi.

-- ela não vai fazer mais.

-- queria acreditar nisso. -- se instala um silencio, quero perguntar mais, porém não sei se quero a resposta -- vocês já foram um casal?

-- Não alicia.

-- já transou com ela.

-- o que? Não.

-- não tem problema se tiver, talvez em Bora Bora eu não sei -- sinto os lábios de Virgílio nos meus me fazendo calar -- ta louco? Alguém pode ver.

-- eu nunca tive nada e nunca vou ter nada com ela, digamos que gosto de outra pessoa -- ele pisca para mim e Camila chega na sala.

-- bom dia.

Rimos com o fato de que Camila não acordou nem com o barulho estrondoso de mary e fomos tomar nosso café da manhã.

Setembro ( 1 mês depois )

O mês passado foi incrível, mesmo ainda querendo um lugar para mim, estava gostando de ficar na casa de Virgílio, eu me sentia protegida, ele dorme comigo todas as noites, desde o primeiro dia.

Acho que ninguém desconfia de nada, já que somos muito indiferente um com o outro no trabalho, porém quando estamos sozinhos Virgílio e o homem mais amoroso do mundo.

Ele ainda insiste em me dar roupas caras que eu recuso, e eu finalmente estou conseguindo comprar aos poucos roupas para o meu guarda roupa.

Eu visitei algumas casas no ultimo mês, porem Virgílio disse não a todas.

"Muito pequena"

"O local e ruim"

"Muito barulhento"

Escutei de tudo sobre todas as casas, e depois que ele me mostrou os defeitos, passei a perceber todos e acabava não ficando com o apartamento.

Virgílio me levou a varias casas também, pedia para eu me imaginar morando no lugar com Camila e o bebe, e de como seria incrível um lugar que eu não precisasse me importar com o aluguel, e ele estava certo, só que eu não tenho dinheiro, e ele nunca vai comprar uma casa pra mim.

Estou envolvida com alguns papeis quando ouço batidas na porta do meu escritório.

-- entra. -- olho para cima e vejo Virgílio entrando e trancando a porta, a não, sei a onde isso vai parar. -- preciso trabalhar.

-- não estou te impedindo.

-- e nem pense em fazer isso.

-- eu sou seu chefe, e preciso que você me ajude com uma coisa.

-- pode falar. -- ele se aproxima de mim e me beija. -- não -- me levanto e fico escorada na mesa.

-- para com isso vai, você também quer -- sinto suas mãos envolvendo minha cintura e ele beija meu pescoço, também sobe a minha saia deixando minha calcinha a mostra.

-- a gente combinou não fazer mais isso.

-- não consigo trabalhar pensando que podia estar aqui com você, pensar em você me distrai.

-- se alguém descobrir eu vou ser demitida.

-- eu duvido muito que isso vá acontecer alicia -- ele desce a boca para os meus seios e desce minha calcinha. Mordo os lábios, eu não deveria estar fazendo isso, a conversa que tive com Virgílio impondo sem sexo no trabalho foi bem ignorada.

Escuto o cinto de Virgílio ser desabotoado e vejo ele abrir a minha gaveta para pegar a camisinha.
Ele começa a penetrar em mim e eu controlo meus gemidos, quando fizemos isso aqui pela primeira vez foi difícil me controlar já que em casa não tenho esse problema.

Ele me coloca de costas para ele e eu tenho que me segurar na mesa para não cair.

Ele se abaixa para me dar um beijo no pescoço.

A maçaneta da porta se move e escuto batidas.

Eu rapidamente arrumo minha saia e Virgílio sobe as calças.

-- Alicia você esta ai? -- escuto a voz de Isabela do outro lado da porta.

-- já vou. -- olho para os lados e puta merda, cade a minha calcinha? -- cade minha calcinha? -- sussurro

-- eu não sei.

-- ta tudo bem.

-- hoje a gente termina isso em casa amor -- sorrio, me derreto quando Virgílio me chama assim, apesar de achar que ele fala involuntariamente e nem percebe, na primeira vez que ele falou fiquei assustada, ele não fala muito, mais quando fala... -- preciso dos relatórios para amanha -- ele diz quando eu abro a porta -- boa tarde isabela, como estão os preparativo?

-- não quero nem falar sobre isso, aliais, precisa dar folga para alicia, ela precisa ir comigo experimentar o bolo, Marcos e eu não sabemos qual escolher.

-- vou pensar no assunto.

-- e as ferias? -- digo quando Virgílio já saiu do local e estamos sentadas no sofá do escritório.

-- cansativas, o casamento esta muito perto, aliais tenho uma coisa para você-- ela me entrega uma caixa.

Quando abro meu coração quase explode de alegria, tem um champanhe escrito

" aceita ser minha madrinha de casamento? "

-- ai meu deus, claro que sim -- me levanto e a abraço.

-- só vim te entregar mesmo, que bom que aceitou, agora vou na Raíssa.

-- ela não veio hoje, não esta se sentindo nada bem esses dias, e a teimosa se recura a ir no hospital.

-- entrego outro dia, tenho que ir arrumar uma festa de noivado e uma de casamento, ate mais amiga.

Dou um beijo no rosto de Isabela que sai me deixando extremamente feliz pelo resto do dia.

Meu Chefe     (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora