Capítulo 6

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No outro dia o trabalho foi um saco de manha até o jantar, eu terminei as coisas para Marcos e agora é hora do jantar, fui com meu melhor vestido, um que eu sei que deixa qualquer homem louco e esperei por Paulo na minha sala.

--está pronta?

-- claro estou, onde vamos?

-- no Parifra, não sei se comentei mas terão mais pessoas com a gente.

-- se você tivesse me falado eu teria vindo mais bem vestida.

-- relaxa, este vestido vai deixar o Virgílio louco e é isso que eu quero.-- diz com um sorriso irônico.

-- algum motivo pra isso?

-- nos somos amigos, eu nunca pegaria você, pois vocês já tiveram alguma coisa, mas eu vi como ele olha pra você, ele tem ciúmes por algum motivo, ele já me provocou uma vez, eu disse que teria volta, achei a oportunidade perfeita.

Ao chegarmos no restaurante todas as pessoas já estavam lá, o que me deixou meio envergonhada.

-- boa noite pessoal-- Paulo diz e todos se viram, inclusive Virgílio que logo fecha a cara.-- está é a Alicia, uma amiga minha.

-- seja bem vinda a roda alicia- diz uma menina sorridente que deve ter a minha idade exata.

-- obrigada.

Depois de uma longa conversa com eles e muitas encaradas de Virgílio, resolvemos que já estava na hora de ir embora.

-- vou pagar a conta e ver se a coisa da costela e verdade, observe-- diz Paulo no meu ouvido.

Enquanto Virgílio pagava a conta Paulo chegou por trás e pegou nas suas costelas o que o fez pular e se desdobrar todo. Quando ele consegue se soltar a cara de bravo volta instantaneamente, enquanto Paulo comemora, os olhos furiosos de Virgílio olham para os meus, então eu apenas levei a minha taça de vinho a boca e sorri.

Parece que o mundo da voltas não é mesmo?

Os meninos voltam para a mesa e todos estão rindo, menos Virgílio claro.

-- você deveria ter visto a sua cara, foi hilária-- disse a menina sorridente.

-- você me deve 1000 reais cara-- diz Paulo que até agora não parou de rir.

-- por quê ? -- digo curiosa.

--no ano passado nos estávamos conversando e o Virgílio disse que não sentia cócegas, ai o Paulo disse que todo mundo sente cócegas, ai eles começaram com essa aposta, e o Paulo conseguiu. -- disse Marcos.

-- trate de depositar 500 pra mim e 500 pra Alicia, ela que me disse o lugar. -- disse piscando pra mim e rindo.

-- e como você sabia Alicia?--disse a menina sorridente, que até agora eu não sei o nome, eu não posso falar que já tinha namorado com ele, eles vão pensar que eu só consegui o emprego por causa disso.

-- foi só um palpite-- digo olhando pra ele que ainda está com a cara fechada -- mais o mérito é todos seu Paulo, não precisa me dar nada eu só chutei um lugar improvável e deu certo.

-- eu insisto, eu não teria ganhado sem você, aliás, acho que isso merece champanhe, por minha conta, será que da pra reabrir a conta?-- Paulo pergunta pro garçom que afirma com a cabeça.

-- eu não vou ficar aqui vendo essa palhaçada eu estou indo embora, alguém quer uma carona?-- Virgílio diz todo irritado.

-- eu vou embora também, mas não precisa de carona eu pego um táxi. -- me despeço de todos e agradeço pelo jantar maravilhoso.

-- eu te dou uma carona-- Virgílio diz quando saímos do restaurante.

-- não precisa de verdade, eu pego um táxi não precisa se incomodar.

-- eu vi seu endereço na sua ficha, é caminho não vai incomodar nada.

-- eu não acho que seja uma boa ideia.

-- eu não aceito um não como resposta.

-- tudo bem--digo.

-- o carro chegou -- ele diz apontando pra uma linda Ferrari vermelha.

-- você conseguiu! Seu carro dos sonhos.

-- é-- ele diz com a cara fechada, acho que ele ainda não superou a história das cócegas.

Entro no carro e uau, que carro foda, lembro dele sempre me falar que era o carro dos sonhos dele, e que um dia ele ia comprar um, e ele realmente conseguiu.

Viramos em uma rua diferente do local da minha casa, será que ele olhou o endereço errado?

-- a minha casa e pro outro lado. -- ele apenas continua dirigindo sem falar nada, pra onde esse desgraçado está me levando? -- Virgílio pra onde você esta me levando?

-- Alicia só cala a boca e tenta não me estressar mais.

-- para o carro agora-- digo furiosa.

-- não.

-- para agora.

-- não.

-- ok, se você não parar eu vou pular, você quem sabe -- cruzo os braços ainda olhando pra ele.

-- não você não vai, sabe disso.

Eu realmente não vou porra, mas eu só queria sair daquele carro, e se ele estiver me sequestrando? Não, ele é meu ex eu conheço ele, ele nunca faria isso... ou faria?

Depois de um tempo chegamos na porta de um condomínio, o lugar perfeito pra descer e ir embora, quando Virgilio desacelera o carro eu tento abrir a porta, que nem se mexe.

-- merda-- murmuro.

-- não ia ser assim tão fácil alicia-- diz ainda com a cara fechada.

-- olha se você está me sequestrando, eles vão me achar.

--é óbvio que eu não to te sequestrando idiota.

-- então pra onde você ta me levando caralho?

O carro para em frente a uma garagem e o portão se abre.

-- pra minha casa-- diz com uma expressão neutra e meio sexy no rosto.

Meu Chefe     (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora