Capítulo 46

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Estou anestesiada, sento na na cama de hospital ainda em choque, não sei bem o que aconteceu lá.

So me lembro do barulho da sirene da polícia, e de vários policiais tentando chamar minha atenção.

Olho pelo quarto pela primeira vez, camila esta sentada na poltrona serenamente.

Quero falar com ela mas não consigo.

-- deite-se por favor senhorita alicia -- olho para o lado e vejo uma medica segurando meu ombro, ela me deita no quarto e coloca algo na minha veia, que me faz dormir.

-- o que eu to fazendo aqui? -- abro os olhos e escuto o barulho do aparelho que mede meus batimentos apitar, estou acelerada.-- eu preciso sair daqui, eu não quero ficar aqui, eles vão me achar, eu não posso -- arranco a agulha que está na minha mão e começa a jorrar sangue, sinto uma dor fina, devo ter estourado uma veia, tiro os elétrons do meu corpo e me levanto tendo que me escorar na cama, sinto o mundo todo girar, tenho que me segurar nas paredes para não cair e fica uma marca de sangue em todo lugar que encosto.

Chego a recepção sem ser percebida, vejo Camila, Virgílio e isabela conversando, tenho que passar por eles sem ser percebida.

-- alicia? -- Virgílio fala ao me ver, ele vem na minha direção e eu tento me afastar sem sucesso -- você tem que voltar para a cama.

-- não eu não posso, eu não quero, eles vão me matar, eu não quero, eu preciso ir embora -- começo a bater nele que tenta me segurar, eu caio no chão.

-- enfermeira -- ouço Virgílio gritar.

-- não -- me contorço no chão depois de tentar me levantar e perceber que Virgílio esta me segurando no chão -- me solta -- esperneio ate ver uma enfermeira e dois homens vindo na minha direção. -- por que você fez isso?

-- você precisa descansar alicia.

-- você acabou de me matar.

Um dos homens me segura e o outro empurra Virgílio para longe e logo vem imobilizar meu braço.

-- por favor não -- grito ao sentir a agulha entrando na minha pele, eu logo relaxo, e apago no chão.

Tem uma mascara de oxigênio no meu rosto, escuto os bipes do aparelho que mede os batimentos do meu coração.

Abro os olhos e estou em outro quarto, um quarto maior, que diferente do outro, tem um banheiro, uma mesinha, uma sala de visita exclusiva e uma televisão.

Do meu lado esta Virgílio de cabeça baixa sentado na poltrona, e camila esta do outro lado.

Olho no relógio de parede e já são 4 da manha.

Raíssa esta no sofá da área de visitas.
Tiro a mascara e Virgílio olha para mim.

-- ei calma -- ele coloca a mascara de novo e é muito bom respirar com isso. -- como você está?

-- bem, eu acho.

-- isso é bom -- ele da um sorriso torto e começa a acariciar meus cabelos.

-- o que aconteceu?

-- você estava em estado de choque.

-- entendi.

-- não quero que se preocupe com isso agora, mas a policia vai vir conversar com você, e vão perguntar se você conhece alguém que pode ter feito isso?

-- não.

-- pensei que falaria isso, a policia não achou nenhuma digital no apartamento, só as suas e as da Camila, as outras eram dos antigos donos, e eles estão no Brasil. Estão procurando nas câmeras por perto, mas o lugar mais próximo com câmeras e bem distante.

-- e o apartamento?

-- alicia, eu conversei com Camila, e vocês vão se mudar para uma casa ou um apartamento em um condomínio.

-- nos não temos dinheiro pra pagar isso.

-- eu pago se for preciso.

-- isso não vai acontecer.

-- alicia, você vai se mudar, querendo ou não, eu não quero você morando naquele lugar.

-- você não e meu pai Virgílio.

-- mas eu te garanto que ele pensa como eu, podemos perguntar, sua mãe e ele vão vir.

-- não precisava incomodar eles com isso.

-- alicia não é possível que você não vê a gravidade disso, alguém invadiu a sua casa, e se você tivesse lá na hora? E camila? Pense nela também, na criança.

-- se eu encontra um lugar onde nos conseguimos pagar eu alugo, mas eu procurei tudo antes de alugar aquele apartamento, era o melhor que camila e eu podemos pagar.

-- enquanto você não acha esse lugar vocês vão ficar comigo, na minha casa.

-- Virgílio...

-- isso não e discutível alicia -- camila diz da poltrona. -- segurança em primeiro lugar, eu dou toda razão para Virgílio. Nos só queremos o seu bem a sua segurança, deveria agradecer a gentileza de Virgílio.

-- eu não me sinto confortável com isso.

-- e vai se sentir confortável voltando para aquele apartamento?

Odeio camila estar certa, eu não vou, mas eu não acho certo ficar na casa de Virgílio.

-- a minha casa é gigante, cabem vocês três -- Camila coloca a mão na barriga e agradece com a cabeça.

-- vamos direto pra lá quando você for liberada.

-- eu vou lá pegar as coisas que consigo salvar.

-- a pessoa roubou alguma coisa?

-- não, porem rasgou todas as suas roupas, e quebrou seu notebook, sinto muito alicia.

-- alguma coisa sua?

-- alguns livros da sala.

-- não precisa voltar lá, vou mandar alguém do meu pessoal, já falei que não quero vocês lá de novo.

-- como você se sente senhorita alicia? -- escuto a voz da médica entrando pelo quarto.

Meu Chefe     (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora