▪︎ Capítulo 41

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" Todos falam que, quando você cai, você precisa aprender a se levantar, mas nunca me disseram que depois de se levantar, você precisa andar como se não sentisse nenhuma dor."
— Gossip Girl.

Kyo Mikaelson

Naquela tarde, ainda havia uma forte tempestade que se fazia presente na cidade.

Nyssa fez questão que o corpo de sua filha fosse cremado e teria um pequeno funeral somente para poucas pessoas.

Era uma tradição da liga dos assassinos cremar os corpos dos seus membros, fazer um pequeno memorial e espalhar as cinzas no local favorito do falecido.

Sara apenas apoiou a sua esposa em toda a decisão, ela não sabia como reagir diante da morte da sua filha, foi até mesmo difícil dar a notícia a sua família.

Bruce ofereceu a sala da sua empresa para que pudesse ser feito o mais rápido possível.

Todos estavam extremamente abalados, até mesmo quem conviveu pouco com ela, percebeu a luz que ela transmitia.

Damian não falou nenhuma palavra desde que saiu do hospital, insistiu que queria ficar sozinho, então pediu pra minha irmã ir embora.

Silvânia não saiu do seu quarto desde a notícia, ela não tinha forças pra fazer nada, afinal considerava Tainá como sua filha.

Era uma enorme sala com paredes cinzas, no meio colocaram uma mesa com as cinzas dela em um jarro e uma foto dela sorridente.

Aos poucos a sala foi se enchendo, havia acabado de chegar ao lado de minha gêmea, ambos nos assustamos ao ver uma foto diferente no retrato ao lado do jarro das cinzas.

A moça da foto era exatamente parecida com ela, mas não era a Tainá que conhecíamos, por um momento senti um leve alívio, isso significava que ela estava viva.

Foi ali que entendi que o Senhor Martinez tinha mudado a realidade novamente e mesmo que todos ali estavam chorando por uma garota que nem ao menos conhecem na verdade.

Tínhamos que fingir que as coisas estavam ocorrendo normalmente para não levantar nenhuma suspeita.

Um discurso foi feito pelo Damián, as lágrimas que alguns familiares estavam tentando segurar foram derramadas como um rio.

Até mesmo eu e a minha gêmea tivemos que fingir lágrimas, era difícil atuar numa situação daquela.

Algumas horas depois....

Eu e a Elisa tínhamos acabado de separar os presentes que ficariam e outros que iríamos doar para caridade.

Ambos estávamos deitados na cama, encarando o teto.

— Tem certeza que quer que eu faça isso? — Elisa me perguntou pela décima vez.

— Meu sobrinho não pode continuar tendo visões do futuro sobre mim — respondi pela décima vez — Quero que ele viva sua vida, sem se preocupar com as coisas que acontecem comigo — falei.

Estava mentindo, a verdade é que ele sabia o quão perigoso era tudo isso, que se os desenhos parassem em mãos erradas, poderia interferir na vida de outras pessoas.

A família Senfor e a Mikaelson, que ainda estavam hospedados no hotel, ficaram por causa da forte chuva.

Afastei os móveis do seu quarto para dar um espaço para que ela pudesse concluir o feitiço que pedi.

Freya e Elisa fizeram um pequeno desenho de um círculo mais alguns símbolos que não entendi muito bem no chão.

Inventei uma desculpa esfarrapada para que o meu irmão e a minha cunhada pudessem levar o meu sobrinho até o quarto que eu estava hospedado.

A Verdadeira História Do Príncipe Dos Vampiros (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora