7

12.6K 784 37
                                    

Eu e Miranda nos encarávamos, olhos nos olhos, bocas próximas demais, respirações ainda ofegantes.
Em minha cabeça um milhão de perguntas pareciam me entorpecer, mas a única coisa que pude fazer foi puxar Miranda contra meu corpo e beija-la até que me faltasse ar.
Ela estava em meu colo, suas pernas ao redor de mim enquanto minhas mãos afundadas em sua cintura desfrutavam das curvas de seu corpo.
Nossas bocas se encontravam, primeiro cuidadosas, depois cheias de um tesão oculto e logo estávamos trocando literalmente caricias. Seus lábios pareciam provar os meus. Ora mordiscando, ora os chupando com carinho. Foi quando sem conseguir me controlar mais apenas com seus beijos, que minhas mãos correram para seus coxas e eu apertei sua bunda com vontade.
Miranda gemeu.
Gemeu em minha boca o som aquele que eu tanto estava curiosa e esperava ouvir aconteceu da maneira como eu imaginei que seria...
-Vamos lá para cima.
A frase saiu dos lábios dela sem um ponto de interrogação.
Miranda levantou, agarrou minha mão e logo estávamos subindo escada a cima.
Ela entrou no quarto, acendeu apenas uma luminaria e logo estava de encontro ao meu corpo.
Seus dedos deslizaram em minha cintura, ameaçando puxar meu vestido para cima mas de uma forma que nem eu mesmo esperava, reduzi seu toque, parei com minha respiração de encontro a sua nuca e então envolvi meu braço em sua cintura, puxando seu corpo de encontro ao meu.
Miranda gemeu, sua cabeça pendeu para trás e logo minha boca encontrou seu pescoço. Suas mãos agarraram as minhas, as guiaram para seus seios e lentamente comecei a provoca-la. Ela gemeu uma vez mais, seus sons me provocando, me guiando sem palavras para onde eu deveria ir.
Quando levei minha mão para o zíper de seu vestido, senti que ela tensionou e então mesmo depois de deslizar o zíper para baixo, a virei para mim e encarei seus olhos. Ela parecia... Parecia com vergonha. Beijei sua boca, ela suspirou então eu tive que perguntar se estava tudo bem.
-O que foi?
Ela suspirou uma vez mais.
-Faz muito tempo que ninguém tira minha roupa e... Eu não sou mais uma menina, Andrea.
As palavras me tomaram em cheio. Ah, se ela soubesse o quanto seu corpo é desejável...
E quase de forma automática, uma frase que ela disse muitas vezes para mim se virou contra ela.
-Não seja tola, Miranda.
Os olhos dela se arregalaram, sua boca torceu naquele bico e antes que ela pudesse dizer alguma coisa, beijei sua boca e rapidamente minhas mãos correram para seu corpo deslizando seu vestido para baixo.
Ela respirou fundo, segurou meu rosto e então o pesado vestido caiu ao chão.
Ela estava... Estava... Sem nada por debaixo dele.
Miranda não me deu tempo para observar seu corpo. Seus braços me envolveram, sua boca tomou a minha e meio segundo depois eu estava sobre o corpo dela beijando sua boca, correndo os lábios por seu pescoço e logo o vale entre seus seios.
O gemido que ela soltou quando meus lábios encontraram seu mamilo foi alucinante. Era uma mistura de sons aleatórios com a tentativa de falar meu nome.
Minha boca deslizou ali, provocou, a deitou louca como jamais imaginei Miranda Priestly.
Ela agarrou meus cabelos, o puxou entre seus dedos e então voltamos a nos beijar.
-Você está me enlouquecendo com isso, Andrea... -Disse ainda com a boca colada a minha.
Eu sorri, o desejo me possuindo e então suavemente, ainda olhando para ela abri suas pernas e parei com meu corpo entre elas.
Miranda respirou fundo, sussurrou meu nome em tom de reprovação e então eu corri minha boca passando por entre seus seios mais uma vez, rodeando minha língua em seu umbigo e foi aí que ela gemeu profundamente meu nome uma vez mais. No momentos, todas as entonações usadas por ela em meu nome era uma loucura, era como uma explosão de adrenalina e desejo jamais vivida.
Miranda ergueu o rosto, me observou como minutos antes fiz com ela e foi aí que baixei minha cabeça, tomei seu sexo em meus lábios e me deliciei com seu sabor e principalmente sua entrega.
Ela gemia, tentava reprimir os sons mas era em vão. Ver Miranda se dissolvendo diante de meus toques era sobrenatural. Minha mente trabalhava como se minha alma estivesse fora do corpo e observasse cada segundo de nossos corpos em conflito para não correr o risco de esquecer de nada.
-Andrea... Isso é... Oh...
Ela não conseguia se conter e eu não queria que ela o fizesse.
Foi aí que a senti temblando aos meus toques, foi aí que senti suas mãos me agarrarem os cabelos e o corpo inteiro dela praticamente implorando para que eu não parasse.
Tola.
Como se eu fosse capaz de parar agora, não é?
-Eu... Eu... -Murmurou ela. -Andrea...
Meu nome saiu rouco e adorando aquilo levei meus dedos até sua entrada molhada e eu os empurrei para dentro.
Miranda arqueou-se na cama, se apoiou aos cotovelos olhando cada segundo do prazer que eu lhe entregava e então eu tirei minha boca dali, a levei até a sua e imediatamente ela me puxou de encontro aos seus lábios, gemendo em minha boca com sua respiração descompassada.
Afastei nossos rostos, acelerei os movimentos de meus dedos dentro dela e fiz exatamente como ela fez no sofá: Os dedos dentro, a palma da mão batendo contra o pulsar de seu desejo e nossas testas coladas.
Miranda mordeu o lábio, ousou fechar os olhos e com a mão livre agarrei sua nuca. Ela soltou o lábio em um sorriso, seu corpo tensionado e trêmulo, caindo...
Caindo...
Eu a levando...
Caindo...
Seus olhos se abriram, ela me encarou, sua testa franziu, as ondas maravilhosas começaram a invadir cada centímetro de sua pele. Quando vi que ela ia atingir seu ápice, apenas a encarei, mantive meus movimentos e aproveitei o corpo dela.
-Ah tola Miranda... Achou mesmo que só aceitei sua proposta de recontratação apenas por ser uma ótima oferta? Você vai muito além de minha chefe.
E então ela se desmanchou, seu corpo amolecendo, seus lábios abertos e os olhos que tentavam se manter abertos se fecharam enquanto ela me apertava e o orgasmo a invadia.
O silêncio se instalou logo depois.
Suavemente, tirei meus dedos dela e me ajeitei sob seu corpo. Ela respirou fundo, seus dedos em minha nuca começaram a acariciar meus cabelos e acabei suspirando.
Miranda com um ato inesperado beijou o topo de minha cabeça e depois disso não recordo de nada mais. O álcool fez efeito, o orgasmo me relaxou e no perfume mais gostoso já sentido me deixei levar pela nuvem do sono.

Recontratada [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora