capítulo 09

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Alexia narrando.

Eu acho que joguei pedra na cruz, porque não é possível alguém ser mais desastrada que eu.
Hoje pela quinta vez derrubei algo no chão, minha cabeça parece estar em outro lugar.
Recolho o resto de pipoca que caiu no chão e jogo no lixo, e pego um pano para limpar o chão, porque acabei derrubando café no chão.
Para meu azar, Nanda não veio trabalhar hoje, ou seja sobrou para mim limpar.

-Ninguém manda ficar pensando no Leondre.-Ly provocando enquanto limpo o chão.
-Quem disse que estava pensando nele?-digo.
-A gente te conhece Alexia, você é ele ficam 24horas trocando mensagens, acha que não sabemos que estão se pegando.-Vick diz.
-Será que seria maldade se eu expulsasse minhas melhores amigas da minha casa?- pergunto para mim mesma, me aponhando na ponta do rodo.

-Olá meninas.-Ouço a voz do Leondre e dou um pulo me desequilibrando e caindo no chão, o rodo cai ao meu lado fazendo um enorme barulho.

-Está tudo bem Filha?-minha mãe pergunta ao lado de Leondre que sorri.

-Sim, eu só me assustei com a chegada de vocês. -digo pegando o rodo, Leondre se aproxima de mim e me ajuda a levantar.

-Se machucou?- pergunta quando me estabilizo em pé em sua frente, nego com a a cabeça em resposta.

-O que faz aqui?-pergunto curiosa.

-Vir te chamar para ir em casa.-ele diz e ouço Ly se engasgar atrás da gente.

-safadinho...-Ly diz em português e eu agradeço prontamente por ser  a única,  além da Vick a entender o idioma.

-Ela disse algo?- Leo pergunta olhando para ela.

-Não, ela apenas se engasgou com a pipoca. Eu aceito o seu convite no só vou me trocar e já desço.-digo e ele assente.

-Se comportem.-digo para minhas amigas que fazem a maior cara de inocentes e subo para o quarto me trocar.

Termino de me arrumar e volto para sala, Lyla e Leo estão em uma conversa empolgante, dou uma tosse falsa e eles percebem que estou perto e voltam a atenção para mim.

-Pronta?-Leo pergunta se levantando.
-Sim.-digo.
Nos despedimos de todas e saímos.

-o Táxi está nos espetando.-Leo diz apontando para um carro amarelo, o carro estava caindo aos pedaços fora que estava todo sujo. Faço uma cara de nojo em direção ao carro.

-Que foi?-Leo pergunta.
-Vamos chamar um uber.-digo.
-Qual problema? Só porque o carro está meio velho? Eu vim até aqui com ele e o carro funcionou muito bem e o motorista é muito gentil. -Leo diz e eu olho para ele incrédula.

Como ele em coragem de andar em um carro nessa situação?

-Leo...-tento o fazer mudar de idéia, porém o mesmo segura em minha mão e olha em meus olhos.

-Não é só porque somos famosos e ricos que temos que ser cheios dos mi-mi's Lexy. Vem, vamos?-suspiro frustrada e o sigo até o carro.

-Essa é sua namorada? Realmente é muito bonita menino.- o motorista que aparenta ser um pouco mais de idade diz, sorrio forçado para ele e me sento no banco traseiro do carro.

-Não Senhor Romeu, ela não é minha namorada, mas ela realmente é muito linda.- Leo diz segurando em minha mão e sorri para mim.

A companhia dele é tão boa que o percurso até sua casa passou em um piscar de olhos, e no final nem foi tão ruim ter ido naquele táxi, e o senhor Romeu é um senhor muito gentil e educado.

-Minha mãe quer te conhecer.-Leo diz assim que abre a porta de sua casa, passo o olhar pela casa toda e percebo o quão simples ela é. Ao contrário da minha que é toda cheia de luxos.

-Andou falando de mim pra sua mãe Leondre? -pergunto voltando minha atenção para ele.

-talvez.- ele diz e ri tímido.

Uma mulher muito parecida com o Leo aparece e reconheço ser sua mãe.

-Olá mãe, como a senhora está? -Leo pergunta se aproximando da mãe e a abraçando, fico observando a cena e um sorriso escapa.

-Estou bem meu filho,mas você parece estar melhor que eu com essa companhia maravilhosa.-ela diz se afastando do filho e vindo em minha direção.

-Olá querida, você deve ser a Famosa, literalmente, Alexia.-Ela diz e antes que eu a responda ela me abraça e eu fico imóvel, olho para o Leo confusa e ele ri. Retribuo o abraço e percebo o quão confortável é.

-Sim, sou eu e você deve ser a...- paro esperando que alguns dos dois me diga o nome dela.

-Elisabeth.-Ela diz.

-Muito prazer Dona Elisabeth.-digo sorrindo gentilmente.

-O prazer é todo meu querida, venha tomar um café, acabei de passar um fresquinho e olha eu faço uns pães deliciosos. Você vai amar.-diz enlaçando nossos braços e me puxando para uma direção que deduzo ser a cozinha.

Leo ri atrás da gente e eu apenas concordo com tudo que ela diz ao meu lado, mesmo não entendendo algumas coisas.

Me sento a sua frente na mesa e ela me serve um pedaço de pão com Mantega e uma xícara de café.

-Vocês não tem empregados?-pergunto olhando ao redor e percebendo que só havíamos nos na casa.

-Temos apenas uma faxineira, ela vem apenas um dia na semana e o resto é por minha conta. Gosto de cuidar eu mesmo das minhas coisas e outra não precisamos de mil empregados se temos duas mãos para cuidar nos mesmo.-Ela diz dando de ombros e levando até a boca seu café.

Dona Elisabeth é totalmente ao contrário da minha mãe,  minha mãe contrata vários empregados para satisfazer os desejos dela sem que ela faça muito esforço.
Se duvidar minha mãe não sabe nem fazer arroz, não posso falar muito já que sou igual.

-Gostou do meu pão caseiro Alexia? -Elisabeth pergunta voltando sua atenção para mim.

-Sim,são maravilhosos. -digo e ela sorriu empolgada.

-o Leo também ama, lembro de quando ele era pequeno e chegava na fazenda depois da escola, perguntando se eu havia feito pão. -Ela diz e olha para o nada, como se estivesse lembrando do momento.

-Vocês moravam em uma fazenda?-pergunto surpresa, e eu pensando que era a riquinha.

-Sim, mas não éramos donos. Minha mãe era cozinheira e meu pai cuidava dos animais e da plantação. Morávamos em uma casa pequena nos fundos da fazenda.-Leo explica.

E eu aqui pensando que eles sempre haviam sido ricos...
Por isso são tão humildes.
Nunca senti na pele o que é ser pobre, desde que me lembro por gente sou famosa e tenho tudo que quero.

-A gente não tinha muita coisa na época, mas éramos muito feliz. Sempre fomos muitos felizes na verdade.-Leo diz e abro um sorrio com suas belas palavras.
Realmente para ele dinheiro, fama e luxo não é importante.
-Sempre ensinei o Leo que a coisa mas importante da vida é a família,  as pessoas que nos amam de verdade. -Elisabeth diz  segurando a mão do filho sobre a mesa.

Queria tanto ter esse tipo de relação com a minha mãe...

Continua...

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