Tratamento intensivo

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  - Não consegue controlar os pensamentos? - Aproximo nossos rostos por algum motivo desconhecido. - Que pensamentos são esses?

  - Não posso dizer. - Ele desencosta dos travesseiros e se inclina e deixa nossos lábios a poucos centímetros de distância.

  Meu coração palpita dentro do peito e nossas respirações se alternam. Passo meus olhos lentamente por cada canto do seu lindo rosto, até chegar nos olhos, aqueles benditos olhos, os quais estão estáticos sobre minha boca. Umedeço propositalmente os lábios e ele morde os seus, para os quais eu dirigi meu olhar.

  Como sempre, sua boca estava rosada e irresistível, ainda mais com a leve mordida que se estende e acaba agora. Como eu quero beijá-lo! O meu corpo não está mais sob meu controle, meu cérebro só me diz para me entregar a ele, meu coração está acelerado de tal forma que minha respiração está incontrolável.

  Erick deve ter lido meus pensamentos de clemência por ele - ou simplesmente sentiu a mesma coisa que eu -, pois, neste momento, num movimento rápido, uma de suas mãos vai até minha nuca e, após uma breve carícia, acaba com a pequena distância que havia entre nós e sela nossos lábios.

  Nossas línguas brincam entre si como se fossem amigas íntimas há muito tempo. Enquanto isso, sua outra mão desce até a parte mais baixa de minhas costas, um pouco acima da bunda, e ele me impulsiona para mais perto de si. Interrompemos o beijo por um instante e ambos olhamos para a porta, depois uma para o rosto do outro, pensando na mesma coisa e concordando às pressas.

  Levanto-me e ando ligeiro para fechá-la, porém antes olho pelo o corredor, notando que o mesmo está vazio. Volto para a cama e, assim que vou sentar-me ao lado dele, ele me indica que suba ao seu colo. Receio fazê-lo, por impulso do meu lado médico, mas ele insiste e meus sentimentos gritam bem mais alto, portanto subo em seu colo, colocando uma perna em cada lado do corpo dele.

  Retomamos o beijo com urgência, tanto pela excitação quanto pelo medo de sermos pegos de surpresa (confesso que isso está contribuindo/criando um clima ainda melhor). Erick demonstra sua pressa com seus gestos, passando as mãos ligeiramente por minhas coxas e finalizando com um aperto em minha bunda, levando-me a inclinar-me sobre suas pernas, o que o faz suspirar. Por estarmos encaixados perfeitamente, sinto seu membro endurecer e roçar em minha intimidade e sorrio entre o beijo, alertando-o sobre isso.

  - Tem certeza que está bem? - Afasto-nos e o olho preocupada, apoiando minhas mãos em seus ombros.

  - To esperando isso já faz um tempo, estou mais que bem! - Brian diz e volta a me beijar.

  Surpreendo-me quando uma de suas mãos adentra minha calça e toca minha intimidade por cima da calcinha; travo no meio do beijo, evitando que um gemido escape de meus lábios, contudo Erick se afasta e diz em meu ouvido:

  - Já está tão molhada... preciso de você agora! - Sua voz rouca faz meu corpo se arrepiar e, ao falar, ele puxa a calcinha para o lado e acaricia minha entrada com dois dedos, fazendo-me esquecer até da pressa que tínhamos para não sermos encontrados. Nunca gostei tanto de ter uma calça com elástico no uniforme do internato! - Você quer, doutora? - Ameaça penetrar-me com um dedo e eu quase imploro por isso.

  - Quero, eu quero!... - Suspiro profundamente quando um de seus dedos adentra aquela região, que agora está mais sensível do que nunca.

  Seu dedo médio está estático dentro de mim, enquanto o indicador massagem meu clitóris, fazendo-me revirar os olhos de prazer. Rebolo em seu colo, desejando cada vez mais esse homem dentro de mim e ele sorri com o movimento que faço.

  - Sem tortura. Não temos tempo e eu não podemos fazer barulho. - Sussurro em seu ouvido e aprecio a visão de seu pescoço se arrepiando em minha frente. Deposito um beijo demorado no local e ele respira fundo.

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