Estar com a Karen naquele dia foi maravilhoso, não vou ficar detalhando os primeiros dias sem o Leonardo, o choro, a falta de ar, o choro, os enjoos, o choro, as noites sem dormir e tudo mais que vem com a despedida de alguém que você ama muito. A vantagem era poder ligar e mandar mensagens, o problema é o tempo. Com o tempo as ligações deixaram de ser diárias, passou a ser dia sim, dia não. Depois eram mensagens, que ficaram raras. E passaram 3 meses. Não foi que o amor acabou, pelo menos, não de minha parte. A distância, que todos falam que não afeta um relacionamento, afetou o nosso.
Aos poucos Peterson se tornou alguém especial no meu coração, mas ele fazia falta para mim e eu para ele, porém naquele momento estávamos separados, por tempo indeterminado. E essa distância esfriaram as coisas.
Agora não vou falar tanto sobre mim, pois a minha história ficou um pouco chata, pois enquanto meu amor se afastou, por sua vez o amor bateu a porta da minha melhor amiga Karen, Leonardo que era meu crush, havia pedido a Karen em namoro e quando ela veio me perguntar se eu estava de acordo, eu quase bati nela. Não por ser o Leonardo, mas por ter cogitado que precisasse de minha aprovação. – Karen, minha amiga, você é livre e o Leonardo também, nunca pense que eu não iria querer sua felicidade, fosse do jeito que fosse. Ela sorriu e me abraçou e sua felicidade também era minha felicidade. Obviamente a gente não se via tanto, agora namorando dei-lhe o espaço que precisava, mas ele sempre me visitava e passava algumas tardes comigo depois da escola.
O mais engraçado foi quando Leonardo descobriu que ele era meu crush, eu pensei que ele poderia ficar bravo ou coisa do tipo, pelo contrário, ele acabou ficando meu amigo e confessou gostar da ideia de eu ter namorado o Peterson, seu melhor amigo.
Eu cheguei a sair com eles em trio, não era chato, de verdade, mas estar ali com eles me fazia sentir falta do Peterson, então eu meio que evitava sair com eles, depois de um tempo.
Depois que o Peterson foi embora, Rafael se aproximou de mim, inclusive tentou me beijar uma vez, aquilo não me pareceu legal e o impedi. Imagino que ele tenha se ofendido. Não falou mais comigo e nem com a Karen. Na escola basicamente nos fala oi quando fica impossível evitar. Eu fiquei triste com isso, não sei dizer ao certo o que de fato nos afastou, até porque a gente já tinha se beijado e não havia ficado um clima chato. Depois de um tempo me acostumei com a nova realidade, aliás é fato que nos acostumamos com qualquer situação, mesmo ela sendo ruim.
Com tudo isso, acabei ficando mais próximo de minha mãe. Não era incomum eu e ela estar fazendo receitas que aprendíamos na tv, sair para jantar aos sábados ou passar as manhãs de domingo debaixo dos edredons vendo seriados. Fomos até juntos visitar o tumulo de papai no cemitério.
Teve um dia que marquei um encontro para ela pela internet, mas ela ficou com muito vergonha de ir, depois me confessou que não estava preparada ainda. Depois disso percebi que eu também na estava pronto para um novo relacionamento, caso isso acontecesse. E claro entendi perfeitamente, mesmo assim, não vi ela apagar o aplicativo de match de namoro.
E assim basicamente foram os 3 meses sem o Peterson, não foi maravilhoso, mas também não posso dizer que foi péssimo. Foi do jeito que deu para ser.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Adolescência Moderna
RomanceGabriel um adolescente comum, que tem amigos comuns, estuda numa escola comum e tem uma mãe comum. É, mas na adolescência tudo pode ser uma tempestade num copo d'água ou um problema real. Nessa história do cotidiano familiar e colegial, podemos nos...