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Philip on

- Gil, aquilo que você falou naquele dia... me deixou pensativo. - eu disse, já estava deitado para dormir e minha esposa lia um livro ao meu lado na cama.

- O que? - ela para de ler e me olha.

- Sobre a Alexa estar se interessando por garotos. Você acha que já é a hora?? Ela não é muito novinha??

- Phil, nossa filha é uma linda moça de 16 anos. Só você que não enxerga que ela está crescendo.

- Vou falar com os Jimenes sobre isso, você lembra que quando falamos sobre Alexa namorar o filho deles, o Lourenzo quando eles tivessem idade suficiente?? - eu digo me sentindo inteligente.

- Lembro, mas você não acha que é a Alexa quem tem que escolher quem namorar??

- Ela não sabe nada sobre essas coisas Gil, temos que proteger o coração da nossa filha. Sabemos que o Lourenzo é um bom menino, estudioso, rico, não usa drogas nem bebe e é virgem.

- Se você acha que é o certo. - minha esposa volta a ler indiferente.

- Vou preparar para tudo acontecer no aniversário dela, está chegando afinal.

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Alexa on

Eu não parava de olhar pro relógio da parede esperando dar meia noite, eu estava deitada na minha cama apreensiva.

Quando os zeros do relógio se encontraram eu saio da cama e descalça para não fazer o menor barulho, abro a porta do meu quarto da forma mais silenciosa que eu posso.

Eu boto a cabeça para fora do quarto e tudo está escuro, o quarto dos meus pais é o último do corredor e eu saio pisando na ponta dos pés.

Desso as escadas e vou até a porta da frente, destranco e abro. Olho de um lado pro outro e falo baixo: - Alex??

Ele aparece na escada da frente e vem subindo devagar, assoprando nas mãos, ele parecia estar congelando.

- Não sei como os moradores de rua aguentam. - ele entra tremendo.

Subimos as escadas novamente e entramos no meu quarto, coloco uma toalha em baixo da porta a fim de bloquear qualquer saída de som.

- E ai... você assistiu? - eu pergunto olhando pra ele me referindo aos vídeos do XVídeos.

- Assisti, mas você tem certeza que é aquilo mesmo? - ele pergunta tirando o cachecol do pescoço.

- Alex, é mais ou menos aquilo, você tem que usar a imaginação na maioria das vezes, você é um artista, eu sei que pode improvisar. - eu tiro minha blusa.

- Peraí, mas já? - ele diz assustado.

- Claro que é já, vem aqui.  - eu me aproximo dele e o beijo. - Alex, você pode colocar as mãos em mim se quiser. - eu digo quando vejo que ele não mexeu um músculo.

Como eu percebo que ele não está a vontade, eu controlo a minha pressa e tento acalmá-lo.

- A gente falou sobre isso a semana toda e você disse que também queria. - eu o encaro de braços cruzados.

- Eu sei... é que... eu tenho medo dos seus pais. - ele solta.

- Quanto mais você demorar, mais vamos ficar nessa apreensão. Alex, eu tranquei a porta, meus pais não vem aqui a noite e a gente não vai fazer barulho. - eu passo as mãos em seus braços.

Coloco uma mão no seu pescoço e vou até ele, ele me beija de volta e aos poucos sinto ele se acalmar, pois me abraça.

Depois de um tempinho, eu convenço ele a tirar o casaco e vamos pra cama.

Eu nunca achei que fosse tão difícil de convencer um cara a fazer isso, mas o Alex é o Alex e por isso eu tento ter a maior paciência do mundo.

- Alexa, eu escutei um barulho.- ele para de me beijar.

- Nada de barulho, eu não ouvi nada. - viro a cabeça dele pra mim e volto a beijá-lo.

Ele está por cima de mim, mas mal encosta.

- Alex, você não esqueceu de comprar a camisinha não né?- eu digo tirando minha calça.

- Mas já é agora? - ele fala assustado.

- Sim, é agora.

- Eu acho que não estou pronto. - ele se deita ao meu lado.

- Mas eu estou e tem que ser agora, anda!!

Mesmo estando escuro, ele não parava de olhar pra mim quando eu tirei toda a minha roupa, por isso entramos embaixo das cobertas.

- Alex, vamo lá... você não tá colocando linha numa agulha não pra demorar tanto. - eu o seguro pelo ombro. - Se você me fizer ficar falando assim, meus pais vão acabar ouvindo.

- Calma, eu não sei como fazer isso... você já está sentindo alguma coisa??

- Não, só estou começando a me irritar com você. 

Quando finalmente ele conseguiu encontrar o caminho, ele ficou parado em cima de mim.

- Alex, eu acho que pra dar certo, você tem que se mexer um pouquinho.

- Eu não consigo. - ele estava realmente muito assustado. - me desculpa Alexa, eu sei que eu sou um fracasso.

Eu já tinha perdido a paciência e resolvo ficar por cima dele.

- Só por que eu sou mais velha, eu não tenho a obrigação de fazer tudo Alex, mas dessa vez passa.

- Eu gosto de você no controle das coisas. - ele diz.

Começo a me mexer rapidamente, com as mãos em seus ombros e enquanto eu entrava no clima, ele apenas tinha as mãos na minha cintura e uma expressão confusa que aos poucos foi se suavizando.

Depois, eu coloquei meu celular pra despertar... Alex tinha que sair antes que meus pais acordassem.

As 4 da manhã, quando o despertador tocou nos assustamos e eu desliguei rapidamente antes que alguém na casa ouvisse.

Ele vestiu suas roupas e me deu um beijo na testa, eu voltei a dormir.

...

DE MANHÃ>>>>

- Só pode ter sido a Natalie... ela é a última que entra em casa. - meu pai estava reclamando na cozinha quando eu sentei a mesa pra tomar meu café da manhã.

- O que foi que ela fez? - eu quero saber.

- Deixou a porta da frente aberta quando chegou ontem.

Eu gelo, deve ter sido o Alex que quando saiu não tinha com trancar por fora.

Quando Natalie apareceu, a confusão se formou até que ela saiu, coitada. Eu peguei minhas coisas e fui pra escola, mas quando cheguei no ônibus o Alex não estava. 


Alex Turner's love letter for Alexa ChungOnde histórias criam vida. Descubra agora