"Minha boca não se cala sobre você desde que você a beijou. A ideia de que você pode beijá-la novamente é presa no meu cérebro, que não parou de pensar em você desde bem antes de qualquer beijo. E agora a perspectiva daqueles beijos parece vento com...
Eu já estava com pouco mais de 8 meses de gravidez completos e estava exausta, eu falei que não queria mudar quem eu era, mas eu estava sendo forçada a isso.
Nas últimas semanas eu estava cansada e muitas vezes eu tinha que ficar na cama mesmo quando queria estar fazendo qualquer outra coisa, eu passei até a fazer parte do clubinho das séries do Matt, Penélope e Anwar e rezava pro dia do David nascer.
Sim, eu já tinha escolhido o nome do meu filho, era em homenagem ao homem que me ajudou quando eu cheguei aqui em Londres, o fotografo que me ofereceu um lugar pra morar e um emprego.
Sem ele, eu não teria reencontrado o Matt, nem conhecido tanta gente legal que eu tenho contato até hoje, ele foi meu recomeço e meu filho também representa isso, uma nova etapa nas nossas vidas.
Eu estava terminando de arrumar as malas para irmos pra Sheffield, depois de todo esse tempo, eu iria retornar aquele lugar que me trazia tantas lembranças.
O Matt também ia, só estávamos esperando o Alex chegar.
- Você vai visitar sua mãe, Matt? - eu pergunto.
- Claro que não né Alexa, tá doida?
- Mas, já faz tanto tempo que você saiu de lá... foi só uma ideia.
- Eu não quero vê-la nunca mais, acho que ainda não tô pronto pra isso.
- Tudo bem. - digo.
...
Quando o Alex chega, ele já vem perguntando se eu estou bem, se eu comi, se eu quero mesmo ir.
- Claro que eu quero ir Alex e sim, está tudo bem. - eu digo, mesmo não estando muito disposta.
Ele pega minhas malas e leva pro carro, Matt vai em seguida com as dele, eu tranco a porta.
O Matt, como sempre é o mais animado e não para de falar e tirar fotos a cada instante.
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Quando chegamos a Sheffield, fomos direto pro hotel, o Alex alugou um carro e já era perto de meio dia quando chegamos na casa dos meus pais.
Eu olho pro Alex e ele sorri pra mim: - Eu estou meio que com medo de descer agora que a gente chegou. - digo.
Ele segura na minha mão: - Pra falar a verdade, eu também. Fui chutado daqui tantas vezes que é estranho agora estar sendo esperado.
- Se quiserem, eu posso ir na frente. - Matt diz do banco de trás.
- Melhor não, mas obrigado Matt. - Alex diz. - Eu tenho que fazer isso.
Alex desce do carro e nós vamos atrás, quando chegamos na porta e ele toca a campainha não tinha mais volta, dava pra ouvir a movimentação dentro de casa.
Meu pai abre a porta.
- Filha!! - ele fala e me abraça.
Quando me solta, ele olha pro Alex e lhe estende a mão sério. Eles se cumprimentam e meu pai olha para o Matt que estava logo atrás da gente.
