Capítulo 5

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Sexta-feira 07:00h

Hani despediu-se da mãe e da irmã e iniciou sua jornada até a PLEDIS.
Desde aquele dia na enfermaria ela não tinha visto mais Seokimin.

Tinha visto os meninos entrando e saindo do prédio, menos ele. Estaria ele a evitando? Se tivesse acontecido alguma coisa já teria tido informações, não é?

Depois dos seus pensamentos, mandou mensagem para Daya. Quem sabe Hoshi tinha lhe falado algo? Afinal os dois estavam trocando mensagem desde aquele dia.

*Hani 07:04h*
Amiga, sabe alguma coisa sobe e o DK? Não o tenho visto.

*Daya 07:05*
Não sei, vou perguntar pro Hoshi e te falo mais tarde.

Hani agradeceu e continuou seu caminho. Era uma boba! Ele tinha acabado de conhecer ela, e devia ter mais mil e uma meninas mais bonitas e ricas para almoçar junto.

A verdade era que ela se sentia carente. Desde a morte do seu pai teve que cuidar de tudo, seria muito bom se tivesse alguém que lhe carregasse nos braços vez ou outra.

Talvez seu mal fosse exatamente esse: carência! Não podia estar apaixonada. Não tão rápido. Mas era inegável que seu coração sentia falta daquele sorriso largo que DK tinha..
Toda vez que ele sorria, seus olhos sorriam junto e contagiava o ambiente com sua alegria. E aquele perfume dele? Ela ainda podia sentir a essência amadeirada que ele tinha se fechasse os olhos.

Assim que chegou no prédio grande de esquina da empresa, afastou os pensamentos sobre o garoto e foi para a sala de descanso dos funcionários, guardou seus pertences e posicionou-se em seu posto de trabalho.

***

Dokyeom estava deitado quando ouviu as batidas na porta.
Era Hoshi, que foi entrando no quartinho pequeno e sentou-se na cama que seu amigo encontrava-se deitado.

- DK, acorda! - chamou chacoalhando o mais novo.

- Aish! Estou acordado, Hoshi. - resmungou enquanto se virava no beliche - que horas são?

- São 08:30h. Logo os membros chegam para começarmos nosso ensaio. Mas vim mais cedo porquê precisamos conversar.

- O que foi?

- A Daya, amiga da Hani, está me perguntando sobre seu sumiço. Todos os membros estão preocupados também, DK. O que está havendo?

- Aish! Hani deve estar preocupada. Eu prometi a levar para almoçar e sumi. Que lindo da minha parte! - falou revirando os olhos. - o problema é o mesmo de sempre, meu pai está impossível, e como minha mãe está no hospital, não quis voltar pra casa.

- Você não pode ficar morando aqui no prédio. Nem foi ver sua mãe?

- Estou proibido de sair a qualquer parte, Hoshi hyung. Eu não sei como continuar com isso!

- Omo, DK! Isso não pode ficar assim, não tem como fazer um acordo com seu pai?

- Não tinha pensado nisso, mas vou ver o que faço. Obrigada pela preocupação, Brow - falou sorrindo e dando um high-five no amigo.

- Bom, se precisar de mim estarei na sala de treino. Se arrume, coma e me encontre lá - disse saindo do quarto.

- Sim, chefe! - DK abriu aquele sorriso e fez uma continência com a mão direita.

- Ah! Ia me esquecendo, o que respondo para a Daya?

- Diga que está tudo bem. Vou resolver isso com a Hani mais tarde.

O amigo assentiu e deixou o recinto.
O quarto era pequeno. Tinha 2 beliches, um criado-mudo entre elas e um armário de frente, com um banheiro ao lado. Era usado pelos membros para descanso, mas Seokimin tinha dormido ali duas noites, para evitar seu pai.

O grupo estava sem dormitório, já que o mesmo estava em reforma. Eles se dividiram dormindo com quem tinha casa na cidade.

Depois da conversa com Hoshi, Ele decidiu negociar com seu pai sua liberdade. Se levantou e fez sua higiene matinal e logo foi para o escritório do seu pai.

Ao chegar, Daya o cumprimentou curiosa, mas ele limitou-se ao "bom dia" e entrou na sala do appa.

Seu pai estava sentado em sua enorme poltrona de couro preta, e assim que viu o menino entrar o olhou por cima dos óculos, tirando a atenção dos papéis que lia.

- Appa, precisamos conversar - DK sentou-se na cadeira em frente à mesa de madeira rústica de seu pai, indo direto ao ponto.

- Bom, o que quer falar, Seokmin?

- Eu não posso viver assim, appa, eu quero sair, visitar a eomma, ter encontros... ter uma vida. Vim para negociar. O que o Sr. quer em troca da minha liberdade?

O homem então tirou seus óculos, rindo surpreso.

- Está disposto á tudo, Seokimin?

- Sim. O Sr. ameaça prejudicar as pessoas próximas a mim. Isso não é justo.

- hmmm... Sendo assim, tenho uma proposta. Te darei um mês para viver do jeito que quiser. Sem ameaças, sem jogos. Você faz o que quiser. Mas ao fim desse mês, daremos um baile, já que terá chegado seu aniversário, e nesse dia escolherei uma noiva pra você.

- Por que é tão importante que eu arrume uma noiva? E por quê você tem que escolher? Eu não posso me apaixonar e casar por amor?

- Filho, filho... Você é um idol em ascenção agora. Um dia vai ficar no meu lugar dessa empresa e acessorar outros jovens, como eu faço. Essa mesa será sua, essa cadeira... Essa sala! Você tem que estar bem encaminhado, e não posso ver meu nome ligado à qualquer bastarda da periferia de Seul.

"Ahg! Como minha mãe casou-se com esse homem?"

Ele não podia casar-se com qualquer uma. Ele queria casar-se por amor!

-Pensa bem, Seokmin, é um mês livre de mim, e depois o preço é apenas uma noiva de sangue azul. Serei generoso e escolherei uma jovem bonita para você - falou gargalhando - é isso ou você continua como está e ao fim vou te obrigar a casar do mesmo jeito.

Ele não tinha escolha...
- Aceito, appa.

Adore U (Lee Seokmin) Onde histórias criam vida. Descubra agora