Capítulo 2

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Exausta. Foi como ela chegou em sua casa após seu longo primeiro dia na Pledis Sua cabeça doía, numa competição acirrada com seus pés, que não tinham costume de usar saltos. Se jogou em sua cama de solteiro, ainda com a roupa, atirando os sapatos longe. "Então é assim que vivem os adultos", pensou.
Sua mãe apareceu na porta a olhando curiosa.

- Hani! Como foi? - disse sentando-se ao seu lado.

- Mãe! Meus pés doem! - choramingou enquanto colocava sua cabeça no colo da genitora.

- É filha, ser mulher é assim mesmo! Mas você se acostuma. Tenho uma novidade! - falou sorrindo.

- Qual?

- A Sra Wan me chamou para ajudá-la na padaria na parte da manhã. Achei perfeito, já que sua irmã está na escola esse horário. Vou ajudar lavando a louça, ajudando nas massas, essas coisas...

- Que bom! Além de ajudar nas finanças, a Sra. se distrai um pouco!

- Sim! Não quero mesmo ficar muito em casa pensando na falta que seu pai me faz...

- Tá certa, mamãe! A Sra. não pode ficar aqui triste o dia todo - falou enquanto levantou-se para abraçar a mais velha.

O abraço de sua mãe sempre foi inigualável, mas com a falta que sentia de seu pai, Hani tinha esses momentos como únicos e imprescindíveis. Prometera a si mesma que teria tempo para participar da vida de sua mãe, afinal nunca se sabe como será o amanhã.

Assim que Yuna retornou da casa de uma amiga as três aproveitaram juntas a noite comemorativa, o que as fizeram esquecer os tempos escuros e aqueceu seus corações com amor e alegria.

Hani deitou-se e seu corpo parecia se encaixar perfeitamente sob o coxão. Ao fechar os olhos, viu claramente o sorriso de Dk em sua mente e sentiu seu coração acelerando no mesmo instante. Balançou a cabeça em negativa. Não podia permitir nenhum pensamento que não fosse seu trabalho. Focaria nisso!

***

As manhãs preguiçosas tornaram-se agitadas para a jovem sonhadora dos cabelos escuros. Determinada a ter uma vida melhor, Hani chegou às oito em ponto na empresa, que ainda se encontrava deserta. Se encaminhou à sala de descanso dos funcionários, porém antes de entrar no local escutou algumas vozes.

- Não! - gritou um homem que parecia bem mais velho - Você não pode sair Seokmin! Sabe muito bem das nossas regras! Sua vida está restrita aos ensaios e shows.

- Mas pai, os outros membros...

- Sem "mas"! Se não for acompanhado de câmeras para programas você não sai de casa e essa conversa acaba aqui!

O homem saiu furioso, batendo a porta atrás de si. Olhou com descaso para a moça, que abaixou o olhar e, por impulso, entrou rapidamente na sala, desejando fugir dos olhos do mais velho.

Não foi apenas o sorriso dele que ficou gravado em sua mente. A voz também estava bem clara e marcada. Ela esperava encontrar Seokmin chorando, mas se deparou com o jovem sentado na poltrona perto da janela, fitando a paisagem. Assim que o moço percebeu sua presença, levantou-se a recebendo com aquele mesmo sorriso largo. Ele sorria também com os olhos, o que tornava sua feição mais encantadora. Entretanto, naquele momento, em seu olho esquerdo havia uma única lágrima, que esquecera de cair por seu rosto.

A moça sentiu um misto de sentimentos. Seu coração acelerado também doía pelo que acabara de ouvir.

- Bom dia, srta. Ahn! - curvou-se.

- b- Bom d-dia, Sr. Lee. - disse ela nervosa.

Seokmin aproximou-se da garota, com olhar preocupado.

Adore U (Lee Seokmin) Onde histórias criam vida. Descubra agora