Adore U (Lee Seokmin)

Capítulo 6

O dia de Hani foi corrido. Estava cansada e não via a hora de chegar em casa. Graças à Deus era sexta-feira!

Depois de desligar o computador e guardar suas coisas, dirigiu-se à sala de funcionários para pegar sua bolsa.
No trajeto pegou-se pensando em Dokyeom. Daya havia dito que o viu naquela manhã, e que Hoshi relatou que ele estivera gripado, motivo do sumiço.

A sala de descanso era enorme. Tinha poltronas, banheiros, bebedouros e era repleta de armários. O seu ficava na última fileira, de frente para a parede direita da sala.

Pegou suas coisas rápido, desejando chegar logo em casa. Quem sabe um banho levasse embora aquela nuvem negra que pairava sobre si?

Saiu da sala distraída, esbarrando em alguém. Suas coisas caíram no chão, deixando a menina vermelha.

- D-desculpa! E-eu estava distraída - falou enquanto se abaixava para pegar sua bolsa, mas a outra pessoa fez o mesmo, e quando suas mãos se tocaram, ela sentiu algo familiar.

O choque que percorreu seu corpo a fez olhar no rosto de quem trombara. Era ele. Lee Seokmin estava sorrindo bem na sua frente.
Ambos se levantaram e ele disse:

- Parece que o destino insiste em nos unir, mocinha.

- E-eu... - ela sentia seu rosto arder enquanto olhava confusa para o garoto, tentando processar ainda suas palavras.

- Você está me devendo um almoço, srta. Ahn Hani. Está livre amanhã?

- D-Dokyeom, eu não sei. Não me parece certo.

- Vamos, não seja durona! Eu mereço depois de te carregar por aí.

O sorriso dele a deixava perdida. Ele era mais alto que ela, e sua cabeça rodava nesse momento. Foi tudo tão rápido.

- Daya me disse que esteve doente. Melhorou? - ela mudou de assunto enquanto tentou desviar o olhar, mas seus olhos pararam em seu peitoral e ela inconscientemente começou a contar as vezes que ele subia e decia, para o fazer respirar.

- Ah, eu já estou bem. Não foi nada.
Sua voz despertou-a do transe e ela achou melhor encerrar o assunto logo.

- Fico feliz. Agora se me dá licença, eu preciso ir pra casa.

Ela encarou o chão e correu em disparada para a porta de entrada do prédio.
Por sorte passou um ônibus na mesma hora e ela entrou, dando por vitoriosa sua fuga.

"Meu Deus, será que ele reparou em como fiquei nervosa na sua presença? Depois dessa corrida, certeza. Idiota!"

Ela xingou-se mentalmente.

***

-Menina!!! Não acredito que você fez isso! - Daya exclamava furiosa. As suas tinham se encontrado em uma praça na manhã daquele sábado para por a fofoca em dia.

- Eu não sei o que deu em mim, foi como se não conseguisse me controlar! Estou tão envergonhada!

- E não é pra menos! - ela ria, e sua risada contagiou Hani, e a fez relaxar seus músculos tensos - mas me conta, você está gostando dele, não é mesmo?

- Queria dizer que não, mas sinto que sim! Eu fico descompassada quando ele se aproxima! Agh! Me sinto uma idiota!

- É o amor!!!! - a amiga respondeu fazendo um coração com seu dedão e o indicador.

- Para com isso! - elas riam enquanto Hani dava tapinhas no braço da amiga - e você com Hoshi, como vão?

- Haniiiiiii! Ele é muito fofo. Estamos conversando todos os dias e ele me chamou pra jantar hoje a noite!

- O que? Não acredito! Mas não está muito cedo pra vocês saírem juntos?

- Ao contrário de você, eu não tenho tempo a perder. Esperei muito por esse momento e não tenho vergonha de dizer que sou apaixonada por ele.

As palavras da amiga foram como uma flecha em seu coração. Até hoje Hani não tinha sequer dado o primeiro beijo. Sempre focou em seus estudos, e agora ela tinha que ajudar sua família. Ela teria tempo um dia para viver um romance? Ou estaria de fato "perdendo tempo" no amor?

Ficou pensativa o resto do dia, Mas acompanhou sua amiga em várias lojas para que ela escolhesse o look perfeito a ser usado em seu encontro mais tarde.
Estava feliz por sua unnie, e voltou pra casa ainda pensando sobre perder tempo.

***

O relógio já batia 16h quando Hani se aproximava de sua casa. O frio de Seul estava intenso naquele início de ano. Mesmo agasalhada, ela sentia o vento congelando seu nariz pequeno.

"Que início de ano", ela pensou.     Realmente estava tudo mudando. Sentia falta de seu pai, e esses novos sentimentos, nunca sentidos por ela, perturbavam sua mente.

Nesse momento, Hani escutou uma voz familiar. Foi quando olhou para a porta de sua casa e viu sua mãe chorando enquanto um homem alto e forte a segurava pelos braços.