Capítulo 35

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Sooke era uma bebê calma. Quando acordava para mamar só resmungava no berço.
Naquela madrugada quem a pegou foi Dokyeom. Ele sorria bobo olhando a filha.

Sentou com ela na cama ao lado de Hani, que já estava esperando pela filha.

- Eu não me canso de dizer como ela é linda... Nunca nem me imaginei sendo pai...

- Eu também não me imaginava mãe - Hani respondeu colocando a filha em seu seio - mas agora não me imagino de outro jeito. Tudo aconteceu da forma que tinha que ser.

- E Wonwoo... Como ele se saiu sendo pai?

- Ele é incrível. Sempre pegava a Sooke pra mim amamentar. Nos primeiros dias que meu seio rachou ele ficava do meu lado esperando com a pomada na mão. Ele deu banho, ficava com ela pra mim dormir... fez o serviço completo.

- Hmmm... Ele sempre foi muito dedicado em tudo que faz. Mas eu te prometo que vou me esforçar por ela também.

- Eu sei que vai - ela sorriu - você está com ciúmes?

- Aish. Eu fiquei esses meses todos longe e ele estava no meu lugar, não dá para evitar uma pontada de ciúmes - ele desviou o olhar e Hani gargalhou do seu lado - Hani, me fala, vocês... sabe, vocês...

- Nós nos beijamos, dormimos na mesma cama mas foi apenas isso. Ele era ótimo companheiro, DK, mas eu não pude o amar como eu amo você. Mesmo depois de tudo eu continuo sentindo meu coração acelerar perto de você e derreter quando você sorri.

- Senti muito sua falta, mocinha. Queria morrer longe de você.

- E sua noiva?

- Era um nojo. Credo - fez uma careta - você ainda saiu melhor do que eu. Nem consegui chegar perto daquela menina. Enfim, você colocou qual sobrebome na Sooke? Porquê eu sou Lee, e o Wonwoo é Jeon.

- Eu coloquei Ahn. Ela é mais minha do que de vocês. Seus folgados - riu - Ahn Sooke, fila de Ahn Hani e a menina que tem dois pais.

- Sortuda ela. Tem uma família e tanto.

Eles conversaram enquanto a pequena mamava e quando a pequena finalmente adormeceu, Dokyeom acariciou seu rosto antes de leva-la para o berço.
Sorria satisfeito. Finalmente podia se sentir completo novamente.

- Nem parece que foi operada. Ela é tão forte e esperta.

- Ela é. A médica disse que está bem cicatrizada já, e ainda nem fez dois meses.

- O que me lembra que está chegando o natal - ele sorriu deitando-se de frente para ela na cama - Nosso primeiro natal juntos.

- Podíamos fazer uma festa aqui em casa com todos os meninos. Temos muito para comemorar.

Dokyeom se aproximou dela a envolvendo em seus braços e ela se aconchegou ali.

- Vamos pensar nisso depois. Eu só quero você agora. Você é tão cheirosa, mocinha. Que saudade do seu cheiro.

Ela sorriu e levantou a cabeça para olha-lo.

- Eu tomo banho regularmente.

Dokyeom sorriu antes de beijá-la.

Era errado amar tanto? Não podia ser. Eles estavam destinados a ficarem juntos desde que suas mãos se tocaram pela primeira vez na recepção da Pleds.
Tudo que aconteceu depois foi obra do universo.
Hani não sabia, mas precisava daquilo para amadurecer, agora podia ver.
Hoje sim ela podia se considerar uma mulher.

Ali, nos braços do homem que amava, ela sentia-se mais do que segura, era como se pudesse fazer qualquer coisa que quisesse.
E fez. Fez com ele o que queria e permitiu embebedar-se do amor que ele tinha a oferecer.
Agora o universo voltara ao seu eixo.
Agora ela voltara a ser dele, de quem nasceu para pertencer.

***

Hani abriu os olhos e deu de cara com Dokyeom a olhando. No mesmo instante ele abriu aquele sorriso largo que ela tanto amava.
A jovem riu e se escondeu embaixo das cobertas.

- Está com vergonha de mim, mocinha? - ele o cutucava a fazendo rir mais.

- Aish, eu não. Para bom isso. Bom dia pra você, também.

- Bom dia - ele a puxou para seus braços e deu um selinho rápido - descansou o suficiente?

- Sim, já me acostumei. E você?

- Eu sou um idol, não dormir é meu sobrenome - ele sorria animado.

- DK, acho que precisamos de outra casa. Me sinto incomodada que essa casa seja do Won - ela o fitou séria.

- Ele não te contou?

- Contou o que?

- Omo... bem... essa casa é minha.

***

LEMBRANÇA

Wonwoo entrou preocupado na van. Se sentou ao lado de Jeonghan sem ao menos dizer alguma coisa.

Fazia dias que ele quebrava a cabeça. O locatário da casa em que Hani morava as perturbava todos os dias e a situação ficava cada vez pior, já que ela acabava passando mal de nervoso.

- O que você tem, Wonwoo? - DK apareceu ao lado dele quando desceram da van e caminhavam até a sala de preparação.

- Oi, hyung... Estou preocupado.

- Aconteceu alguma coisa? A Hani está bem?

- Está. É aquele cara, o dono da casa, que vive perturbando elas. Preciso arrumar outro lugar.

- Hmmm... Wonwoo - ele segurou o braço do mais novo o fazendo parar de andar e o olhar - Eu sei pra onde você pode levá-las.

- O que? Pra onde ?

- Vamos nos sentar ali - DK apontou para um banquinho do outro lado da rua.

Eles avisaram os demais e sentaram no banco de madeira. Era junho e o sol já estava mais amigável, convidando as pessoas a passearem pelas praças de Seul.
O movimento distraiu Wonwoo por breves instantes. Ele olhava um homem empurrando sua filha na balança e já se imaginava fazendo a mesma coisa.

Ele não sabia bem o porquê, mas tinha certeza que era uma menina.

- Tem um balanço na minha casa. Você vai aproveitá-lo bem - Dokyeom falou o tirando do transe.

- O que?

- A minha casa. Eu tenho uma casa em Jung-gu. Minha mãe comprou em meu nome e esteve fechada até agora. Você pode levar as meninas pra lá.

- Mas... o que vou falar pra elas? Que estou dando uma casa simplesmente?

- Claro que não. Você diz que comprou a casa e se muda com elas. Você tem sido companheiro e pai do bebê, para mídia vai ser natural morarem juntos.

- Eu não sei se fico confortável assim. Acho que posso alugar uma boa casa...

- E gastar com isso? Eu quero cuidar do bebê também e esse é o único jeito que eu posso. Não me tira isso.

Wonwoo encarou o chão e sentia o nó em sua garganta aumentando.

- Vamos, vai ser bom. Assim sinto que estou fazendo algo também.

- Ok, hyung. Vou aceitar, por elas.

- Ótimo. Fico feliz que ajudar, mesmo que ela não saiba.

Eles se abraçaram e Wonwoo pôde ver o sorriso doloroso do amigo.

Adore U (Lee Seokmin) Onde histórias criam vida. Descubra agora