Capítulo 22

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Seokmin acordou com o barulho dos outros membros entrando no quarto com buzinas e cornetas.
Ao abrir os olhos viu Vernon sendo carregado por Wonwoo com um chapéu de aniversário rosa na cabeça. Os dois nasceram no mesmo dia, com um ano de diferença.
Dino começou arrastar o amigo da cama enquanto Woozi entrava com um bolo e todos começaram a cantar parabéns.
DK e Vernon assopraram as velas juntos.
- Fizeram um pedido? - Seungkwan perguntou.
Ambos acentiram. Ele só conseguia pedir para que desse tudo certo naquele dia.

Depois da comemoração combinou os detalhes com Vernon.
- Estou contando com você, Bro.
- Vai dar tudo certo, hyung.
Eles tocaram com as mãos.

Dokyeom nao conseguia conter o nervosismo. Sua vida dependia daquele plano sair certo.
Se perguntava o que o detetive havia descoberto. Se falaram ontem através de um celular descartável, mas não entraram em detalhes.
Pegou o celular e ligou o ecrã. Eram 14h ainda. A festa iria começar as 19h.
Decidiu ligar para Hani, queria ter certeza que ela iria.

-LIGAÇÃO-

- Oi, mocinha. Como está?
- Oi, oppa. Estou bem e você?
- Ansioso - riu - Vai na festa, né?
- Vou sim. A Daya vai passar aqui para me pegar, já que não tenho carro.
- Que bom. Quero te ver logo.
- Eu também quero te ver, oppa. Não gosto quando estamos muito ocupados.
- Nem eu. Sinto sua falta.
- Eu também. Oppa, eu tenho que ir. Preciso terminar de ajudar minha mãe antes de começar a me arrumar.
- Okay, mocinha. Até mais tarde.
- Até mais tarde.

***

18h

Depois de ajudar sua mãe nas tarefas domésticas Hani foi tomar banho e se preparar.
Colocou seu vestido, que era um longo com modelagem sereia. A parte de cima era , e o decote em V suave não mostrava seu colo, apenas insinuava o que tinha por baixo. O grande diferencial era as costas, que eram abertas.
A jovem prendeu seu cabelo em um coque frouxo, deixando poucos fios soltos, e passou uma leve maquiagem para realçar sua beleza natural.

Quando estava olhando admirada para o espelho de seu quarto, ouviu batidas na porta, seguidas pela entrada de sua mãe.
- Filha, está linda!
- Komawo, eomma!
Elas se abraçaram e a mais velha derrubou algumas lágrimas nos ombros da filha.
- Você já é uma mulher. Não posso acreditar.
- Eomma! Vai me fazer borrar a maquiagem!
- É mesmo. Eu não vim aqui para chorar. Vim para te dar isso - mostrou uma caixa preta.
Ao abrir Hani deparou-se com um par de brincos de brilhante em formas de gotas, e um delicado colar, com pingente de gota.
- Eomma! Que lindos!
- Seu pai me deu. Agora são seus.
- Não posso aceitar isso...
- Aish! Claro que pode. Quero que seja da sua irmã um dia, e das filhas de vocês. Não vamos deixar essas jóias apenas guardadas em uma gaveta.
A menina assentiu, e sua mãe fez questão de colocar as jóias nela.
- Ficou perfeita.

Não demorou muito e Daya buzinou do lado de fora. Hani se despediu da mãe e da irmã e partiu.
No trajeto sentia borboletas em seu estômago.

***

- Vejo que já está pronto.
Seokmin se virou ao escutar a voz do pai entrando em seu quarto.
- Estou - respondeu secamente.
- Só passei para te falar que essa noite irei anunciar seu noivado. Já escolhi a menina. É Sun Hee, filha do Sr. Nang. Dono da relojoaria mais fina da Coréia do Sul.
- Eu não vou me casar, pai. Não com sua escolhida.
- Esqueceu do nosso acordo, moleque? Não me teste, você sabe que eu cumpro minhas palavras.
- Pois saiba que não vou abaixar mais diante da sua tirania. Vou lutar por mim, pela eomma e por... - o jovem ia dizer o nome de Hani, mas segurou.
O velho riu descontroladamente.
- Ah, Seokmin. Não acredito que se apaixonou. Vou adorar ver a cara da sua namoradinha pobre quando eu anunciar na frente de todos seu noivado.
Dita as palavras, o pai deixou o quarto em meio às gargalhada

Dokyeom colocou as mãos na cabeça e gritou. Por que era tão divertido para seu pai lhe fazer sofrer?
Pegou o telefone e discou o número se Vernon. Caixa postal.
Já era a quinta chamada que ele tentava fazer sem retorno do amigo. Será que Vernon iria o deixar na mão?
"Não é possível. Não é possível que ele vai fazer isso comigo. Achei que tínhamos nos acertado", o jovem pensou em desespero.

Os convidados começaram a chegar e Dokyeom sequer queria cumprimenta-los. Foi para o bar e começou a beber. Um, dois, três copos de wisky até que pegou uma taça de vinho e se sentou num sofa que estava disposto no canto do grande salão.

***

Vernon estava na praça combinada esperando o detetive há mais de uma hora.
Ele precisava entregar aquele pendrive para DK. Sabia que tinha o decepcionado com sua atitude infantil em relação à Hani.
A verdade era que Vernon se sentia frustrado por não ser ele quem achou um amor, e a convivência com DK bagunçava sua mente.
O menino olhava o relógio de pulso a cada dois minutos. Estava impaciente. Algo estava errado.
Ele se levantou, caminhando em direção ao seu carro quando sentiu um tecido tampar suas narinas.
Antes de desmaiar, Vernon pode ver o sorriso de um homem.

Adore U (Lee Seokmin) Onde histórias criam vida. Descubra agora