Capítulo 33

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Wonwoo saiu de casa cedo com suas malas.
Hani passou a noite se sentindo culpada e mal tinha dormido. Ela não esperava por isso, tinha se acostumado com a presença e os cuidados dele.
Mas não o amava da mesma forma, e isso doía nela. Ele não merecia sofrer.

O relógio apontava treze horas quando os meninos chegaram. Vieram todos de uma vez visitar Sooke.
Trouxeram presentes e estavam todos animados por vê-la.
Wonwoo os acompanhou na visita, tinham acabado de sair de uma gravação e estavam todos com as mesmas roupas. Dokyeom não estava lá, o que a deixou intrigada.

- Olhem como minha filha é linda - o moreno entrou na sala carregando a bebê.

Todos se levantaram fazendo "own" em unissono.

- Somos tios, não acredito! - Minghao foi o primeiro a pegá-la.

- Eu me sinto irmão mais velho - Dino
disse fazendo voz fofa.

- Eu também! - Joshua completou.

Pouco a pouco os meninos a pegaram no colo fazendo brincadeiras com ela. Hani sentia seu coração aquecido, não poderia ter imaginado uma família melhor para sua filha.
Hoshi se aproximou dela, que estava sentada no sofá observando.

- Tudo bem, Hani?

- Sim... estou um pouco emocionada - ela sorriu.

- Todos ficamos. Preciso te contar algo.

- O que? - o olhou curiosa.

- Vou pedir Daya em casamento.

O olhar dele brilhava, como se fosse explodir a qualquer momento.

- Omo, Oppa! Você não gosta mesmo de perder tempo!

- Aish! Eu tenho um lema para isso: a vida é muito curta para desperdiçar". Eu a amo, ela também me ama, por quê não?

- Você está certo. Fico feliz por vocês.

Todos conversaram, comeram e tiraram várias fotos com Sooke.
Jun se prontificou em dar banho nela, e mesmo com sua falta de jeito se saiu muito bem.
Wonwoo ficava se exibindo mostrando para todos que sabia cuidar da pequena.
Ao se despedirem ele disse:

- Foi bom te ver, Hani. Está tudo bem por aqui?

- Está estranho saber que você não vai estar aqui a noite, oppa.

- Vamos nos acostumar - ele sorriu - me ligue em caso de emergência.

Hani assentiu e ele foi em bora com os meninos.

***

A gravação tinha acabado na hora do almoço. Os meninos iriam visitar Sooke mas Seokmin precisava resolver algo antes de vê-la novamente.
Iria colocar o plano de Wonwoo em prática.

Estacionou o Audi preto em frente a mansão de seus pais. Precisava ver sua eomma antes.
Ela estava sentada no jardim, tomando sol. Seus cabelos já haviam crecido um pouco, sufiente para não use mais lenço.

- Annyeong, eomma - ele a beijou na testa.

- Filho! Que bom te ver. Como está?

- Bem, e a Sra.?

- Estou bem. Mas estou te achando diferente hoje. Sei que não tem passado meses bons por conta do seu pai, quando vai me contar o que está acontecendo?

- Hoje. Vim para isso. Pode me ouvir?
- Claro, filho.

O jovem contou toda sua história com Hani desde o início e derramada lágrimas enquanto falava. Ele reprimiu aquele choro por tanto tempo, e se sentia leve ao contar para sua eomma.

- Meu filho! Você passou tudo isso sem ao menos me falar nada?

- Não queria te preocupar, eomma.

- Eu sou avó!!! - ela colocou a mão na boca - quero conhece-la!

- Eu vou te levar para vê-la em breve. Hoje vou por o plano do Wonwoo em prática e preciso da sua colaboração para sair tudo certo.

Dokyeom explicou para sua mãe e ela concordava concentrada em suas palavras.
Para que não houvesse problemas ela iria para um hotel com sua cuidadora. Assim ele poderia se sentir tranquilo.

Despediu-se da mãe com um beijo em sua testa e dirigiu até a PLEDIS para encontrar-se com seu pai.
Daya estava guardando suas coisas para ir em bora quando ele chegou em frete a sala do appa.

- Annyeong, Daya, como vai?

- Annyeong, DK - ela se virou para o
encarar com um sorriso surpreso - achei que estivesse com os meninos visitando a Sooke.

- Não, estou resolvendo umas coisas. Meu pai está aí?

- Sim, está.

- Ok. Nos vemos depois então.

Ele entrou na sala no momento exato que seu pai desligava o telefone.
Sentia sua barriga embrulhando e as mãos suando com o nervoso, mas não podia se deixar abalar. Seu plano tinha que ser executado com perfeição.

- Filho, o que faz aqui? - Sr. Lee se levantou e foi até ele o cumprimentando com a mão.

- Nada... Estava só passando. Como está sua vida agora que seu brinquedo está obediente?

- Aish! Está rancoroso hoje? - ele riu - Mas já que pergunta, eu estou muitíssimo bem. Logo vamos entrar na fase dois do meu plano.

- Fase dois?

- Sim. A que você se casa e matamos o pai da Sun Hee pra ficarmos com a empresa - ele falou com naturalidade esboçando um sorriso sarcástico.

- Você é louco. Só pode ser. Já não basta ter sequestrado o Vernon? Agora planeja matar um amigo seu?

- Eu não tenho amigos - ele deu de ombros - tenho negócios. Como você acha que consegui ser sócio da PLEDIS? Eu tive que matar umas pessoas que não queriam colaborar e umas outras que queria pular fora.

- Você é doente. Me dá nojo.

- Eu sou um homem de negócios. Eu faço o que for preciso para ter o que desejo.

- Um dia você vai cair na própria armadilha - o jovem falou ja se encaminhando para a porta - adeus, appa.

Deokyeom fechou a porta atrás de si com um sorriso vitorioso.
Apertou o botão "stop" do gravador que estava no bolso do seu blazer e correu para o carro.
"Vai dar certo", pensou.
Mesmo feliz com seu plano dando certo não podia deixar de sentir um aperto em seu coração pelo que acabara de ouvir do seu pai.

Dirigiu ansioso até a delegacia e registrou uma denúncia entregando o gravador como prova. Agora tinha que esperar e ver o que iria acontecer.

Adore U (Lee Seokmin) Onde histórias criam vida. Descubra agora