Adore U (Lee Seokmin)

Capítulo 14

O relógio mostrava 19h quando estacionaram na frente da casa de Hani. Ela ainda o olhava envergonhada, mas não continha o sorriso de alegria. Muito menos ele.

- Está entregue, mocinha.

- Komawo! - ela falou colocando a alça da bolsa no ombro.

- Ei, não está esquecendo nada? - Dokyeom perguntou fazendo bico.

- Eu? Hmmm.. não esqueci nada. Do que deveria me lembrar?

- Disso - ele roubou-lhe um selinho.

- Aish, menino! Vai ficar fazendo isso agora? - ela saiu do carro, mas pode ouvir a última frase de DK antes de entrar na casa.

- Você ainda vai casar comigo, mocinha!

Ela acenou em despedida enquanto via o carro partir.

💎💎💎

-Unnie!!! - Yuna pulou na irmã. - Você demorou hoje!

-Yuna! Como foi na escola?

-Bem! Hoje eu tive aula de dança, a professora disse que eu sou boa nisso.

-É mesmo? - Hani acariciou a mais nova - Parabéns, Yuna! Estou orgulhosa!

Nesse momento a mãe das meninas entra na sala secando as mãos no avental que tinha preso na cintura.

- Hani! Por onde esteve?

- Annyeong, Eomma! - a mais velha cumprimentou - Hoje eu vim de carona com o Seokmin, e perdemos a noção do tempo conversando.

- Hmmm... conversando mesmo?

- Aish, Eomma! - Hani podia sentir seu rosto arder. - tenho uma novidade!

- Está namorando? - Yuna já batia palmas comemorando.

- Aish! Claro que não, pirralha! Eu fui promovida! - ela abriu os braços e a casa logo se encheu com os gritos das meninas.

Hani contou a história para sua mãe e irmã, depois de lágrimas e muita comemoração, a jovem foi tomar um banho.
Enquanto a água caía ela sorria, lembrando dos beijos que trocara com DK. Só naquele dia ela descobrira a falta que uma companhia lhe fazia. No tempo que passaram juntos, ela pode sentir-se completa.
Depois do banho jantou e mandou mensagem para Daya:

*Hani - 20:11h*
AMIGA! Fui promovida!

*Daya - 20:12h*
AMIGA! Estou sabendo! Hoshi me contou. Parabéns!

*Hani - 20:12h*
Aish! Estou competindo as informações com ele agora? Kkk mas tenho outra novidade... DK me beijou!

*Daya - 20:13h*
O QUE? meu Deus, que dia foi esse?
Como foi? Você gostou? Ele gostou?

*Hani - 20:13*
Foi maravilhoso! Nos falamos mais amanhã, te ligo na hora do almoço. Estou muito cansada.

*Daya - 20:14*
Por favor, não me dê o bolo! jal jja!

Aquele realmente tinha sido um longo dia, cheio de emoções. Não demorou muito e a moça já dormia, permitindo-se sonhar com seu novo amor.

💎💎💎

A semana passou rápido. Num piscar de olhos já era sexta-feira novamente.
Hani tinha ficado atarefada cuidando da agenda dos meninos e dos preparativos para a viagem que fariam no dia seguinte para Daegu.
O grupo tinha dois shows para fazer na cidade, e Hani ficou encarregada de reservar quartos de hotel para toda equipe, incluindo ela.

Não tivera tempo nem para conversar com Dokyeom, que também estava atarefado com os ensaios. Eles se viam todos os dias na hora do almoço, e trocavam mensagens de boa noite, mas não tiveram chance de conversar sobre os beijos que trocaram na segunda. Isso a deixava um pouco insegura, dado sua inexperiência com relacionamentos. Não queria se machucar.

Em meio seus pensamentos, Hani nem percebeu que Dokyeom tinha entrado no escritório, e foi surpreendida quando o mesmo colocou uma rosa branca na sua frente.

- Uma flor, para alegrar seu dia, minha mocinha.

Ele estava posicionado atrás dela, e sua fala próxima ao ouvido a fez estremecer. Podia sentir seu perfume e sua respiração. Não conteve o sorriso.

Ficou surpresa quando virou-se e viu o trage do rapaz. Ele vestia um terno risca-de-giz preto, com colete da mesma cor, camisa branca e uma gravata preta.
O corte do terno realçava seus ombros largos, e o a nova cor de seu cabelo (castanho acajú) o deixava com um ar misterioso.

- Ual! Está muito elegante, Sr. Lee! - ela pegou a rosa e inalou seu perfume - obrigada pela linda flor!

- Você merece mais. Essa semana foi corrida com esses shows em Daegu, né? Não tivemos tempo para conversar.

- Sim - ela sorriu para ele.

- Bom, hoje vou jantar com meus pais. Mas amanhã quero que almoce comigo, Srta. Ahn. - ele pegou sua mão direita e a beijou - me dá essa honra?

- Pedindo desse jeito, não posso negar! - ela riu.

💎💎💎

Seokmin não queria ir a esse jantar. Ele estava tendo seus melhores dias, longe de seu pai e de suas ameaças.
Esse pensamento fez seu coração doer. Já havia se passado quinze dias, o que significava que seu tempo estava acabando. Em seu aniversário seu destino seria escrito por seu pai.
Como ele poderia aceitar uma noiva tendo esses sentimentos fortes por Hani?

Ele se sentia tão bem na presença dela... Aquela menina que aparentava ser ingênua despertava nele sentimentos nunca antes sentidos, e tudo que ele mais queria era descobrir o amor ao lado dela.

O jovem chegou naquela enorme mansão e foi logo recebido por sua eomma.
Ela parecia muito melhor naquele dia, fazendo-o sentir-se grato pela mãe maravilhosa e guerreira que tinha.
Sentaram-se á mesa, onde Sr. Lee esperava por eles.

- Bem vindo a casa, meu filho! - cumprimentou o pai. Ao menos na frente de sua Eomma ele fazia-se de bondoso.

- Komawo.

Eles comeram e conversaram. Por breves momentos Seokmin sentiu como se fizesse parte de uma família normal. Ele chegou a sentir-se amado pelo pai, e esses sentimentos aqueceram seu coração.
Quando sua mãe retirou-se para descansar, aquele momento acabou.

- Como está indo seus dias de liberdade? - o homem perguntou lançando a ele um olhar de deboche.

- Estão ótimos, principalmente sem sua presença possessiva, appa.

- Só não se esqueça de começar a entregar seus convites para o baile. A propósito, estou em dúvida em duas candidatas para futura nora. Isso é mais difícil do que pensei!

O rapaz não poderia aguentar esses comentários. Levantou-se da mesa para sair e apenas disse:

- Não se preocupe, eu entregarei os convites. - ele se virou para ir em bora, mas decidiu se abrir antes disso - Sabe, por um momento pensei que éramos uma família normal. Que você era um pai normal que amava seu filho. Mas é sempre tudo uma máscara para você. Agora fique sozinho e sinta como será o fim de sua vida: sozinho.

Antes que o pai pudesse responder ele saiu daquele lugar.
Prometeu a si mesmo de que um dia seria um pai amável e compreensivo, muito melhor e diferente do que ele tinha.