Corro igual a uma desgovernada pelos corredores do hospital. Nem sei direito como cheguei aqui, estou meio adormecida depois da notícia. Só sei que eu enganei um táxi falando que tinha dinheiro comigo, quando ele chegou no hospital, eu saí correndo igual a uma pomba doida. Não me orgulho disso. Realmente não. Mas eu estava desesperada. Correção: estou desesperada.
Cheguei no quarto. 155. Merda.
Respiro três vezes antes de entrar. Tenho que fingir ser forte... para Peter. Duas pessoas acabadas dentro do quarto é pior.
Ele meio que precisa de mim.Giro a maçaneta e entro.
Oh, deus.
May está com o rosto arranhado, um braço quebrado e respirador.
Vejo Peter sentado na cadeira desconfortável, debruçado na cama de May, segurando a mão dela. Ao ver que eu cheguei, ele levanta a cabeça, mostrando o rosto vermelho, cheio de lágrimas.
Ele se levanta.- Peter, eu não sei o que dizer...
- Não precisa dizer nada. - Algo na voz dele faz eu perceber que ele perdeu o brilho.
Merda.
Tento abraçá-lo, mas ele me ignora, apenas indo se sentar ao lado dela.
- Ela fez uma cirurgia. Pulmão perfurado ou sei lá. A essa altura eu nem sei. - Ele ri ironicamente e deixa cair uma lágrima.
Me sento no chão, apenas observando a mulher, respirando pelos aparelhos, tranquilidade. Não quero tocá-la. Medo de a machucar. Ela está frágil demais.
Durmo algumas horas no chão. Quando acordo, vejo Peter a encarando, com suas olheiras aumentando cada vez mais.
- Seria bom se você dormisse.
- Eu não vou dormir.
- Tudo bem. Alguém vem vê-la?
- A família está vindo. É pouca gente. Meu vô, minha tia avó e um primo. Não queria chamar todo mundo.
- Entendo.
Volto para casa pegar algumas mudas de roupa para Peter e para mim, já que iremos acampar no hospital.
Pego também alguns gibis dele, para se distrair.
Quando volto, ele está chorando mais ainda.
- Pete? - Corro abraçá-lo. Ele recusa meu abraço novamente.
- Nass, foi culpa minha. Toda a culpa foi minha.
- Por quê? Não fale isso, Peter.
- Eu pedi pra ela ir pegar o CD estúpido. Eu fiz ela deslizar o carro e bater em uma árvore. Eu fiz isso. Você está ligada? Eu só trago problemas... na verdade, acabei de perceber que eu sou o problema.
- Peter! Não foi culpa sua! - Seguro o rosto dele. Ele pega as minhas mãos delicadamente e as tira.
- Eu só causo problemas. Fiz você correr até um prédio prestes a desabar. Quase te matei.
- Sério que você lembra disso ainda? Lembra quando eu quase te atingi com um raio hoje de manhã? - Tento fazê-lo rir. Tentativa falha.
- Mas eu só sou problema... Nass... acho melhor a gente terminar. Aí você vai ficar bem.
Pisco algumas vezes.
- O quê? - Precisava ouvir de novo.
- Quero terminar.
- Não! De jeito nenhum! - Empurro ele na parede. - Você não vai terminar comigo porque é "Problema", Peter! Não vai.
- Nass, me deixe sair... - Seus olhos lacrimejam.
Encosto nossas testas.
- Eu não vou deixá-lo nesse hospital sozinho. Você sempre falou que iria ficar ao meu lado quando as merdas aconteciam. Está na minha hora de retribuir. - Dessa vez, ao segurar seu rosto, ele não tirou as mãos.
Ele me abraçou, me apertou o máximo que podia, e chorou.
Deus, como ele chorou.
Sentia meu ombro molhar rapidamente.- O- Obrigado. - Ele me aperta.
- Parker, não agradeça.
- Eu estou com medo...
- Eu também, Peter.
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Gente os feels
Eu to muito triste
vou finalizar ja pq to depressiva
até o próximo capítulo :(
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Powers •Marvel•
Fanfiction- Voce não passa de uma Nanica Elétrica. - Tony Stark diz. - Valeu, "pai" - Reviro os olhos. Quando a casa de Nass Lost é invadida pelo Capitão América e o Homem de Ferro, a vida dela muda completamente. - Peter, você não precisa ficar cuidando de...