Os olhos de Margaret se fecharam e ela abraçou ainda mais o corpo da castanha, estava imaginando o quanto Silvia deveria ter ficado amedrontada ao encontrar aquele homem novamente. A senhora permaneceu abraçada com ela por longos minutos, os dois xerifes apenas as observavam. Apesar de sua curiosidade em saber o que tinha acontecido na floresta, Jorge foi embora quando Margaret pediu, mas ele deixou claro que iria voltar no dia seguinte para ter uma conversa com Silvia.
— Agora estamos sozinha — Disse a senhora voltando a sentar ao lado da castanha — Você pode me contar tudo o que aconteceu enquanto você estava perdida?
— Eu vou te conta tudo, mas antes você pode pegar um copo d'água pra mim, por favor?
— Claro, querida.
Logo após pegar a água para Silvia, Margaret voltou a sentar ao lado dela.
— Agora me conte tudo o que aconteceu.
— Depois que você saiu, uma mulher foi até a barraca e disse você pediu para eu fosse te encontrar, porque você não estava se sentindo bem…
— Eu estava ótima — Disse a senhora a interrompendo.
— Agora eu sei — Disse a castanha — Não me interrompe, fui com ela até onde pensei que você estava, mas estávamos nos afastando muito, e der repente ela me deixou sozinha, e então foi quando escutei a voz do Justin…
— Ele fez algo com você? — Ela interrompeu novamente — Desculpa, continua.
— Ele disse…
"— Você não imagina o quanto eu te procurei — Ela escutava a voz ficar cada vez mais próxima, a deixando ainda mais apavorada — Você está linda.
— Não… — Ela murmurou sentindo seus olhos se encherem de lagrimas a medida que o homem ficava mais próximo.
— Calma, você sabe que eu não vou te machucar — Ele disse tocando o rosto dela — Eu estava com saudades.
— Não me toca!
— Calma, Silv, você fugiu por meses e agora a gente tem que conversar.
— Não — Disse ela dando um passo pra trás — Eu não tenho nada pra falar com você, fique longe.
— Silv...
— Fique longe!! — Ela exclamou quase gritando enquanto se afastava, dando passos e mais passos para trás, até que ela caiu.
— Olha só o que você ta fazendo — O homem tocou o braço dela, mas ela se esquivou.
A castanha tinha a respiração ofegante, então ela ficou de pé e começou a correr pra longe do homem, mas a princípio era como se ela não estive indo a lugar nenhum, pois a voz dele ainda podia ser ouvida.
— Você não vai fugir dessa vez, Silvia, eu sei onde você está…
E ela corria cada vez mais rápido, caindo algumas vezes…”
— Fiquei apavorada Margaret — Ela disse voltando a abraçar a senhora — Estou com muito medo — Ela voltou a chorar.
— Eu estou aqui, querida, não chore por favor.
— Como não? A única coisa que posso fazer é chorar, estou fugindo desse homem a meses e agora ele me encontra, estava tudo tão bem sem ele e agora... — Ela não terminou de falar, voltou a chorar, abraçando a senhora.
— Oh querida — Disse Margaret, acariciando os fios castanhos de Silvia — Fique calma, se você quiser, podemos ir embora de Weston, amanhã cedo vamos pra outro lugar.