" — Por que está tão sorridente? — Perguntou Margaret observando a castanha tomar seu café da manhã.
— Não estou sorridente — Disse Silvia, mas logo abriu um largo sorriso — Ok, talvez um pouco.
— Não vai me conta o motivo desse sorriso bobo? Estou curiosa.
Silvia sorriu fazendo uma negativa com a cabeça, iria começar a falar quando Santiago entrou na cozinha, parando em frente a senhora que arrumou sua gravata em seguida ele sentou ao lado da irmã para tomar seu café da manhã.
— O que foi? — Ele perguntou ao perceber que os olhos de Margaret estavam parados sobre a irmã — O que você aprontou, Silv?
— Eu? Não fiz nada, e para de me olhar assim Margaret.
Mas a senhora não parou, continuou a encarando por mais alguns segundos, Silvia já estava ficando encabulada.
— Margaret! — Ela exclamou em um tom de repreensão — Eu não vou lhe contar, deixe de ser curiosa.
— Conta o que? — Perguntou Santiago, agora também encarando a irmã mais nova, enquanto levava um pedaço de bacon a boca.
— O motivo desse sorrisinho bobo que ela está com ele, vamos Silvia, nos conte.
— Não, Margaret! — Disse a castanha decidida, mas logo em seguida ela deu um sorriso bobo — Ok, eu conheci um cara e se contente em saber disso, porque eu não falarei mais nada.
— Você conhece um cara toda semana, irmãzinha — Santiago disse levantando, ele caminhou até Margaret e lhe deu um beijo na bochecha, como fazia todas às vezes antes de sair de casa.
— Esse é diferente.
— Assim espero — Ele disse já saindo da cozinha.
Margaret continuava encarando a castanha.
— Eu já contei o que aconteceu, pare de me olhar assim.
— Me fala o nome dele, só o nome — A senhora pediu fazendo um beicinho, o que fez Silvia gargalhar.
— Não adianta o beicinho, Margaret isso não funciona comigo, nada de nomes… Por enquanto, mas não se preocupe, se der certo você será a primeira a saber quem ele é…”
— Quem é Santiago? — Perguntou Jorge a interrompendo.
— Irmão mais velho da Silvia...
— E onde ele está? — Ele a interrompeu novamente com uma pergunta.
— Calma, xerife, eu vou lhe contar isso…
Jorge deu um pequeno sorriso, como quem pede desculpas, estava a ponto de explodir de curiosidade sobre o passado de Silvia. Desde a primeira vez que a viu, uma curiosidade sobre ela sempre o perseguiu, mas ele nunca pensou que estaria curioso a ponto de desmarcar um dia inteiro de trabalho apenas para descobrir coisas sobre o passado da castanha.
— Depois dessa conversa, ela começou a passar as noites foras, ou sempre chegava muito tarde do trabalho — Margaret continuou a dizer — A Silvia totalmente aberta para mim e para o Santiago parecia que não existia mais, quando ela estava ao nosso lado parecia que não era ela, sabe? Estava distante, não era mais a minha menininha...
" — Ainda acordada.
Margaret tirou os olhos da janela e voltou-se com um sorriso para o homem de olhos verdes que a encarava também com um pequeno sorriso.