twenty-four

177 24 12
                                    

- Ok...

- Você vem mesmo?! Oh, certo, não demora - ele foi interrompido antes mesmo de terminar a frase, a mulher desligou o telefone sem esperar mais nada do xerife, que bufou com aquela atitude.

Ele deu um beijo no rosto de Silvia que continuava dormindo, então levantou e caminhou até a cozinha, abrindo a geladeira para beber água enquanto procurava por um contato na agenda do seu celular, não demorou muito para que ele o achasse.

- Rebecca - ele disse depois de três tentativas, quando ela finalmente atendeu.

- O que você quer?! Não é nem duas da madrugada, caralho! - a mulher exclamou impaciente.

- Eu preciso que você me faça um favor - ele disse, não se importando com os protestos da ruiva - vai até o quarto da Angeles, e ver se está tudo bem, ela me ligou pedindo pra que eu fosse lá, mas não tem a menor chance de eu deixar a Silvia aqui sozinha pra ir ver o que está acontecendo com ela, então por favor, se certifica que está tudo bem.

- Por que eu faria isso? - ela perguntou enquanto voltava a deitar na cama, fechando os olhos.

- Porque você me adora...- ele escutou a gargalhada dela do outro lado da linha, e também sorriu - por favor, eu posso te comprar algo? Uma bolsa da... Chanel - ele disse olhando para a bolsa da namorada que estava sobre a mesa.

- Vai se foder você e a bolsa da Chanel, eu quero o caso dos Banners.

- Vai sonhando.

- Ok, então você pode deixar a sua namoradinha sozinha e vir se certificar que a sua... Bom, a sua... - ela revirou os olhos ao perceber que não sabia como chamar a advogada - a outra, não vai bancar a louca.

- Ok, você conseguiu, o caso dos Banners é seu, está feliz?

- Você não imagina o quanto - ela disse com um sorriso enquanto levantava da cama.

Jorge encerrou a ligação e em seguida desligou o telefone, voltando para a cama onde Silvia estava, ele abraçou antes de dar um beijo no rosto dele, logo voltou a dormir. O xerife acordou assustado ao escutar um barulho estrondoso, olhou para o lado na cama mas não encontrou a castanha, o que o deixou ainda mais preocupado, ele levantou rapidamente e ao virar o corredor encontrou com ela sentada no chão e alguns cacos de vidro ao seu redor.

- Você vai me levar a falência - ele comentou a fazendo dá um pulinho - não se mexe - ele caminhou até ela a pegando no colo.

- Eu sei andar - disse Silvia enquanto ele voltava com ela para a cama.

- Eu sei que sabe, mas não quero correr o risco de você quebrar outra coisa, o que você estava fazendo.

- Procurando a minha roupa - ela apontou para o próprio corpo nu - eu estou sem nada, imagina se alguém entrar aqui.

Jorge sorriu, então baixou-se para pegar a calcinha e o vestido da namorada, que ele praticamente jogou dentro da máquina e em seguida caminhou para o quarto, onde tinha certeza que havia roupa dela, ele pegou um vestido florido e uma lingerie que Silvia tinha deixado lá e voltou para entrega-la.

- Eu quero tomar banho - ela disse quando ele pediu para que vestisse a roupa, segurando na mão do namorado a castanha se deixou ser guiada até o banheiro, onde tomou um banho demorado depois de ter escovado os dentes, em seguida vestiu a roupa que lhe foi dada, enquanto isso, o xerife limpava o chão do corredor, retirando os cacos de vidro.

- Uau - Jorge disse beijando os lábios dela - só falta uma coisa e você vai ficar perfeita para nós irmos.

- O que? Vamos sair, pra onde?

InalcanzableOnde histórias criam vida. Descubra agora