fifteen

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Silvia sentia-se congelar, sua febre não diminuía e, ela não se lembrava de já ter sentido tanto frio. Quando Margaret estava ao seu redor ela fingia ao máximo estar bem, não queria que ela ficasse preocupada. A castanha estava deitada no sofá da sala, quando escutou algumas batidas na porta, no primeiro instante ela sentiu seu coração acelerar ao pensar que poderia ser o marido. Mas logo a voz do xerife tomou conta do local.

Ela escutou a voz de Jorge conversando com a senhora por alguns minutos, mas não conseguia identificar o que eles falavam, para ela era apenas murmúrios e, em seguida sentiu quando alguém sentou ao seu lado no sofá e escutou a porta da frente sendo fechada.

— O que ele queria, Margaret?

— Cuidar de você…

Os olhos de Silvia se arregalaram ao escutar a voz do xerife ao seu lado, então ela sentou um pouco assustada por ele estar tão perto, não gostava daquela proximidade.

— A Margaret precisou sair e me ligou para que eu ficasse cuidando de você.

— Onde ela foi? Ela não me avisou que iria sair.

— Davie — Ele mentiu, não queria a preocupar com a verdade.

" — Então, o que você quer comigo, Justin?

Jorge perguntou quando os dois sentaram em uma das mesas do restaurante da pousada, não tinha quase ninguém no local por causa do horário. O loiro mexia sem parar o copo que estava em cima da mesa, parecia apreensivo o que deixou o xerife ainda mais preocupado.

— Preciso falar com a Silvia — Disse ele por fim depois de minutos em silêncio, levantando o olhar para encarar o do homem a sua frente.

— Ela não quer falar com você. —

Eu sei que voce pode convencer ela a falar comigo, então faça! — Exclamou batendo a mão na mesa, chamando a atenção das outras pessoas que estavam no local.

O xerife sorriu fazendo uma negativa com a cabeça.

— Está me dando uma ordem ou é impressão minha?!

— Preciso falar com a Silvia — Ele repetiu.

— Eu já disse que ela não quer falar com você e eu não vou convencê-la.

Justin ficou o encarando por alguns minutos, precisava falar com a castanha e não iria se deixar abater por um “não”.

— Faço o que for preciso, eu preciso falar com ela.

— Assina os papéis do divórcio que eu a convenço ela a falar com você — Disse Jorge e ficou encarando o rosto surpreso do homem a sua frente, os dois ficaram em silêncio até que Justin assentiu, fazendo o xerife sorrir.

— Assino, se ela aceitar falar comigo e, tem outra coisa que quero.

— Fale logo.

— Cinquenta mil dólares.

O xerife soltou uma gargalhada, pensou que o loiro estivesse brincando, mas logo percebeu que ele falava sério.

— Está brincando, certo?

Justin fez uma negativa com a cabeça.

— A Silvia tem essa quantia no banco, na verdade, ela tem mais que isso, a mãe dela deixou uma boa quantidade de dinheiro para ela e o Santiago, uma pequena fortuna, e, com a morte dele ela acabou ficando com tudo — Disse Justin sorrindo com deboche ao perceber a cara de surpreso de do xerife — O senhor acha que ela se mantém sem trabalhar como? Que as pessoas têm piedade dela por ser cega?

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