twenty-two

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Dentro da caminhonete o ar condicionado permanecia ligado em uma temperatura amena, pelo menos para o xerife, que tentava esfriar a cabeça depois da pessoa noite que teve, evitando olhar para a castanha que estava sentada ao seu lado ou para a ruiva que estava bêbada no banco de trás, ele continuou centrado na estrada de volta a Weston.

— Para o carro…

— Rebecca, eu não vou…

— Para a porra do carro! — Ela disse quase gritando, ele entrou no encostamento, assim que parou ela abriu a porta de trás e inclinou seu corpo encarando o chão, enquanto vomitava.

— Quer água? — Ele perguntou quando a ruiva fechou a porta da caminhonete, ela assentiu pegando a garrafa de água que o amigo a oferecia.

— Silv, pode trocar de lugar comigo? — Rebecca perguntou tocando o ombro da castanha que assentiu.

Jorge suspirara mostrando certa irritação com o ato, mas nada disse, encarou o rosto da castanha pelo retrovisor interno, ele logo fez uma negativa com a cabeça. Os três foram em silêncio o resto do trajeto até a pousada onde ele deixaria a ruiva, depois de duas horas eles finalmente chegaram e Rebecca desceu da caminhonete, sorrindo para o xerife.

— Não se matem —  Disse ela afastando-se.

O resto do caminho até a cabana também foi em silêncio, Jorge estava evitando até olhar para a namorada através do retrovisor. Quando parou a caminhonete em frente a cabana ele esperou por alguns minutos antes de descer e abrir a porta para Silvia.

— Espera — Disse ele segurando o braço dela para que a mesma parasse — Não quero terminar a noite brigado com você.

— Engraçado — Ela disse de forma irônica sorrindo — Porque foi você que começou essa briga idiota, você se comportou como um idiota Jorge.

— Desculpa, eu não sei onde eu tava com a cabeça quando… Fiz aquela cena porque...

— Por nada — Ela o interrompeu — Porque não tinha nenhum motivo para o seu ciúme, diferente do que você disse que viu, eu não estava flertando com aquele homem.

— Ah por favor!

— Jorge, você me conhece, sabe muito bem que eu não sou muito receptiva com estranhos, então admite que você foi um idiota e não vamos terminar a noite brigados.

Ele revirou os olhos a encarando, estava odiando admitir que Silvia estava certa.

— Ok, eu fui um idiota, mas se você visse a foram que ele estava te olhando enquanto conversava com você, tenho certeza que não gostaria muito — Ele percebeu que ela não havia ficado contente com aquela fala, então respirou fundo tocando o rosto da namorada — Eu não deveria ter discutido com você na festa, não foi culpa sua a forma como aquele homem estava te olhando, eu tive uma atitude irracional, então me desculpa, isso não vai mais acontecer, eu prometo.

Vendo que a castanha tinha um sorriso no rosto, o xerife aproximou-se beijando a ponta do nariz da namora.

— Tem algo que eu não te falei hoje a noite — Disse Jorge abraçando o corpo dela.

— O que?

— Você está linda.

A castanha sentiu-se corar diante do elogio, odiava quando aquilo acontecia, mas sabia que era inevitável não corar quando elogiada, nunca soubera reagir a elogios. Os dois entraram dentro da casa, onde tiveram um fim de noite tranquilo, escutaram música e logo em seguida foram dormir, Silvia no seu quarto e o namorado na sala. Na manhã seguinte o xerife acordou um tanto assustado após escutar um barulho na cozinha, mas assim que abriu os olhos se deparou com Margaret preparando o café da manhã.

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