Na manhã seguinte Margaret esperou o xerife por horas, queria que ele chegasse antes da castanha acordar, mas ele não chegou e ela continuou o esperando durante o resto do dia, mas Jorge não foi, e os dias começaram a passar e nada do xerife aparecer na cabana. Nem a senhora e muito menos Silvia saiam do local, ele vivia todo fechado porque as duas tinham medo de que Justin pudesse voltar a procura-las. Com o passar das semanas Margaret esqueceu totalmente do xerife e de da continuidade para a conversa, sua preocupação agora era com a castanha que havia ficado doente.
— Tenho que ir na farmácia, compro um remédio pra você e volto — A senhora disse sentando ao lado da cama de Silvia, que fez uma negativa com a cabeça — Você está queimando de febre.
— Vai me deixar sozinha?! Nem pense nisso Margaret, e além disso, eu vou ficar boa logo, você sabe que no final do verão eu sempre acabo ficando um pouco doente.
- Acontece que das outras vezes eu tinha remédio pra dar a você, tínhamos como ir ao hospital com facilidade, mas agora é diferente...
— Espere só mais uns dias, se eu não melhorar podemos ir a cidade, ok?
— Estamos trancadas nessa cabana há sete semanas, a comida que eu comprei já acabou, você está doente e tudo isso por causa daquele homem... — Margaret — Murmurou a castanha a interrompendo.
— Ok, não vou falar dele, se essa sua febre não diminuir até amanhã vamos ir até a cidade, entendeu?
Silvia assentiu e fechou os olhos, voltando a dormir. A senhora caminhou até a sala e ficou lá por algumas horas, sempre indo ao quarto da castanha para checar sua temperatura que não diminuía. Margaret estava em frente a tv quando escutou algumas batidas na porta, ficou nervosa, mas logo reconheceu a voz do outro lado e praticamente correu para abri-la.
— Xerife — Ela disse abrindo um sorriso aliviada quando abriu a porta.
Jorge estava com várias sacolas de supermercado e tinha um pequeno sorriso no rosto.
— O senhor sumiu — Ela comentou — Entre.
— Desculpe — Disse ele entrando na casa, colocando as sacolas em cima da mesa — Fiz umas compras pra vocês... Eu soube que não saíram da cabana, pensei que estivesse precisando de algo.
Margaret abriu um sorriso.
— As compras que eu fiz acabaram ontem eu nem sei como agradecer, sente-se.
— E a Silvia? Está bem?
— Na verdade, ela está um pouco doente, mas não quer ir ao hospital e nem me deixar ir a farmácia compra algum remédio para ela.
— É algo grave? — Perguntou o xerife, tentando não deixar a mostra sua preocupação.
— Só uma febre que não quer diminuir — Margaret disse sentando ao lado de Jorge no sofá — Mas mudando de assunto, porque o senhor sumiu?
— Bom, não foi porque eu quis, depois da nossa conversa a Rebecca me disse que havia encontrado uma pista de onde poderia está o homem que roubou a loja da senhora Ramírez, fomos atrás dele e acabou acontecendo uma troca de tiros — Jorge levantou parte da camisa e a senhora levou as mãos a boca.
— O senhor foi atingido!
— Sim, mas não foi grave, só precisei ficar por duas semanas no hospital e depois um repouso que a minha mãe não queira me deixar sozinho por nada, hoje eu consegui convence-la que estou bem e não preciso mais ficar de repouso.
— Que bom, não passou pela minha cabeça que algo assim pudesse ter acontecido.
Jorge abriu um sorriso.
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