Já era quase dez da noite quando o xerife deixou a castanha na cabana, os dois haviam passado o dia todo juntos, depois de se despedir dela, ele voltou para a caminhonete e dirigiu até a pousada, não queira encontrar com Angeles mas a sua mãe havia lhe mandado uma mensagem dizendo precisava da sua ajuda. Ele olhou para o seu lado e sorriu ao lembrar do rosto da namorada cantando mais cedo. Ele estacionou em frente a pousada e deu de cara do Rebecca.
- Olha só - a ruiva disse o encarando com um sorriso malicioso - onde passou o dia, xerife? Não foi trabalhar, não estava em casa, usaram camisinha?
- Como?
- Você e a Silvia, passaram o dia juntos então eu suponho que passaram o dia transando.
- Por deus, Rebecca - Jorge disse a encarando - você só pensa em sexo.
- O bom da vida querido - ela se colocou na frente dele, quando o xerife estava prestes a entrar na pousada - não entre agora ou você vai dá de cara com a Angeles e não está muito feliz.
- Ela ainda está na cidade? - Jorge revirou os olhos, encostando seu corpo na caminhonete - o que ela queria de madrugada?
- Sexo.
- O que?
- Ela estava com uma bela lingerie vermelha, transparente, e quase gritando "eu quero transar" quando eu cheguei no quarto dela de madrugada - a ruiva sorriu - se você tivesse vindo não teria escapada, porque ela estava de um jeito que até eu teria transado com ela se ela tivesse pedido, chorou pedindo para que eu ligasse para você, tentou ligar, queria ir a sua casa "eu preciso do Jorge, só ele pode me ajudar", claro, ela precisava de você pra ter alguns orgasmos.
- Oh não.
- Pois é, a Angeles que matar a saudades do xerife - ela foi irônica o que o deixou ainda mais irritado.
Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos. Jorge estava pensando no que poderia ter acontecido caso ele tivesse deixado a namorada sozinha no meio da noite para vir encontrar a ex-noiva... Nada bom, ele concluiu. Rebecca entrou na pousada e olhou todo o local para ter certeza que a advogada já havia ido para o seu quarto, voltou para fora e avisou para o xerife o a mulher não estava mais no hall do lugar.
- Obrigada - ele disse antes de entrar.
Ele caminhou até o quarto da mãe, mais ela não estava no local, então ele saiu e foi até o restaurante da pousada e a encontrou virando um copo de vinho no bar. Jorge foi até ela que sorriu assim que viu o filho.
- Já está bebendo mamãe?
- Ah por favor, já passa das dez horas - ela disse bebendo um pouco do seu vinho - e está frio, odeio noites frias.
- Então, por que me chamou aqui?
- Como?
- A sua mensagem, dizendo que precisava da minha ajuda.
- Eu não te mandei mensagem nenhuma - ela disse, fazendo uma negativa com a cabeça - aliás, perdi o meu celular hoje de manhã, já pedi para o pessoal da pousada o procurar mas até agora nada.
Jorge fez uma negativa quando se deu conta do havia acontecido, ele deu um beijo no rosto da mãe e caminhou até a recepção da pousada, onde pediu o número do quarto da advogada, não demorou muito para que ele conseguisse convencer a recepcionista a falar qual era o quarto dela. O xerife caminhou até ele, entrando sem ao menos bater na porta.
- O que você pensa que está fazendo? - ele disse.
- Me preparando pra ir tomar banho - Angeles disse sorrindo - quer ir comigo?