nineteen

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— Que horas são? — Silvia perguntou, deitada em sua cama com o celular no viva voz, enquanto ela mexia de forma inquieta em um urso de pelúcia que ela tinha com ela desde a infância.

— Quase três, uau — Respondeu o xerife do outro lado da linha sorrindo — Quando eu iria imaginar que aquela mulher que não conseguia nem passar duas horas ao meu lado, passaria a noite conversando comigo por ligação? Nunca.

A castanha sorriu, sentindo suas bochechas corar mesmo sabendo que não havia ninguém alí com ela.

— Silv?

— Sim — Ela respondeu depois de ter ficado alguns minutos em silêncio.

— Você vem para o jantar aqui em casa hoje a noite?

— Eu já disse que sim, Jorge, deve ser a décima vez que você me pergunta isso — Ela sorriu, fazendo uma negativa com a cabeça — Você está com sono?

— Nenhum pouco, e você?

— Também não — Mentiu, por mais que quisesse dormir, a vontade de continuar conversando com o xerife era ainda maior, e eles conversaram por mais algumas horas.

Quando a ligação se encerrará, Jorge bloqueará a tela do seu celular, o colocando ao seu lado em meio a um longo suspiro. Ele levantou da cama abrindo as cortinas do seu quarto só para deixar o sol entrar, olhou para o seu relógio de pulso que marcava exatamente 06:30; então sorriu.

Caminhou até o banheiro onde tomou um banho frio, demorado, não iria trabalhar naquele dia então quando saiu deitou na cama para poder dormir por algumas horas. Quando acordou foi com Miranda o chamando aos gritos, olhou para o relógio que marcava 14:26, então ele praticamente correu até a porta para encontrar sua mãe furiosa.

— Desculp…

— Estou te chamando há quase trinta minutos, Jorge! — Ela exclamou irritada, dando uma tapa na cabeça do filho — Olha essa casa, está uma bagunça e o quando a ceia de natal chegar isso ainda não vai está arrumado.

— A senhora comprou uma ceia de natal? Pensei que a senhora fosse fazer — Ele disse caminhando até o sofá e deixando seu corpo descansar nele.

— Em trinta e seis anos você já me viu cozinhar alguma vez na vida? — Ela perguntou e o filho fez negativa com a cabeça — Então pare pensar bobagem e arrume toda essa bagunça que está a sua casa, quando você disse que havia comprado uma casa pensei que fosse cuidar melhor dela, você nunca foi de deixar nada bagunçado.

— O Benny e a Rebecca passaram o dia aqui ontem, estávamos trabalhando.

— Isso explica a bagunça.

Depois de algumas horas ornamentando a sala e a cozinha, como a sua mãe havia pedido, o xerife caminhou até o seu quarto onde jogou seu corpo na cama fechando seus olhos por míseros segundo até escutar a voz de Miranda na porta:

— Levante, Jorge, tome um banho e vista outra roupa, já passa das 20:00 e daqui a pouco seus convidados começam a chegar.

O xerife revirou os olhos de forma exagerada antes de voltar sua atenção para a mãe, então ele sorriu a observando já vestida com um vestido vermelho longo, então sorriu.

— Você está linda, mãe.

— Eu sei querido — Ela disse sorrindo e saiu do quarto.

Jorge caminhou até o banheiro onde tomou um banho demorado, logo em seguida caminhou até o closet onde vestiu a roupa que a sua mãe havia separado para ele, e quando chegou na sala surpreendeu-se ao ver que já havia chegado vários de seus convidados. Rebecca e Benny estavam conversando perto da lareira com Anna e Sanchez, ele olhou para a mesa de bebidas e sorriu ao ver que o amigo estava se servindo de um whisky.

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