fourteen

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Jorge estacionou a caminhonete em frente ao bar que costumava ir sempre que precisava relaxar, ficou alguns minutos parado antes de finalmente descer e caminhar para dentro do bar que estava cheio do outros policiais. Ele caminhou até o balcão onde pediu uma tequila e voltou sua atenção para a porta onde Rebecca havia entrado com Benny.

— Você já está podendo beber? — A xerife perguntou sentando ao lado do amigo.

— Tive um dia pesado, preciso de algo pra relaxar.

— Eu posso relaxar você — Ela disse com um sorriso malicioso nos lábios.

— Rebecca! — Exclamou Benny a encarando — Pensei que nós dois... Você sabe.

— Eu estava brincando — Disse ela dando um leve beijo nos lábios do policial — Quer falar o que aconteceu, Salinas?

— Fiquei sabendo de algumas coisas sobre o passado da Silvia que me abalaram muito, penso que comecei a compreender o porque dela ser tão fechada, e fria.

— Chata, arrogante... — Benny parou de falar ao receber um olhar de repreensão por parte da xerife — O que? Eu não estou falando nenhuma mentira, ela é arrogante, e chata.

— Benny! Cala a boca! — Rebecca exclamou impaciente — Você não vai beber — Disse ela tomando o copo de tequila que o barman havia colocado na frente de Jorge — Não é porque precisa relaxar que vai beber, está tomando remédios lembra.

— Está parecendo a minha mãe falando — O xerife deu um pequeno sorriso para a amiga que fez uma negativa com a cabeça — Ok, vou para a pousada, se não posso beber não vou continuar aqui, além disso, volto ao trabalho amanhã.

— Não mesmo, estou no seu lugar por dois meses e pretendo ficar até que os dois meses acabe.

— Esqueça isso, volto amanhã.

— Isso é o que vamos ver.

Jorge sorriu fazendo uma negativa com a cabeça antes de sair do bar, ele entrou na caminhonete e não demorou muito para que chegasse a pousada, indo direto para o seu quarto. Caminhou até o banheiro e tomou um banho quente. Sem que ele esperasse começou a pensar em como Silvia estava, quando saiu da cabana a febre dela ainda estava alta, o que o fez pensar se não deveria comprar alguns remédios e voltar para a cabana.

Depois de alguns minutoss ele desligou o chuveiro, e enrolou a toalha em sua cintura, caminhou até o closet onde vestiu uma roupa confortável, e saiu do quarto. Estava passando pelo hall de entrada quando escutou a voz de sua mãe chamando seu nome.

— Onde você vai essa hora?

— Preciso comprar alguns remédios na farmácia.

— Você está bem? Seu remédio já acabou — Miranda segurou o rosto do filho entre as duas mãos — Você não está com febre, comeu hoje querido?

— Mãe, para, estou bem, são uns remédios para a Silvia, vou levar na cabana e volto.

— Então irei com você, não quero você andando sozinho tão tarde.

— Eu não sou uma criança mãe!

— Não importa, vamos logo.

Revirando os olhos ele saiu da pousada acompanhado de Miranda, os dois passaram na farmácia onde Jorge comprou alguns remédios para febre, e chocolate. “Espero que ela goste desse”, ele pensou enquanto escolhia de qual chocolate iria levar para Silvia. Voltou para a caminhonete e a mãe havia colocado um cd de the neighborhood, o xerife fez uma negativa com a cabeça e sorriu.

— Desde quando você gosta desse tipo de música mãe?

— Desde sempre ué.

— Isso parece música de adolescente, aliás seu linguajar está parecendo de adolescente.

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