8. Cicatrizes

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E chegamos à reta final desta história...

Algumas pessoas podem vir a ficar tristes (tipo assim, eu!), com aquela sensação pesarosa no peito, mas prometo que passará. Como eu havia dito a feels_blue, virão outras histórias, outros crushes, outras oportunidades de rir e se apaixonar, ficar com raiva, xingar hahaha

Queria agradecer a todos que estão lendo minhas histórias, votando e comentando. Vocês são incríveis! Obrigada pelo carinho.

Quem ainda não me segue por aqui, gostaria de convidá-los(las) a seguir meu perfil de autora (AutoraMSBarr) caso tenha gostado do meu estilo de escrita, dos meus livros, dos enredos... Enfim, caso tenha gostado do meu trabalho. Fiquem de olho, pois em breve vem coisa nova por aí =)

Sem mais delongas, vamos ao último capítulo. Que a Força esteja conosco!

Eu não poderia deixar de dedicar um capítulo deste diário e tantos outros a você, meu querido irmão

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Eu não poderia deixar de dedicar um capítulo deste diário e tantos outros a você, meu querido irmão.

Meu afastamento de tudo o que conhecia e havia construído não teve unicamente a ver com Ellie e toda a situação à qual havíamos chegado. Quando perdi você, Jameson, perdi uma grande parte do meu sentido de vida. Uma grande parte do que me constituía. Perdi... o desejo de partir em busca da felicidade. A dúvida do que fazer a seguir me solapou. Passei a acreditar que não tinha o direito de ser feliz se você também não pudesse. Se não tivesse sido assim, eu nem teria me apropriado da sua identidade para começo de conversa. Nem teria passado pela minha cabeça que eu devia a você terminar suas conquistas e finalizar o que havia sido deixado em progresso.

Sinto tanto se o decepcionei, gêmeo. Deve estar se revirando em sua tumba de saco cheio por ter tido que ouvir isso de mim tantas vezes, não é?

A verdade é que não tenho uma lembrança específica que gostaria de destrinchar aqui. Todas as memórias que tenho de você são especiais e de uma importância tão grande que eu estaria sendo injusto se falasse apenas de uma.

Ah, Jameson... meu irmão e parceiro, mesmo quando estávamos distantes um do outro. Meu amigo, mesmo quando estávamos brigados. Como eu queria que meus filhos tivessem conhecido em pessoa o cara sensacional que você era. Não se preocupe, não estou me lamuriando. Sei que esse desejo jamais seria possível de acontecer.

Após tantos anos, eu queria te contar uma coisa.

Você já ouviu falar do princípio da cicatriz? Parece uma pergunta sem pé nem cabeça, mas irei explicar o porquê de estar levantando o assunto.

Quando uma pessoa se machuca a ponto de causar uma ferida aberta, a tendência é que ela sinta dor, especialmente se tocar a área afetada. Às vezes é uma dor tolerável, às vezes não é. Com o tempo, a ferida vai se curando, se fechando e cicatrizando até não sobrar nada além de uma marca gravada na pele. Até se transformar em uma cicatriz que, ao ser tocada, não dói mais. Você olha para ela, sabe o que a causou, mas passa os dedos sobre o corte que sarou e não sente mais incômodo algum. É sinal de que você aprendeu a conviver com o antigo ferimento. Você acaricia a cicatriz e se lembra de tudo... só que não é mais alvo da dor agoniante que costumava sentir enquanto a ferida se fechava pouco a pouco, a seu ritmo próprio.

E por que resolvi falar sobre isso logo agora?

Porque não dói mais, irmão.

Não dói mais.

Te amo.

Ás de Copas [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora