C I N C O (REVISADO)

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T R E V O R   A I K E N

Me direciono de volta para o restaurante após conversar com Scarlett. Ainda estou processando o que ela disse, talvez, ela esteja certa sobre nós ficarmos longe um do outro, pode ser melhor, tanto para mim quanto para ela. Como ela disse nós somos o reflexo um do outro, isso é extremamente assustador.

Suas palavras ainda estão martelando em minha cabeça, como se estivessem grudadas e não fossem mais sair.

Você é assim Trevor Aiken, você não apenas exala dor, encrenca e perigo, você anda de mãos dadas com elas.

Quando chego na mesa, Brooke, Josh e Jenny estão conversando como se nada tivesse acontecido e ninguém tivesse notado nada.

— Eu vou embora – digo, pegando meu celular que estava em cima da mesa.

— Eu vou junto com você – a ruiva diz, enquanto se levanta.

— Não, você fica – digo grosseiramente.

— Por que? – ela questiona com a voz manhosa.

— Eu não estou afim de conversar com ninguém – digo quase gritando, ela se senta novamente na mesa ficando de cabeça baixa e não fala nada. — Scarlett está no jardim, caso você queira saber – digo para Brooke e saio andando, indo em direção ao estacionamento.

Por que eu tenho que ser assim? Eu não consigo nem dispensar uma garota sem ser grosso com ela, eu sou um idiota, as coisas não funcionam comigo.

As garotas só querem ficar comigo pelo sexo, não que isso seja algo ruim. Pelo menos nesses momentos, eu não lembro da dor e de nenhuma merda do passado, o álcool também ajuda nesse processo, esse é o único jeito de eu me sentir vivo.

Eu sei o que as pessoas falam de mim pela faculdade. Eu sei muito bem a fama e reputação que eu tenho, mas o que eles não sabem é que eu não era assim. Eles não sabem nem de um terço do motivo de eu ser assim, é até melhor eles não saberem, isso vai ficar só entre mim e Josh.

Eu fui tão burro por ter acreditado em todas as mentiras que saíram da boca dela, em todas as coisas que ela fazia e todos me avisavam mas eu não queria acreditar porque eu estava tão apaixonado por ela que eu não via porra nenhuma do que ela fazia, até ela tirar tudo de mim e eu não ter absolutamente nada. Eu nunca deveria ter levado ela para a cama e muito menos ter gostado dela.

Eu dei tudo para ela e no final, ela tirou tudo de mim.

Bato na lataria da minha moto enquanto lembro de tudo que aconteceu, eu sou tão burro, tão idiota, eu nem deveria estar aqui pensando sobre isso foi passado, mas até hoje eu sinto a dor e o nojo dela. Se eu não fosse tão impulsivo, talvez, aquilo nunca teria acontecido.

— Ei, cara, calma – Josh diz, se aproximando e me abraçando. — Eu vou com você pro apartamento, você precisa de alguém e eu não quero voltar para casa, ok? – ele questiona, apenas concordo com a cabeça. — Eu vou dirigir, você não está em boas condições para isso – Josh pega a chave da moto e sobe nela colocando o capacete, faço o mesmo.

Quando chegamos no estacionamento do meu apartamento, descemos da moto e entramos no elevador subindo direto para o último andar, não trocamos uma palavra durante o percurso.

Quando o elevador abre no andar vigésimo quinto andar, abro a porta e entro. Vou direto para a sacada, pego duas cervejas no frigobar que tem perto da churrasqueira e sento em uma das cadeiras de praia que tem na sacada, Josh senta em uma das cadeiras ao meu lado e abre sua cerveja que estava na mesa, toma um gole, sinto que ele está me olhando com curiosidade.

Honey, We're broken (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora