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Portland, Óregon

Uma semana antes

Maio de 2017

Estando na sétima dose de vodka da noite mesmo não sendo uma pessoa que bebe muito, mas depois de toda a merda acontecer comecei a gostar um pouco do álcool e da sensação ardente quando percorre minha garganta, como se fosse a única coisa que saciasse o vazio dentro de mim.

Não estou muito feliz de estar em uma despedida de solteira em pleno sábado à noite, ainda mais sendo da minha meia-irmã. Brooke não parou de me atormentar até eu aceitar vir, ela ficou dizendo que minha presença seria muito importante, como se me ter aqui ou não fizesse alguma diferença.

Segundo ela, eu deveria parar de me fechar para o mundo, por esse motivo fútil eu estou aqui, sentada em uma das banquetas que tem em volta da mesa observando todas as amigas de Brooke se divertirem com brincadeiras e desafios fúteis e idiotas enquanto bebo, preferia mil vezes estar em casa assistindo alguma coisa na TV do que estar aqui.

Brooke não se preocupou em fechar um camarote para ter privacidade, ela queria uma coisa diferente onde os desafios e brincadeiras envolvessem todos que estivessem ao seu redor, até porque Brooke Haynes sempre gostou e conseguiu chamar atenção de todos ao seu redor.

Não pelo fato de ser bonita com o cabelo castanho claro e quando a luz do sol atinge seu cabelo reflete um tom de cobre brilhante, com duas esferas completamente verdes que combinam com o tom da sua pele clara e sem falar no seu corpo que é de dar inveja.

Ela chama atenção por ter um encanto que deixa todos fascinados, na época da escola é como se todo o sol estivesse centralizado em sua cabeça e todas as pessoas clamassem por sua atenção.

Ela sempre me ligava, contando sobre todos os garotos que davam em cima dela e todas as besteiras que falavam, na metade das vezes eu fingia que não estava escutando, apenas concordava com cada palavra.

Ela literalmente foi aquelas patricinhas de filmes desejada por todos, dizia que nunca iria casar porque homens só dão dor de cabeça e realmente, ela está certa nesse quesito.

E agora, com vinte e cinco anos ela vai se casar com o cara que diz ser o amor da sua vida, não que eu não acredite que ele não seja o cara certo, eles parecem ser feitos um para o outro e estarem perdidamente apaixonados.

Se esse lance de amor da sua vida existisse mesmo, não ficaríamos tanto tempo procurando e se machucando com pessoas erradas, acho que chega um momento que você apenas acha alguém com os mesmos gostos e vontades que você. E, por acaso, acaba dando certo pelo simples fato de vocês serem parecidos ou você apenas não encontre essa pessoa.

Talvez, uma das vezes que estivemos em relacionamentos que acabaram de um jeito desastroso, pode ter sido a pessoa certa, mas o amor foi tão grande que acabou destruindo os dois. Não podemos contar atrás para consertar as merdas do passado e fingir que nada aconteceu.

Se tem uma coisa que eu sei, é sobre amores que deram errado e só serviram para te destruir.

Por algum motivo, começo a prestar atenção no que as garotas estão fazendo e como se não fosse novidade estão se desafiando entre elas, envolvendo os caras que tem no bar.

— Sua vez, Brooke – uma garota de cabelos loiros e compridos diz. — Escolha qualquer cara que está aqui e consiga a cueca dele, lembre-se, sem piedade, faça o que for preciso. – a loira diz, dando uma piscadela acompanhada de um sorriso orgulhoso.

Brooke percorre os olhos por todo o bar e fixa seus olhos em um cara loiro e musculoso com um de seus braços coberto por tatuagens, ele está encostado em uma das mesas do fundo, ela se levanta da banqueta arrumando seu vestido e seu cabelo.

Honey, We're broken (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora