Honey, We're broken (FINALIZADO)

T R I N T A E S E I S

Olho tudo que tem na minha mala pelo menos três vezes, para ter certeza de que não estou esquecendo de nada. Olho para a lista e falo em voz alto tudo que preciso.

- Vestido, roupas normais e íntimas, carregador, escova de dente, toalha, pijama, remédios, maquiagem, acessório para o cabelo, cremes, shampoo, condicionador, perfume e sapatos. Ok, acho que está tudo aqui - digo, para eu mesma e fecho a mala.

Coloco ela no chão e vejo o quanto está pesada para apenas três dias, mas como minha mãe sempre dizia: melhor previnir do que remediar. Concordo completamente com ela, olhei tudo e pelo jeito não esqueci de nada, preciso pegar os documentos agora.

Vou até o armário e pego tudo que preciso de documentos, coloco em uma pastinha e jogo em cima da mala. Vou para o banheiro e tomo uma ducha rápida, apenas para tirar o cansaço do corpo, saio do banho e seco o corpo já colocando a roupa que vou viajar. Uma calça de moletom cinza e uma camiseta preta com uma frase que eu simplesmente amo.

Tudo acontece no tempo certo.

Coloco meu tênis branco, passo um dos perfumes que tem encima da bancada e saio do banheiro. Ajeito o cabelo em um coque bagunçado.

Pego minha mala, meus documentos e meu celular. Desço as escadas e coloco tudo no carro, combinei com a galera de nos encontrarmos no aeroporto. Quando chego lá, já estão todos prontos.

Fazemos o check-in e já entramos no avião, Trevor senta ao meu lado pega em minha mão e sorri para mim.

- Como você está, querida? - pergunta, carinhoso.

- Estou super empolgada para conhecer Chicago - digo, animada.

- Que ótimo, porque eu tenho uma surpresa para você - diz, misterioso.

- O que é? - questiono, curiosa.

- Se eu contar vai estragar toda a surpresa, a única coisa que posso te dizer é que você pode ir confortável e que eu passo para te pegar as dez da noite - diz, e me observa.

- Tudo bem, mas tem certeza que não quer me contar? - pergunto, fazendo cara de cachorro abandonado.

- Certeza absoluta - diz, rindo.

A aeromoça diz que o vôo vai começar, então colocamos os cintos olho pela janela e vejo o avião decolando. Cada vez ficamos mais longe da terra firme, as nuvens parecem pedaços enormes de algodão sempre acho impressionante e fico deslumbrada com a beleza do céu, desde o dia que está ensolarado até o dia mais frio e chuvoso de todos.

O vôo demora mais ou menos quatro horas, então resolvo dormir um pouco para descansar e ficar novinha em folha para a grande e misteriosa surpresa de Trevor.

Muitas e muitas ideias passam por minha cabeça, algumas até malucas demais que dispenso, penso nisso até dormir com a minha cabeça escorada em seu ombro.

…

Acordo assustada com a voz da aeromoça dizendo que vamos pousar, levanto minha cabeça rapidamente e escuto o riso de Trevor.

- Eu dormi tanto assim? - pergunto, rindo.

- Sim, até consegui escutar você roncar - ele fala, segurando a risada. - Não está vendo minha manga da camiseta molhada? É, querida, você babou - diz, gargalhando.

- Às vezes, eu te odeio, sabia? - digo, rindo.

- Você não me engana, eu sei que você me ama - diz, depositando um selinho em meus lábios. - Eu amo você, Scar. Não importa se você ronca e baba enquanto dorme, é um charme - diz, sorrindo.

- Seu idiota - digo, revirando os olhos e rindo.

O avião pousa e saímos, vamos direto pegar as malas. Chamamos um táxi para o hotel, vamos todos ficar no mesmo hotel só que em quartos diferente.

Enquanto andamos pelas ruas de Chicago vejo como tudo é como sempre imaginei, grande e bonito. Fico deslumbrada, o táxi para em frente a um hotel simplesmente enorme e chique, penso até que minha roupa não está adequada para entrar aqui.

Entramos e já pegamos a chave dos quartos, subimos de elevador que tem um espelho enorme e até o elevador é chiquérrimo, parece que estou em um castelo das princesas da Disney.

- Não esqueça, passo para te pegar as dez - Trevor diz, beijando minha bochecha enquanto vai achar seu quarto.

Acho o meu quarto, número 202 destranco e ligo as luzes. É simplesmente incrível, me sinto uma rainha aqui. Tudo em tons claros com toques dourados, uma cama enorme com cobertas quentinhas, uma televisão enorme, uma banheira enorme, tudo aqui é enorme e fantástico. A vista é incrível, de frente para um dos maiores arranha-céus do mundo o John Hancock Center, fico imaginando a vista lá de cima, deve ser espetacular.

Fico deitada na cama enorme por um tempo, imaginando como tudo isso é incrível e que a alguns meses atrás eu nem imaginaria que estaria aqui, em Chicago com o cara que amo e com a minha irmã, o tempo nos surpreende. Me perco em meus pensamentos e quando percebo já são nove horas, estou com fome, mas Trevor mandou uma mensagem dizendo para eu não comer nada.

Encho a banheira e entro, relaxo por um tempo, tomo meu banho com calma. Meu cabelo está bonito então não vou lava-lo, saio do banho seco meu corpo e passo meu creme de baunilha preferido. Coloco um macaquinho branco e soltinho, super confortável, nos pés coloco um tênis que combina com ele. Passo apenas um rímel para destacar meus olhos castanhos claros. Termino passando meu perfume e escuto alguém bater na porta.

Vou abrir e vejo Trevor, com uma bermuda de moletom escuro com uma camiseta branca que realça seu tom de pele levemente bronzeado e suas tatuagens, ele está muito lindo.

- Você está linda, querida. Vamos? - ele, diz.

- Vamos - digo, saindo do quarto e fechando a porta.

Enquanto descemos o elevador fico extremamente curiosa para onde ele vai me levar as dez da noite.

- Nenhuma pista? - pergunto, curiosa.

- Nenhuma - reponde, quando saímos do elevador. - Agora, eu vou ter que te vendar para não estragar a surpresa - diz, tirando uma venda de seu bolso.

- Você vai me matar - digo, rindo.

- Você vai amar - ele diz, empolgado. - Agora nós vamos entrar no carro para irmos até lá, não é muito longe.

Entramos no carro e calculo que levamos no mínimo uns 10 minutos para chegar no lugar, Trevor me guia para fora do carro e escuto ele pegando chaves para abrir. Escuto um elevador chegando, e entramos, está demorando até chegarmos. Ouço o barulho do elevador dizendo que chegamos e saímos.

- Chegamos, querida - ele diz, me fazendo caminhar um pouco e logo em seguida tirando a venda dos meus olhos.